Ide fazei discípulos entre todas as nações ( Mt 28,19)
Queridos irmãos e irmãs!
Nos próximos dias, de 23 a 28 de julho, acontecerá no Rio de Janeiro, a XXVIII Jornada Mundial de Juventude. No ano de 1984, por ocasião do Ano Santo da Redenção, o Papa João Paulo II realiza um grande encontro com os jovens e lhes entrega a Cruz, em 22 de abril. Em 1985, ano internacional da juventude, no Domingo de Ramos, acontece um grande encontro com os jovens com o Papa.
Neste dia, 31 de março, João Paulo II dedica uma Carta Apostólica aos jovens do mundo inteiro e em 20 de dezembro anuncia a instituição da Jornada Mundial da Juventude. Esta deveria acontecer, a partir de 1986, em nível diocesano, no Domingo de Ramos, e no outro ano, em nível internacional. A primeira JMJ, em nível internacional, aconteceu em Buenos Aires, Argentina, nos dias 11 e 12 de abril de 1987. As outras foram: Santiago de Compostela, Espanha (15 a 20 de agosto de 1989), Czestochowa, Polônia (10 a 15 de agosto de 1991), Denver, Estados Unidos (10 a 15 de agosto de 1993), Manila, Filipinas (10 a 15 de janeiro de 1995), Paris, França (19 a 24 de agosto de 1997), Roma, Itália (15 a 20 de agosto de 2000), Toronto, Canadá (23 a 28 de julho de 2002), Colônia, Alemanha (16 a 21 de agosto de 2005), Sydnei, Austrália (15 a 20 de julho de 2008). A última JMJ aconteceu em Madri, Espanha, de 16 a 21 de agosto de 2011.
Agora é a vez do Brasil. Com o lema: Ide e fazei discípulos entre todas as nações (cf. Mt 28,19), a JMJ quer ser um apelo aos jovens “para serem o fermento que faz a massa crescer, levando ao mundo a esperança que nasce da fé e a serem generosos ao dar um testemunho de vida cristã” (Bento XVI).
O convite de Cristo a todos nós continua sendo o mesmo, que outrora fez aos seus seguidores: “Segue-me” (Mc 1,17; 2,14). O seu chamado não é para uma função, em primeiro lugar. “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Bento XVI, Enc. Deus caritas est, 1). O seu chamado é uma proposta de vida, um discipulado, onde Ele é o Mestre que trata seus discípulos com amor, dá liberdade e lhes revela o desígnio salvador de Deus.
Jesus estabelece conosco uma relação de amizade. Ele se torna nosso companheiro de caminhada, nosso amigo, nosso irmão. Em primeiro lugar, Jesus se entrega a nós. Ele é o dom de Deus para nós. A única exigência de Jesus é a de segui-lo, de ser discípulo dele. Isto significa: Ele nos inclui na sua vida. A doação de sua vida a nós nos leva a participar de sua vida. Ser discípulo: ser uma coisa só com Cristo. Aprender de Cristo e viver em Cristo é a mesma coisa, é a mesma realidade. A JMJ quer ser uma grande celebração onde os jovens com o Papa proclamarão: Cristo é a nossa grande esperança, e não se decepciona quem nele confia.
Dom Jaime Vieira Rocha – Arcebispo Metropolitano de Natal – RN