É quando o tempo passa e não percebemos…
Estado de alma, período em que se conhece e faz conhecer, momento em que muitos se perdem nos sentimentos e desejos, mas acertam quando se deixam ir além do movimentar dos hormônios e ultrapassam o que é fisiológico e não param no que os olhos conseguem ver. Permitem sentir com a alma encontrando a sacralidade velada pelo corpo de um homem e de uma mulher. É quando se apaixonam pelo que o outro tem de mais puro e intocável o que muitas vezes nem a própria pessoa conhece. É momento de dar o que temos de melhor, de deixarmos envolver na atmosfera do amor, onde não existe leviandade, mas a franqueza que o coração da pessoa enamorada merece.
É quando se busca encontrar a outra metade, não por está incompleto, mas por sentir chamado a num futuro os dois serem um. Não é também uma busca por alguém já completo, mas no percurso da vida ambos serem os autores da própria construção solidificada n’Aquele que tem a origem de todas as coisas.
Tempo das juras eternas, das palavras de amor, aquelas que parecem que são extraídas do mais profundo do seu ser, palavras que até então não tinham sido ditas a ninguém até você aparecer. É quando o tempo passa e não percebemos, quando os pensamentos se cruzam; é quando os enamorados mantém uma comunicação não verbal, pois para quê a necessidade de palavras se os olhares por si só já dizem tudo? É o momento de tirar as máscaras, de sentir a dor lacerante por não ter totalmente aquela que é desejável no hoje e sempre. É quando a pessoa amada me tira o sono e não sei mais quando vou dormir ou acordo, pois paraliso pensando nela.
É dilatar o coração para colocar dentro alguém que lá nunca esteve e que agora você deseja que de lá nunca saía, para se viver tudo isso é preciso amadurecimento, equilíbrio, mas como conseguir se parece que é nesse momento que estou mais desequilibrado, ou que estou fora de mim? A resposta é buscar em quem tem o manual de instruções, que conhece todo o meu funcionamento, o meu passado e o futuro. É buscar n’Aquele que tem a plenitude do ser, é buscar em CRISTO. Pois nós somos os únicos seres chamados ao amor, porque fomos feitos a imagem e semelhança d’Aquele que é Amor. E que outro nos amou tanto quanto Jesus? Que outro foi ao extremo do amor? Que outro numa entrega total de amor nos tirou da morte e nos trouxe a vida? Meus caros, sem amor ou sem o Amor nós nada seríamos. É no namoro que podemos viver todos esses aspectos e realidades, só poderá acontecer se existir um relacionamento e isso depende de você. É uma disposição interior e, nada fácil, mas possível, e que terá frutos maravilhosos.
Fábio Nunes