Direcionamento 43 – O tempo de buscá-lo e reencontrá-lo é agora!
Todas as vezes em que rezamos o santo terço, de modo especial o quinto mistério gozoso, meditamos a perda e o encontro do Menino Jesus no templo, entre os doutores. Esse acontecimento trouxe grandes angústias à Virgem Maria e ao justo José. A prioridade do casal era o cuidado ininterrupto daquele que veio como luz e salvação dos homens. E eles o perderam de vista.
Tal perda, que gerou desespero no casal, só foi encerrada após três dias de intensa procura. Os pais receberam o conforto e a devolução da segurança quando se depararam com o menino entre os doutores da Lei, ensinando com maestria aqueles que detinham alto grau de conhecimento. Os magistrados estavam estupefatos com a capacidade daquele garoto – um verdadeiro prodígio na fala.
Não considerando o fato de ensino, mas apegando-se à perda angustiante, podemos reparar o que sentiram a Virgem Maria e São José. Quantos homens e mulheres “perderam” Jesus há tanto tempo e não se angustiaram, não sentem remorso algum; a perda não lhes causa tristeza nem angústia. Eles perderam o Caminho, a Verdade e a Vida, e não se deram conta disso: estão anestesiados, preencheram a perda com algo insignificante e têm se entretido de forma tão enganosa.
Desde a primeira hora, a perda do Emanuel gerou desespero. Quantas pessoas você conhece que há anos não participam mais da Santa Missa, não meditam mais a Palavra, não rezam mais o santo terço, não mais se confessam?
O mundo perdeu Jesus e não se deu conta – acabou se conformando com a perda.
O Avivamento espiritual que tanto almejamos visa despertar o desejo de que os homens voltem a procurá-lo novamente, dessa vez com mais pressa ainda. Um banho nas águas do Santo Espírito vai lavar a consciência corrompida dos homens e reativar dentro delas a profecia de Isaías:
Buscai o Senhor enquanto Ele se deixa encontrar, invocai-O enquanto Ele se deixa encontrar. (Is 55, 6)
Quantas vezes você O perdeu e não se desesperou?
Quantas situações lhe atingiram e lhe distraíram, fizeram-no perder o Senhor de vista e, mesmo assim, você não foi capaz de parar imediatamente o que fazia para procurar o seu bem mais precioso?
Quando se perde o Senhor, quando se perde a intimidade com Ele e não gera esse desespero no coração, quando isso não lhe tira o sono, você precisa de um Avivamento espiritual imediatamente!
São tantas as situações que o convidam a distração, tantas as ofertas desse mundo secularizado que desejam prendê-lo (se é que você já não está preso), enfim, são muitos os recursos modernos do mundo que lhe roubam daquele extraordinário encontro com o Salvador. Em pleno mundo contemporâneo, somos parte da geração mais avançada em termos tecnológicos mas que é, ao mesmo tempo, a geração mais distante de Deus.
Nos descuidamos e O perdemos de vista; nós O perdemos e não nos preocupamos mais – isso sim, precisamos considerar desesperador!
É tempo de despertar, é tempo de procurá-Lo com toda intensidade, de perder o sono enquanto Ele não é encontrado, de sair nas madrugadas em forma de oração e dizer: “Onde estás, Meu Senhor?”.
O tempo de buscá-Lo e reencontrá-Lo é agora!
E, quando encontrá-Lo, faça muita festa, na mesma proporção da festa que o Pai misericordioso fez ao receber o filho pródigo. Anuncie, grite: “Eu O encontrei, o meu Senhor, encontrei-O de novo, e a partir de agora não vou mais descuidar, não mais permitirei que Ele se afaste de mim”.
Lectio Divina: 1 Reis 19, 1-18
Acab contou a Jezabel o que Elias fizera, como passara os profetas a fio de espada. Então Jezabel mandou este recado a Elias: “Que os deuses me castiguem se amanhã, a estas horas; não faço contigo o mesmo que fizestes para cada um deles”.
Elias temeu e se pôs a caminho para salvar a vida. Chegou a Bersabeia de Judá, deixando aí seu servo. Continuou pelo deserto uma jornada de caminho e no fim sentou-se sob uma retama, desejando a morte: “Basta, Senhor! Tira-me a vida, pois não valho mais que meus pais!”. Deitou-se sob a retama e dormiu. Mas um anjo o tocou e lhe disse: “Levanta-te e come!”.
Elias olhou e viu à sua cabeceira um pão cozido sobre pedras e uma jarra de água. Comeu, bebeu e tornou a deitar. Mas o anjo do Senhor voltou a tocá-lo, dizendo: “Levante-te e come! O caminho é superior às tuas forças”.
Elias levantou-se, comeu e bebeu e, com a força desse alimento, caminhou quarenta dias e quarenta noite até o Horeb, o monte de Deus. Aí entrou numa caverna, onde passou a noite, E o Senhor dirigiu-lhe a palavra: “O que fazes aqui, Elias?”.
Respondeu: “O zelo pelo Senhor Deus dos exércitos me consome, pois os israelitas abandonaram tua aliança, derrubaram teus altares e assinaram teus profetas; fiquei somente eu, e me procuram para matar-me”.
