Nossa História

         A Canção Nova veio para Natal a convite do Bispo que na época era Dom Heitor de Araújo Sales, para assumir a administração da Rádio Rural que estava passando por situações financeiras e administrativas difíceis. Esse encontro de Dom Heitor com Mons. Jonas deu-se em Porto Seguro, na Bahia. Onde a CNBB se reuniu para agradecer a Deus os 500 anos de evangelização no Brasil. E o Mons. Jonas esteve também visitando este local para celebrar esse momento importante na Igreja. E por providencia Dom Heitor aproveita a oportunidade para falar sobre a situação da Rádio Rural e pedir que a Canção Nova viesse assumi-la. No mês seguinte, esteve aqui em Natal, o Eto, a Luzia e o Mons. Jonas para assinarem a principio, um contrato de 10 anos para administrar a Rádio. Em seguida vieram os missionários João Luiz que ficou na organização da parte administrativa, Irmã Maria Eunice na locução do programa da manhã que se chamava “O Espírito sopra onde quer”(posteriormente passou a chamar-se “Amigos da Rural”), Selma iniciou o programa “Tarde com Maria” e Eto que veio somente deixá-los aqui. Abriram a missão no dia 05 de junho de 2000. Quando chegaram aqui, ficaram hospedados na casa de hóspedes de Ponta Negra, que é da diocese, pois não tinham casa para morar. Antes da Comunidade chegar aqui, Deus preparou um povo para recebê-la. Um pequeno grupo de pessoas que não se conhecia um ao outro, mas que providencialmente Deus foi juntando para acolher a Canção Nova. Todos conheciam a Canção Nova pela TV e veio a inspiração de formar-se um grupo de oração para interceder pela Canção Nova, viver as cinco pedrinhas (esse também foi o nome dado ao grupo) e promover a cada mês uma ação entre amigos para conseguir-se dinheiro para o projeto daí-me almas em Cachoeira Paulista/SP. Nessa época não sabíamos ainda que a comunidade viria para Natal. No grupo, havia uma pessoa que era amiga do Mons. Lucas e que por intermédio dele ficamos sabendo da vinda da Canção Nova. Isso foi motivo de grande júbilo para os membros do grupo. No dia em que os missionários chegaram ao aeroporto, fomos todos recebê-los com uma faixa de boas vindas. Chegamos atrasados. Eles já tinham vindo para o bairro de Petrópolis almoçar. Descobrimos o restaurante que tinham ido por intermédio de uma senhora do nosso grupo de oração que não pode ir conosco ao aeroporto. Ela morava perto desse restaurante e foi lá pedir aos membros da comunidade que eles não saíssem antes de chegarmos lá, pois queríamos homenageá-los com essa faixa que tínhamos feito com tanto carinho. Só deu tempo descermos do carro correndo, estendermos a faixa na frente deles e abraçarmos a todos com alegria. Pois tinham que participar de uma reunião com o Bispo. Propomos nos encontrar a noite na casa do terço para um jantar e conhecê-los melhor para dizermos que estaríamos com eles para o que precisassem. Foi então que descobrimos que estando hospedados no hotel temporariamente, só tinham direito ao café da manhã e as outras refeições a providencia teria que partir de nós do grupo. Fizemos uma escala, cada dia os missionários faziam refeição na casa de um de nós. Cuidamos de suas necessidades como se fossem nossos filhos. A cada dia Deus nos inspirava a cuidar de uma necessidade. Precisamos providenciar uma casa para morarem. A Kilza, que era membro do grupo cinco pedrinhas, também coordenava o grupo de oração da paróquia de candelária, e lá pedimos que quem soubesse de uma casa para alugar para Canção Nova, nos procurasse. Seu Abinio foi quem alugou a primeira casa para a comunidade. Entraram sem nada nela. Não tinha nem um colchão para dormir. Dormiram a primeira noite no chão duro. No dia seguinte fomos todos ao grupo de oração em candelária apresentar a comunidade que iria fazer o momento de oração. Ao terminar pedimos às pessoas que estavam ali que quem tivesse colchão, cama, fogão e todos os utensílios de uma casa e pudesse doar para a Canção Nova eles queriam. No dia seguinte chegaram vários colchões novos que uma pessoa deu. Outra doou um fogão, depois veio a geladeira, sofá, mesa cadeiras e camas. Uma senhora nos procurou para doar um guarda roupa grande que estava desmontado em sua casa. Mas não tínhamos transporte grande para buscar. Saí com meu marido num gol e pedi a Deus que aquele guarda roupa coubesse no nosso carro; e por milagre de Deus trouxemos todas as peças dentro de um gol. Passamos um dia inteiro para montá-lo, mas conseguimos. Enfim a casa estava completa. Foi aparecendo doações de pratos, panelas e talheres. Deus não deixou nada faltar. Foi muito lindo de ver a generosidade do povo e o amor pela Canção Nova. Só que quando chegou o inverno a casa chovia mais dentro do que fora, alagava tudo. Foi aí que começaram a chegar os missionários que iriam ficar definitivos aqui. A Neli como coordenadora da missão, Manuela, formadora, Dijanira Silva diretora da rádio, Josenildo Pedro, locutor e operador de áudio, Edna, sala dos amigos, Claudia Brito, promotora de eventos e locutora e Selma que permaneceu também como locutora. Mas, pouco tempo depois a Selma foi remanejada para a sede mãe da Canção Nova e veio substituí-la a Marinélia (neia) que assumiu o programa Tarde com Maria.      Por causa do problema do alagamento da casa, a Ilma, amiga da comunidade ofereceu seu apartamento no bairro latino que estava desocupado para que a Canção Nova mudasse pra lá. Fizemos a mudança e lá a comunidade não precisava pagar aluguel, só o condomínio. A Canção Nova começou um trabalho de visita aos grupos de oração nas paróquias para que outras comunidades pudessem conhecê-la, e fazermos a divulgação do trabalho evangelizador através da Radio Rural. Aos poucos a Canção Nova foi se tornando conhecida e amada, os convites para rezar nos grupos de oração foram aumentando ao passo que também ia crescendo o número de sócios contribuintes. Tínhamos também, uma vez por mês a quarta feira da providencia nas paróquias. O arrecadador daquele bairro juntamente com outros paroquianos trazia bolos, salgados, refrigerantes, para montarmos uma lanchonete no salão paroquial; outras pessoas traziam roupas e montávamos um bazar naquele local. Paralelamente na Igreja, fazíamos uma tarde de louvor e às três horas rezava-se o terço da misericórdia. A comunidade toda comparecia, rezava e comprava os produtos que ganhávamos.

