Começamos a nossa experiência em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do Vosso amor, enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da Terra. Oremos: Óh Deus que instruístes os corações dos Vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito e gozemos de Sua consolação, por Cristo Senhor nosso. Amém.
Pedimos Senhor, que esta Palavra se torne viva e eficaz na nossa vida, e não volte para o Senhor, sem produzir em nós o efeito esperado.
Palavra: Mateus 11, 12
“A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebata-lo”.
João Batista é uma figura marcante na história da salvação, primo de Jesus, recebeu a missão de ser precursor, aquele que iria preparar a vinda do Messias. Jesus diz que de mulher não nasceu ninguém maior que João, mas o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. Pela expectativa da vinda do Messias esperado por Israel, ele viveu uma experiência muito forte de penitência e de austeridade. Vivia no deserto, alimentava-se de mel e gafanhoto, e pregava a conversão. Assumiu com determinação e radicalidade a missão recebida de Deus, ou seja, levou a sério tudo o que o Senhor Deus lhe havia proposto. E neste texto citado acima, Jesus vai dizer desta violência vivida e experimentada por João, o Batista. Que tipo de violência é essa? É exatamente da decisão de viver uma vida austera, radical, de penitência e conversão. A Igreja sempre nos ensinou a ascese, a vida de penitência. Todas as sextas-feiras a Igreja nos convida ao arrependimento e à penitência, muitos se propõe a viver o jejum, a fazer penitência neste dia.
Nossa Senhora em Medjugorge convida os fiéis a jejuarem nas quartas e nas sextas-feiras. Na Canção Nova, Mons. Jonas Abib propõe-nos esses dois dias de jejum e penitência para nós, seguindo o conselho de Nossa Senhora. Precisamos retomar as penitências e o jejum, que por muitos de nós foi esquecido e abandonado. Creio que estamos vivendo um tempo de retomada, porque Deus quer fazer deste tempo, um tempo novo na nossa vida. Ter a coragem de retomar a penitência, como também, o empenho de viver uma vida austera, viver do necessário, sem excessos. Mas precisamos também ser violentos na oração, nos dispondo a rezar mais, com mais tempo e mais qualidade, com a disposição de assumir uma vida intensa e perseverante de oração. Essa violência precisa se evidenciar na nossa decisão de um seguimento radical de Jesus e Seu Evangelho. Radicalidade na atitude de amar, de perdoar, de partilhar, numa decisão consciente e madura de viver a liberdade no Espírito, não estando presos, acorrentados a nada e a ninguém. Quantos escravos sentimentais no nosso meio, que vivem uma co-dependência afetiva; pior ainda quando somos os causadores desta realidade., e amarramos pessoas afetivamente a nós. Quanta exploração no meio de nós, missionários que cobram absurdos para evangelizar e manter seus luxos e apegos.
Temos que ser violentos na decisão de não explorar as pessoas de bom coração que se aproximam de nós; radicalidade em não ficar alimentando amizades interesseiras. Precisamos ser capazes de banir do nosso meio e das nossas conversas a fofoca e a murmuração, a visão negativa, que nos impede de reconhecer as coisas boas na Igreja e na vida de tantas pessoas que conosco convivem e professam a fé. Quanto orgulho ainda no nosso meio. João Batista é modelo de austeridade, de originalidade na fé. Precisamos viver uma castidade segundo o coração de Jesus, buscando a pureza em todos os nossos atos, conversas, brincadeiras e pensamentos. Não se esqueça, talvez você até pense que eu esteja entrando no exagero, mas estou tentando apresentar a você, aquilo que Jesus disse: A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebata-lo. O que faço é uma proposta e não uma imposição, e ninguém mais do que você, pela luz do Espírito Santo, sabe onde você tem que usar de violência para ser mais de Deus. Que o Senhor Jesus te inspire.
Mortificação: Que hoje seja um dia de jejum e penitência na sua vida, que seja um dia de retomada e decisão pela austeridade proposta por Jesus e pela Igreja.
Oração e Clamor: Jesus, João Batista é sempre uma inspiração para mim. Sua austeridade é sinal, é farol, é inspiração para a minha vida e para as minhas atitudes. Austeridade e humildade são as marcas deste profeta, deste homem de fé. Quero como ele, Senhor, viver a radicalidade, a decisão de deixar tudo aquilo que é excesso, para viver na liberdade do Espírito. Eu renuncio aos apegos que tenho aos bens materiais, ao dinheiro, às pessoas, e ao poder, é pela força do Teu Santo Nome, Jesus, que eu tomo esta decisão. Quero pedir ao Espírito Santo, a graça de não viver nenhum tipo de dependência: seja ela por coisas ou pessoas. Quero ser livre nos meus afetos, não quero alimentar no meu coração, nenhuma realidade de co-dependência afetiva, quero ser livre como João Batista, para te seguir e te servir. Consagro a minha afetividade e a minha sexualidade ao Senhor, pois desejo viver a pureza e a castidade.
Liberta-me das tendências que tenho de aproximar-me das pessoas por interesses, sejam eles materiais ou afetivos, Te peço Senhor, que todos os meus relacionamentos sejam marcados pela pureza e pelo desinteresse. Conceda-me a graça de ser fiel, como João foi fiel à missão que recebeu do Pai. Quero ser violento na oração, na radicalidade de vida que preciso viver, pelo chamado que o Senhor me faz. Quero viver a santidade em vista da Tua segunda e definitiva vinda, eu sei que o Senhor virá, e precisa encontrar-me preparado. Quero viver essa radicalidade, na esperança do cumprimento da profecia do avivamento na minha vida e na nação brasileira. E que verdadeiramente eu consiga arrebatar os céus pela decisão de viver a austeridade e a radicalidade em tudo o que eu fizer. Liberta-me de toda tendência que tenho de viver na mornidão, da preguiça espiritual, de toda permissividade, eu não quero viver sob o jugo do relativismo moral e espiritual, mas desejo do fundo do coração, viver uma proposta de uma vida decidida no Teu seguimento, Jesus. Quero honrá-Lo com a minha vida, quero viver para Ti, meu Senhor e meu Deus. Amém.
(Deixe agora livremente o Espírito Santo leva-lo a experiência de um grande clamor e de toda a revelação que Ele tem para a sua vida).