Direcionamento 46 – Deus nos quer por inteiro.
No Direcionamento anterior, o Espírito nos convidou a adentrar nosso coração, conferir os espaços que ainda não são ocupados por Ele e esgotar todo mal afetivo e emocional que o habitava – isso porque Deus nos quer por inteiro.
A apóstola do Espírito Santo, Beata Elena Guerra, traz num escrito um precioso ensinamento:
Felizes os filhos da Igreja Católica que, querendo, têm sempre Deus consigo! Mas toda essa felicidade é desconhecida e negligenciada porque muitos cristãos, em vez de Deus, buscam aquilo que agrada ao mundo e ao amor próprio.
Em sus história de vida, nem que seja por um breve momento, você já deve ter sofrido esse prejuízo: mesmo com morada celestial garantida, agora para agradar ao mundo e seus anseios naturais, desperdiçando o essencial e eterno e concentrando toda sua força naquilo que se perde e se deteriora. Mas você teve a chance de se recuperar e assim o fez. Glória a Deus por isso!
O mais interessante é que, desde o seu nascimento – e você nasceu por desígnio do Senhor – há uma verdade absoluta a seu respeito: mesmo quando você decidiu andar por caminhos tortuosos, o seu objetivo era a tão excitante felicidade. Ou seja, a meta sempre esteve certa, o caminho percorrido é que estava errado.
O Apóstolo Paulo, homem do Avivamento o Novo Testamento, atesta aos Romanos: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5, 20).
Quando você percorre o caminho errado, ou você volta à trilha correta, ou quem está certo entra no seu caminho para resgatá-lo e reconduzi-lo ao rumo da perfeição. Se sua própria consciência não o impeliu a voltar ao bom caminho, saiba que Jesus preferiu não esperar você e, expressando u exagero de amor, decidiu entrar no mesmo percurso que o seu. Lá, encontrou você perdido, cego, faminto e exalando o odor do pecado. Ele, então, tomou você com todo apreço e misericórdia e o tirou de lá. O “onde” abundou o pecado não é um lugar, é uma pessoa: você.
Somente no caminho correto, o caminho da perfeição cristã, é que lhe será entregue o que há de melhor, preparado pelo Pai e pelo Filho no Espírito. Uma das entregas é o “maná escondido separado ao vencedor” (Ap 2, 17). Esse maná está nas mãos do Pai, disponível aos valentes do Avivamento – homens e mulheres que procuram com todo esmero agradar ao Espírito no que fazem e, principalmente, na maneira como vivem!
Você já é digno desse maná?
Um alimento escondido só pode ser descoberto com auxílio de alguém. No seu tempo de infância, você já deve ter vivido a experiência em que seu pai ou mãe escondeu aquele doce de que você tanto gosta e que não estava mais ali naquele armário, naquela gaveta; isso provavelmente gerou em você muita ansiedade e questionamento: “Ué, cadê o doce? Ele estava aqui…”. Lembra-se?
No caso do maná, ele está escondido da mesma forma; só o Senhor é quem lhe pode revelar. É preciso ir até Ele e convencê-Lo a entregá-lo a você. Resta saber se é a hora, e se você está apto.
Lectio Divina: João 6, 28-58
Perguntaram-lhe: “O que devemos fazer para trabalhar nas obras de Deus?”. Jesus lhes respondeu: “A obra de Deus consiste em que creiais naquele que Ele enviou”. Disseram-lhe: “Que sinal fazes para que vejamos e creiamos?” Em que trabalha? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: ‘Deu-lhes a comer o pão do céu'”.
Respondeu-lhes Jesus: “Eu vos asseguro que não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; é meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. O pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.
Disseram-lhe: “Senhor, dá-nos sempre deste pão”. Jesus lhes respondeu: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não sofrerá fome, aquele que crê em mim não passará sede. Contudo, eu vos disse que, ainda quem me tenhas visto, não credes. Aqueles que o Pai me confiou virão a mim, e aquele que vier a mim, não o lançarei fora, porque não desci do céu para fazer a minha vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que me confiou, mas os ressuscite no último dia. Porque esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que contempla o Filho e crê nele, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.
Os judeus murmuravam porque havia dito que ele era o pão descido do céu, e diziam: “Este não é Jesus, o filho de José? Nós conhecemos seu pais e sua mãe. Como diz que desceu do céu?”
Jesus lhes disse: “Não murmurei entre vós. Ninguém pode vir de mim, se o Pai que me enviou não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia. Os profetas escreveram que todos serão discípulos de Deus. Quem escuta o pai e aprende, virá a mim. Não que alguém tenha visto o Pai. Somente aquele que está voltando para Deus é que viu o Pai. Eu vos asseguro que quem crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que quem o comer não morra. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá sempre. O pão que eu dou para a vida do mundo é a minha carne”.
Os judeus começaram a discutir: “Como pode este dar-nos de comer sua carne?”. Jesus lhes respondeu: “Asseguro-vos que, se não comerdes a carne e não beberdes o sangue deste Homem, não tereis vida em vós. Quem comer minha carne e beber o meu sangue terá a vida em vós. Quem comer minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer minha carne e beber o meu sangue habitará em mim e eu nele. Como o Pai que vive me enviou e eu vivo pelo Pai, assim quem me tomar como alimento viverá por mim, Este é o pão descido do céu, e não é como o que vossos pais comeram e morreram. Quem come este pão viverá sempre”.
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