         No mês de agosto de 2000, o Mons. Jonas veio aqui a Natal a convite da Renovação Carismática, para o Encontro de Servos da RCC. Foi uma graça especial para nós. Ele ficou hospedado na casa de missão e aproveitou a oportunidade para falar em particular com todos os membros que estavam iniciando a missão aqui. Como pai, orientou a cada um. A noite, ele celebrou uma missa na comunidade Vida Nova a convite de Marinésio, o fundador da mesma e lá recebeu o título de cidadão natalense.

         Tempos depois, surgiu no coração de Neli a necessidade de reformar o prédio antigo da Rádio para voltar a funcionar lá. Foi então que no programa amigos da Rural com Dijanira, que Neli falou da necessidade de se fazer uma reforma no prédio antigo da Rádio para ela voltar a funcionar lá. Ao terminar, ela recebeu um telefonema de um engenheiro que estava escutando o programa e ouviu o apelo, e se sentiu tocado em ajudar naquela reforma. Esse engenheiro era o Gomes, hoje membro da comunidade de aliança na Canção Nova. Recebemos muitas doações para a reforma e com muito esforço e sacrifício a Canção Nova devolveu a Radio Rural um novo prédio todo equipado para que a evangelização pudesse chegar mais longe para atingir o maior número de famílias que são transformadas e restauradas pelas ondas da Rádio. Depois começamos a fazer eventos mensais, vocações foram surgindo, a comunidade cresceu e hoje já temos grupo de oração na 2ª feira na nossa casa de evangelização, S.O.S. oração e missas.

Redação: Cristina Altnetter