Pequenos passos levam à santidade, diz Papa na catequese

Papa Francisco explicou que, longe de ser uma carga pesada e triste, santidade é um chamado à alegria e pode ser vivida nas ações do dia a dia

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Papa Francisco esclareceu que não é preciso fazer coisas extraordinárias para ser santo, mas dar testemunho cristão na vida diária.

A santidade foi o tema da catequese do Papa Francisco, nesta quarta-feira, 19. O Santo Padre explicou que todos são chamados a ser santos e esse é um caminho que se percorre no dia a dia com pequenos passos e em união com a Igreja.

Francisco destacou que a santidade é um dom dado por Deus e constitui a face mais bela da Igreja. Trata-se de um convite feito a todos, de forma que não é preciso ser bispo, padre ou religioso para ser santo. Ele ressaltou que existe a tentação de achar que a santidade é só para os que tiveram a possibilidade de se destacar por dedicar a vida à oração, mas não é assim.

“É vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho cristão nas ocupações de cada dia que somos chamados a nos tornarmos santos”, disse. Se a pessoa é casada, a santidade é amar sua esposa, seu esposo; se é religiosa, que seja santa dedicando sua vida a Deus; se é um catequista, seja santo tornando-se sinal da presença do Senhor. Mesmo no ambiente de trabalho é possível ser santo, disse o Papa.

Francisco deu exemplos práticos de como caminhar rumo à santidade. Ele indicou pequenos passos que podem ser dados como não fofocar, escutar com paciência os problemas de um filho que está angustiado e quer conversar; ao fim do dia, mesmo cansado, fazer uma oração, ir à Missa aos domingos. “Pequenas coisas são pequenos passos rumo à santidade. E cada passo nos fará uma pessoa melhor, livre do egoísmo e do fechamento em si mesmo”.

Ao longo deste caminho, não se pode desanimar, pois a graça é dada pelo próprio Deus, explicou o Papa. A única coisa que o Senhor pede é a comunhão com Ele e o serviço aos irmãos. Nesse ponto, o Pontífice convidou todos a fazer um exame de consciência e se perguntar: “Como respondemos até agora ao chamado do Senhor à santidade?”.

Francisco disse, por fim, que a santidade não é triste nem uma carga pesada, mas um convite a partilhar da alegria de Deus, tornando-se um dom de amor para as pessoas ao redor. Compreender isso muda tudo.

“Acolhamos o convite à santidade com alegria e apoiemos uns aos outros, porque o caminho rumo à santidade não se percorre sozinho, mas juntos, naquele único corpo que é a Igreja, amada e tornada santa pelo Senhor Jesus Cristo. Sigamos adiante com coragem neste caminho da santidade”.