O verdadeiro perdão não relembra o que já passou.
A presença de Deus no relacionamento conjugal não é importante apenas por causa da vida espiritual do casal, mas porque é fonte inesgotável do verdadeiro amor e do perdão. A partir desses sentimentos compreende-se as fraquezas da pessoa amada e consegue-se viver bem um relacionamento que talvez acabasse rapidamente.
O perdão e a reconciliação reduzem as chances de divórcio, santificam o casal e aumentam o amor mútuo. Uma vida bem estruturada materialmente é importante, mas não se sustenta sem a vivência cotidiana do amor irmanado de Deus.
Dez mandamentos do casal:
1 – Nunca irritar-se ao mesmo tempo;
2 – Nunca gritar um com o outro;
3 – Se alguém deve ganhar numa discussão, deixar que seja o outro;
4 – Se for repreender, fazê-lo com amor;
5 – Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado;
6 – A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge;
7 – Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo;
8 – Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa;
9 – Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas;
10 -Quando um não quer, dois não brigam.
Muitos casamentos estão em crise porque a esposa reza pela conversão do esposo, mas, quando este entra no processo de conversão e começa a entusiasmar-se, ela sente ciúme. Também existem maridos que rezam por suas esposas e acontece o mesmo. Mas quando passam por um pequeno desentendimento “jogam na cara” um do outro os erros cometidos no passado. Se não tem argumentos, calem-se! O verdadeiro perdão não relembra o que já passou. Hoje, independentemente do que já fizeram algum dia, vocês são de Deus.
Vingança traz mais decepções e frustrações do que a aceitação do problema e a reconciliação. Desmantelar sua família, separar filhos e pais, provocar traumas e causar marcas doloridas no coração dos familiares é tão errado quanto adulterar. O senhor pede o perdão setenta vezes sete.
Perdoar é um ato de vontade. Vontade de amar profundamente como se gostaria de ser amado. A ausência do perdão gera rancor, ressentimento, e isso pode nos arrancar o Céu, nos fazer perder a eternidade.
Não é fácil casar-se, mas é muito bom (eu não me casei porque optei por entregar-me inteiramente a Deus). O casal precisa lutar para obter a vitória. É lindo quando um dos cônjuges sai com outra pessoa e, vendo que não deu certo, volta para casa. Aquele que ficou em casa precisa aceitá-lo de volta e reconhecer que foi o próprio Deus quem o trouxe. É o momento de viver o amor e o perdão.
Padre José Augusto – Comunidade Canção Nova
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