Na simplicidade de uma criança, um grande ensinamento
Certa vez uma criança, filha de uma amiga de outra religião, me perguntou:
– Não entendo por que você “tia” fica naquela casinha – isso é, na capela – “sozinha” como se tivesse ouvindo algo ou alguém e depois sai…
Eu sorri para ela e disse:
– Fico aguardando o brilho do sol da luz que sai daquele lugar tocar meu rosto…
– É “tia”? Aquela portinha dourada brilha? Que brilho é esse? – me perguntou a criança.
E eu respondi:
– É como o brilho do olhar, só que mais forte; vai no coração e dá alegria e consolo. Eu olho para ele e ele olha pra mim… E mesmo que eu não fale nada, ele me conhece e sabe do que preciso, e, é por isso que gosto de ali estar, pois a paz que isso me dá é incomparável.
Ela disse:
– Agora entendi! Toda vez que minha mãe disser que ali é uma portinha na parede e que não tem nada, eu vou dizer: não mãe, ali é de onde sai a paz!
Parece brincadeira mas isso aconteceu comigo. As crianças conseguem muitas vezes ver e entender o que muitos adultos não entendem.
Tenho muitos amigos e não faço distinção de religião. Respeito a todos e os amo, mas fé é algo individual e como tratamos e vivemos a nossa fé é o que faz a diferença.
Quando você estiver na Igreja, eu desejo que o brilho que sai daquele lugar, o Sacrário onde está guardado o Santíssimo Sacramento, toque o seu rosto e o seu coração.
Patrícia Felix
Missionária da Comunidade Canção Nova
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