Do céu para você 13º dia do avivamento pessoal

Direcionamento 19 – Após o deserto, há um banquete preparado para você.

Apostolado sem deserto é suicídio. Não basta chegar ao deserto, é preciso caminhar nele.
Isso revela sua fidelidade a Deus. A cada passo, o suor empregado nesse território está sendo cuidadosamente calculado pelo Salvador. Fortifica-se aí a sua virtude. “O objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus”, nos ensina São Gregório de Nissa.
Tome sua cruz e adentre o deserto; estamos nos assemelhando a Ele. Coragem! Após o deserto, há um banquete preparado para você.
É só a partir  dos passos dados que vamos descobrindo, nessa vereda traçada pelo Senhor, os Seus desígnios a nosso respeito. Seria provável desistirmos, se soubéssemos o plano salvífico antecipadamente; é mais seguro, para Deus e para nós, recebermos a revelação a cada passo, a cada etapa cumprida.

Toda alma que está em ascensão, sofre. Sem ascese não existe mística.
A paixão por Nosso Senhor é que nos faz prosseguir. Quando estamos avançando no deserto, nossa história é trazida conosco; durante o percurso, a saudade das “cebolas do Egito” (Nm 11, 5) grita: “Volta… volta… volta!”. Mas Ele tem uma história nova lá na frente, e a sede pelo novo também está gritando: “Vem… vem… vem!”.
O brilhante Papa emérito Bento XVI nos ensina:
Por causa da vida que leva conforme a Palavra de Deus, o orante é lançado no isolamento. A Palavra torna-se para ele uma fonte de sofrimento.

Por isso, profeta, lhe afirmo: se Deus não isolar você, correrá o risco de não tratá-Lo como sua prioridade. Não se esqueça de que “nosso Deus é um Deus ciumento” (Dt 4, 24).
Existem benefícios extraordinários no deserto… Nossa visão fica mais apurada, nossa audição, mais sutil e, no silêncio, conseguimos ver o Senhor se movendo em nosso favor. Se você parar de pensar,a  água é fundamental nesse trajeto; a importância que você dá à água no deserto é a mesma que o Senhor dá à sua presença no deserto.

Aprendendo com quem já está lá

Uma pessoa não escolhe sozinha uma vocação, mas a recebe e deve esforçar-se por conhecê-la. Deve entregar o seu ouvido à voz de Deus, para divisar os sinais da Sua vontade. E, uma vez conhecida a Sua vontade, deve realizá-la, tal como é, custe o que custar. (Beato Charles de Foucauld).
Erga agora uma oração de louvor pelo caminho que o Senhor o chama a percorrer.

Lectio Divina: Eclesiástico 16, 24-30

Escutai-me e aprendei sabedoria, prestai atenção às minhas palavras, vou expor meu pensamento com ponderação e com modéstia minha doutrina.
Quando, no princípio, Deus criou suas obras e as fez existir, designou-lhes suas funções; determinou-lhes para sempre sua atividade e seus domínios para todas as eras; não desfalecem, nem se cansam, nem faltam à sua obrigação. Nenhuma estorva sua companheira, nunca desobedecem às ordens de Deus.
Depois, o Senhor olhou para a terra e a cumulou de seus bens; cobriu suas face com toda espécie de viventes, que a ela voltarão.

 

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