O Senhor lhe disse: “Sai e fica de pé no monte diante do Senhor. O Senhor vai passar!”. Veio um furacão tão violento que despedaçava os montes e quebrava os rochedos diante do Senhor; mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento veio um terremoto; mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto veio um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se uma brisa suave; ao senti-la, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou de pé à entrada da caverna. Então ouviu uma voz que lhe dizia: “O que fazes aqui, Elias?”.
Respondeu: “O zelo pelo Senhor Deus dos exércitos me consome, pois os israelitas abandonaram tua aliança, derrubaram teus altares e assassinaram teus profetas; fiquei somente eu, e me procuraram para matar-me”. O Senhor lhe disse: “Retorna o teu caminho em direção ao deserto de Damasco e, quando chegares, unge Hazael como rei da Síria; Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel, e Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como profeta e teu sucessor. Aquele que escapar da espada de Hazael, Jeú o matará; aquele que escapar da espada de Jeú, Eliseu o matará. Mas eu reservei para mim sete mil homens em Israel: os joelhos que não se dobraram diante de Baal, os lábios que não o beijaram”.
Direcionamento 44 – O Céu sempre é objetivo conosco.
Um coração governado pelo Espírito Santo é livre e, ao mesmo tempo, habilitado para vencer as armadilhas do demônio e resistir às ofertas do mundo.
A partir dessa submissão ao Santo Espírito, tornou-se tal coração impregnado de Sabedoria e de temor. Ele entendeu com eficiência as diretrizes do Salmo 110, 10:
O princípio da sabedoria é temer ao Senhor, todos os que o praticam têm bom senso. Seu louvor permanece para sempre.
Homens e mulheres espirituais consagram seu coração ao Espírito e ele, em sua majestade, sabe domá-lo como ninguém. Um coração dominado pelo Senhor não aceita algumas máximas do mundanismo, tais como: “Coração é terra onde ninguém é dono”.
Quantos homens e mulheres, filhos da Igreja, não permitiram que seus corações passassem por um tratamento minucioso que o Espírito Santo sempre quis ofertar e, mesmo na Igreja, continuam machucados, chagados e acumulando fracasso atrás de fracasso. É p grupo dos que confiam o seu coração a homens, e não ao Espírito.
O Senhor tem vasculhado a terra, tem percorrido essa nação à procura de corações segundo a Sua vontade. Onde estão os(as) novos(as) “Moisés”, “Noés”, “Davis”, “Anas”, “Déboras”, Franciscos de Assis”, “Agostinhos”?
E você, nessa geração, seria um deles?
O Avivamento faz uso de corações inteiros para o Senhor; Ele quer totalidade, e não “fatias”. Deus pleno em um coração muda uma cidade, um país, e estabelece Seu reinado com propriedade.
Mas, sinto lhe informar: se há espeços em seu coração – por menores que sejam – que o Senhor não pôde ainda ocupar, significa que Ele ainda não se tornou o seu Senhor. O ritmo do avanço do Reino dos Céus em seu interior não depende de Deus, mas de você, da sua força de decisão.
Um caso típido da intensidade da decisão por parte do homem aconteceu com o coletor de impostos Levi:
Ao passar, viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me”. Ele se levantou e O seguiu. (Mt 2, 14)
Você viu? Que eloquência na pregação do Mestre! Que pequena fração de segundo Ele deve ter levado para dizer: “Segue-me”. E quantos segundos foram necessários para Levi ficar de pé e começar sua caminhada apostólica?
O Céu sempre é objetivo conosco; Deus não perde tempo, seu chamado é sempre coerente. Nossa resposta é que, muitas vezes, carece de coerência. Que o seu coração entregue hoje o que ainda não está sob o domínio do Espírito Santo, e os frutos virão a seu tempo. Entregue seu coração sem exigências, não assine “permutas”. Adormeça-o nas mãos do Salvador e Ele saberá como regê-lo.
Lectio Divina: Sabedoria 13, 1-9
Eram naturalmente vãos todos os homens que ignoravam Deus, e foram incapazes de conhecer aquele que é, a partir das coisas boas que estão à vista, e olhando suas obras não reconheceram o artífice, mas tiveram como deuses o fogo, o vento, o ar leve, as órbitas astrais, a água impetuosa, os luzeiros celestes, regedores do mundo.
Se, fascinados por sua formosura, os consideram deuses, saibam quanto seu Dono os supera, pois o autor da beleza os criou; e se o poder e atividade dele os assombram, calculem quanto mais poderoso é quem os fez; pois, pela grandeza e beleza das criaturas, descobre-se por analogia aquele que lhes deu o seu ser.
Contudo, a esses pouco se lhes pode lançar em rosto, pois talvez andem extraviados buscando a Deus e querendo encontrá-lo; os subjuga, porque é belo o que veem. Mas sem sequer estes são perdoáveis, porque se conseguiram saber tanto a ponto de serem capazes de averiguar o princípio do cosmo, como não encontraram, com maior razão, o seu Dono?
Veja também:
Devocionário Profecia do Avivamento