Do céu para você 24º dia do avivamento pessoal

Direcionamento 33 – É tempo de aflorar a contrição e a abstinência.

Em todos os anos, quando se aproxima o tempo litúrgico da Quaresma – um dos períodos mais nobres da vivência de nossa fé – notamos que estamos à beira de um passo penitencial. Poucas horas nos separam de um convite ao caminho silencioso e desacompanhado das alegrias humanas.
É o tempo de aflorar a contrição e a abstinência. É tempo de Kenosis!
Consulte em suas lembranças as vezes em que você fez esse caminho e comprove os favores que você colheu.
O caminho quaresmal é o caminho do adestramento da carne, da mente e do espírito. É o tempo em que somos convidados a louvar pelo sol do deserto e pela escassez de água e alimento aos quais somos submetidos na trilha em busca da ressurreição.

A pedagogia litúrgica daqueles quarenta dias não lhe dá direito a pedir; pelo contrário, reivindica de você o ofertar e, conforme o avanço dos dias, ofertar mais e mais.
Encarna-se um tempo de pura e firme doação de si mesmo ao Senhor e Seu Reino.
Na cultura judaica, um judeu sempre começa suas orações de pé, mas a medida que a oração vai se tornando mais humilde e mais intensa, ele vai se dobrando; quando ele já se encontra de joelhos, sua oração atingiu o ápice da humildade e da fecundidade.

Esse é o caminho que o Senhor lhe convida a fazer. Aprendamos com os nossos irmãos judeus a aprimorar nossas práticas oracionais.
Que a cada hora de casa um dos quarenta dias do seu período quaresmal, a partir de hoje até o seu último suspiro, o Espírito vá inclinando, “dobrando” você. Assim, comprovadamente haverá crescimento.
A vida espiritual na pedagogia do Céu se potencializa em você não quando você sobe, e sim quando você desce!
Veja que interessante…

– Na lógica dos homens: os primeiros sãos os mais famosos.
– Na lógica do Espírito: “Os últimos serão os primeiros” (Mt 20, 16)
– Na lógica dos homens: o mais forte é o mais poderoso.
– Na lógica do Espírito: “Quando sou fraco, aí é que sou forte” (2Cor 12, 10)

Assuma as suas fraquezas e, ao mesmo tempo, a indispensável necessidade de percorrer esse caminho de resignação quaresmal, levando tais fraquezas. Não há dúvida que, desse modo, você sairá mais forte e maduro.
No fim dessa trilha, Aquele que o sustentou no percurso o aguarda. E, se você precisar, Ele tem Ressurreição para lhe entregar.

Lectio Divina: Lamentações 5, 1-22

Recorda, Senhor, o que nos aconteceu: olha e considera nossas afrontas. Nossa herança passou os bárbaros; nossas casas, para estrangeiros; ficamos órfãos de pai e nossas mães ficaram viúvas. Temos de comprar a água que bebemos e pagar a lenha que levamos. Empurraram-nos com um jugo ao pescoço, afadigam-nos sem nos dar descanso.
Fizemos um pacto com o Egito e a Assíria para nos saciar de pão. Nossos pais pecaram, e já não vivem, e nós carregamos suas culpas. Uns escravos nos submetem, e ninguém nos livra de seu poder. Arriscamos a vida pelo pão, pois a espada ameaça em campo aberto. Nossa pele queima como forno, torturada pela fome.

Violaram as mulheres de Sião e as donzelas nos povoados de Judá; com suas mãos enforcaram os príncipes, sem respeitar os anciãos; forçaram os jovens a tocar o moinho, e os rapazes sucumbiam sob cargas de lenha.
Os anciãos já não sentam à porta, os jovens já não cantam; cessou a alegria do coração, as danças se tornaram luto; a coroa caiu de nossa cabeça: Ai de nós, pois pecamos!

Por isso, nosso coração está doente e nossos olhos se anuviam, porque o monte Sião está desolado e as raposas passeiam por ele.
Mas tu, Senhor, és rei para sempre, teu trono dura de geração em geração. Por que te esqueces de nós para sempre e nos abandonas por tanto tempo?
Senhor, leva-n0s a ti para que voltemos, renova os tempos passados. Ou será que já nos rejeitaste, que tua cólera não tem medida?

Direcionamento 34 – Ele faz uso de nossas misérias para construir Seu trono misericordioso.

Quantas experiências sobrenaturais nos aguardam assim que dissermos sim ao Espírito Santo sem reservas?
Quantas outras tantas maravilhas o próprio Espírito nos garante, quando experimentamos de Seu ardente Avivamento? Será o nosso Pentecostes atemporal!
Porém, você não pode se esquecer de que antes de Joel 3, precisa acontecer Joel 2… E o tempo da vivência deste capítulo é agora!
Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos. (Jl 2, 12)

É agora o tempo de nos reconciliar com Deus, tempo de nos retratarmos para não sermos apartados da recompensa do Pai.
Se não houver uma “determinada determinação”, como nos ensina Santa Teresa D’Ávila, não progrediremos nem espiritual, nem naturalmente. E, por fim, não seremos a alegria de Deus na Terra.
O mesmo Deus que nos relembra: “Do pó vieste e ao pó voltarás” também pune a serpente: “Caminharás sobre teu ventre e comerás poeira” (Gn 3, 14)

As alternativas que alimentam a serpente são manter a “poeira” da indiferença, do descompromisso com o Evangelho; ser insensível com as necessidades dos filhos da Igreja; insistir em manter maus sentimentos e olhar condenatórios ao seu próximo – tudo isso nada mais é do que gritar em voz alta: “Pode vir, serpente, eu tenho aqui dentro poeira para você”.
O inesquecível Papa João XXIII, o Papa Bom, em sua encíclica Secundum Magnitudi Nemipsus Sic Et Misericórdia Illius – A sua misericórdia é como sua grandeza, escreve: “Ainda melhor que o nome, é o apelido de Deus: Misericórdia”.

Ele, o Senhor, faz uso de nossas misérias para construir seu trono misericordioso.
Suas misérias dominadas pela serpente geram pecado e prejuízo; suas misérias dominadas pelo Espírito geram misericórdia e virtude.
Seu maior desafio não é conseguir cumprir propósitos no decorrer dos dias, mas dedicar todo empenho em fazer com que eles sejam mais agradáveis a Deus agora do que antes. O Espírito se abre para ser seu maior triunfo. Agarre-se a ele!

Lectio Divina: Tiago 2, 14-26

Meus irmãos, de que serve para alguém alegar que tem fé, se não tem obras? A fé poderá salvá-lo? Suponhamos que um irmão ou irmã andam seminus, sem o sustento diário, e um de vós lhe diz: “Ide em paz, aquecidos e saciados”; mas não lhes dá para as necessidades corporais, de que serve? Igualmente a fé que não vem acompanhada de obras: está totalmente morta. Alguém dirá: “Tu tens fé, eu tenho obras”. Mostra-me tua fé sem obras, eu eu te mostrarei pelas obras a minha fé.

Crês que Desu existe? Muito bom! Também os demônios creem e tremem de medo. Homem insensato, queres compreender que a fé sem obras é inerte? Não foi nosso pai Abraão justificado pelas obras, oferecendo seu filho Isaac sobre o altar? Vês que a fé chegou à sua perfeição. E cumpriu-se o que diz a Escritura: Abraão confiou em Deus, e isso lhe foi anotado com crédito, e foi chamado amigo de Deus. Vede que o homem é justificado com as obras e não só com a fé. Igualmente Raab, a prostituta, não foi justificada com as obras, acolhendo os mensageiros e despedindo-os por outro caminho? Da mesma forma que o corpo sem o alento está morto, assim a  fé sem as obras está morta.

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