Entenda o porque a Virgem Maria é a obra prima de Deus Pai
“Deus juntou todas as águas e fez o mar. Juntou todas as graças e fez Maria.”
(São Luís Maria Grignion de Montfort)
A Virgem Maria é a “Menina dos olhos” de Deus Pai, é a criatura mais perfeita, mais agradável aos seus olhos. Tudo o que Ele deseja e espera para nós realizou antes em Maria Santíssima. Colocou nela todo o seu amor, todos os seus dons e todas as virtudes, fazendo dela o mais perfeito modelo para o qual devemos olhar e imitar. Ele encerrou nela o que tinha de mais precioso e divino, seu próprio filho.
E Ela, enquanto criatura cheia de gratidão pelos benefícios de tão bondoso Criador, agradou a Deus em tudo o que fez e sentiu, não porque era uma “marionete” em Suas mãos, mas porque soube, ao contrário de Eva ingrata, fazer bom uso de sua liberdade. O que a primeira mulher gananciosa perdeu pela desobediência e soberba, a grande Mulher ganhou pela humildade e pela obediência. Ela foi a mais santa das criaturas, de tal modo que Deus não encontrou alma mais pura e humilde que merecesse gerar na ordem da natureza seu próprio Filho, sem que essa união carnal gerasse qualquer dano a sua divindade. O Espirito Santo enamorou-se desta bela Jovem e produziu através dela o mais sublime dos milagres, um Deus feito homem. Com vários “Fiats (Faça-se) Deus criou todas as coisas e com o apenas um, o Fiat de Nossa Senhora, Ele restaurou toda a obra da criação”. O sim desta Virgem é o mais rico e fecundo da humanidade.
Maria Santíssima colabora desde sempre com o Mistério da nossa Redenção, digo no presente, pois assim como a cada Santa Missa participamos da atualização do mistério da Cruz e Ressurreição do Senhor, a Virgem Maria se encontra de pé, junto a Cruz de seu Filho, intercedendo por nossa conversão e conformação com a imagem de Jesus, a qual fomos criados, mas que constantemente desfiguramos com os pecados atuais. Ela realiza uma grandiosa tarefa, a de formar santos, de gera-los semelhantes ao seu Divino Filho em todas as coisas – nutrindo-os, educando-os, amando-os e educando-os como o fez com o Menino Deus.
Digo ainda mais! Jesus fez de Sua Mãe a grande dispensadora de todas as graças que recebemos de tudo o que precisamos e que contribui para a nossa felicidade no Céu. Ela é a grande Ministra da Misericórdia do Senhor – é quem, por seu amor de Mãe e por sua fidelidade, aplaca a cólera de Deus sobre nós, causada por nossos pecados. A Virgem Maria nos ama como mãe, pois a Ela fomos confiados por Jesus. Devemos, pois, recebê-la como tal, levando-a para nossas casas, para nossos corações, como o fez João, Discípulo tão amado do Mestre e de Sua Mãe. Nessa confiança de filhos, podemos repetir com São João Damasceno que Ela é nossa “Arma de Salvação”, a qual Deus nos deu porque a sua vontade é que sejamos todos salvos. Ela é a causa de nossa alegria!
Como a Senhora dos Impossíveis, sendo ao mesmo tempo Filha, Mãe, Esposa e Virgem, Ela é a Obra-Prima do Criador, nela estão contidas todas as maravilhas que Deus pode operar numa única alma. Ela nos supera, sobretudo, no amor para com Deus e sua vontade. Essa eficácia do sim de Nossa Senhora deve nos impelir a dar uma resposta semelhante às propostas de conversão às quais somos chamados nestes tempos difíceis. Devemos olhar para a Virgem Maria como o caminho mais fácil, curto, perfeito e seguro de chegarmos à união perfeita com Cristo, união essa que nos torna santos.
Mas nós só amamos aquilo que conhecemos. Convido, pois, todos a experimentarem, um maior amor a esta Boa Mãe.
Nossa senhora deve ser nosso porto-seguro depois de Jesus, Ela deve habitar em nosso coração como habitou no coração de seu Filho. Devemos entrar em conformidade com suas vontades e desígnios de mãe, devemos nos consagrar inteiramente a Ela. Imitemos Suas virtudes e certamente alcançaremos a glória da salvação de nossas almas: sua humildade profunda, sua fé viva e corajosa, sua obediência cega aos planos de Deus, sua vida de constante oração, suas mortificações do corpo e da alma, sua pureza divina em todos os seus sentimentos, pensamentos e sentidos, como na união casta e virginal com seu Esposo São José. Vislumbremos sua caridade ardente para com o próximo, sua paciência heroica diante das demoras de Deus e das incompreensões humanas, sua doçura no falar e no agir e, por fim, sua sabedoria em escolher sempre o querer de Deus e não o seu.
Estejamos sempre na companhia desta Doce Senhora, peçamos a sua opinião em tudo e para tudo, como uma criança, cheia de temor e confiança nos braços de sua mãe. Jesus há de nos ajudar.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Amém.
Racquel de Maria
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus