Direcionamento 51 – Assuma o que é verdadeiro, o que vem do Espírito.
Quando Deus levanta você pela manhã, Ele coloca a seu dispor, além de um novo dia, a chance de viver um novo tempo e, através de você, mudar a vida de muitas pessoas e até das nações.
Adorar para avivar – isso não é um convite, é uma ordem!
Diante Dele, tudo lhe será entregue para provocar Avivamento. Diante Dele, tudo lhe será revelado. Quem está disposto a ficar diante Dele se deleitando, sendo forjado, exortado e, às vezes, tendo que conviver com Seu fulminante silêncio?
Adorar é, antes de um exercício espiritual, um exercício corporal. Disciplinar a carne traz dores: ela não tem vontade de adorar, e com pouco tempo o corpo se impacienta e as imagens e sons exteriores trabalham de forma acelerada para fazê-lo levantar e sair da presença do Santo dos Santos.
O mais alto grau da Adoração chama-se contemplação – você se posiciona diante do Senhor de tal forma que a hora já não mais importa, o seu corpo está completamente rendido àquela presença eucarística, seu olhar que o buscou ha Hóstia o encontrou e não consegue mais deixar de olhar para Ele. Sua inimiga chama-se pressa; quem quer contemplar não tem pressa. Como atingir a contemplação se a pressa o domina?
É o cumprimento da profética palavra do Catecismo da Igreja Católica: Adorar é antecipar a eternidade” (CIC 2096).
Um dos grandes entraves para a adoração em excelência (contemplativa) é o mal contemporâneo que atende pelo nome de consumismo. Como “consumir” as coisas do céu, se as terrenas ocuparam todos os espaços no intelecto, nas emoções e no espírito do homem?
Rossela Semplici, uma retomada psicóloga católica italiana, faz um grande alerta:
Atualmente, nas sociedades ocidentais, dominadas pelo consumismo, até a existência é, com frequência, “consumida”. As sereias de hoje seduzem os navegadores com o canto ilusório da felicidade sem compromisso, da conquista sem esforço, da vitalidade na busca incessante de novidades. Isso faz com que o “duradouro” e o “para sempre” sejam considerados jaulas dentro das quais o sentido da vida e do amor murcha.
Quantos benefícios você colhe a partir da Adoração? Não se permita ser seduzido pelo cântico da sereia, que lhe oferta enganosamente um caminho mais fácil e suave – isso é veneno. Renuncie e assuma o que é verdadeiro, o que vem do Espírito.
Lectio Divina: Salmo 34
Bendigo o Senhor em todo o tempo, seu louvor está sempre em minha boca. Eu me glorio do Senhor: que os humildes escutem e se alegrem.
Engrandecei comigo o Senhor, exaltemos juntos o seu nome. Consultei o Senhor e ele me respondeu, livrando-me de todas as minhas ansiedades.
Contemplai-o e ficareis radiantes, vosso rosto não se envergonhará.
Este pobre clamou e o Senhor o escutou e o salvou de todos os seus perigos.
O anjo do Senhor acampa ao redor de seus fiéis, protegendo-os.
Provai e apreciai o quanto é bom o Senhor: feliz o homem que nele se abriga.
Respeitai o Senhor, consagrados seus, pois nada falta àqueles que o respeitam.
Os ricos empobrecem e passam fome; os que buscam o Senhor não carecem de bens.
Aproximai-vos, filhos, escutai-me: eu vos ensinarei a respeitar o Senhor.
Existe alguém que ame a vida e deseje anos desfrutando bens?
Guarda tua língua do mal e teus lábios da falsidade, aparta-te do mal, age bem, buscai a paz, persegue-a.
O Senhor dirige os olhos para os justos, os ouvidos aos seus clamores. O Senhor enfrenta os que agem mal para extirpar da terra a memória deles.
Se gritam, o Senhor escuta e os livra de todos os perigos.
O Senhor está perto dos atribulados e salva os abatidos.
Por muitos males que sofra o justo, de todos o Senhor o livra: ele cuida de todos os seus ossos e nenhum se quebrará.
A maldade mata o perverso; os que odeiam o justo o pagarão. O Senhor resgata a vida de seus servos: não serão castigados os que nele se abrigam.
Direcionamento 52 – Deus sabe onde investir Seus bens.
Tudo que há de bom em você foi uma oferta generosa do Criador. O que é virtuoso, nobre e puro em você veio do coração do Rei. Foi investimento Dele. E Deus sabe onde investir Seus bens. Deus não erra! Diferentemente de nós, que nos atiramos em situações que não trarão um bom resultado…
Faça memória das tantas vezes em que você investiu em realidades que não foram aprovadas pelo Senhor. Ele até fez uso de pessoas para alertá-lo, mostrando claramente que você estava entrando “numa fria”, mas, mesmo assim, você insistiu e disse: eu vou. Resultado: prejuízo!
A Palavra em Provérbios vai nos ensinar: “Se o justo recebe na terra sua recompensa, quanto mais o perverso e o pecador” (11, 31).
Baseando-nos nessa palavra, podemos afirmar que, naquela ocasião, a sua postura não foi de homem justo, e sim de pecador ou até mesmo de homem perverso, Trata-se de um sofrimento que seria perfeitamente evitável se você tivesse agido como homem espiritual e temente.
O Avivamento tem tudo a ver com doação – sim, essa é uma das palavras mais acertadas para descrevê-lo. Mas não é uma doação de você mesmo, dos seus esforços; o que se doa, nesse caso, é o que de melhor o Senhor tem para o Seu povo. Ele decidiu, mais uma vez, investir nas nações. Ele quer relembrá-las de que são Sua pertença. Ele sabe que esse investimento passa também por sua vida, mas a finalidade de tal doação é oferecer o que vem Dele!
Por mais que Ele erga um ministro de Avivamento, o fim não é promover a vida e as características desse ministro. O intuito é oferecer o melhor da Trindade ao Seu povo. Se Deus o elevou e você tem sido ovacionado, gerando em seu íntimo grande satisfação e um desejo incontido de ser cada vez mais reconhecido, isso significa que o Avivamento está se deteriorando em você. O Avivamento não traz sentimentos de autorrealização e sim de preocupação; ele leva resultado ao Senhor. A alegria é para Ele, os frutos serão colhidos por Ele, e não por nós.
Que hoje seja um dia de revisão de conceitos, de retomada do caminho verdadeiro – aquele espinhoso, pedregoso, mas necessário.
Lectio Divina: Juízes 2, 11-23
Os israelitas fizeram o que o Senhor reprova: prestaram culto aos ídolos, abandonaram o Senhor Deus de seus pais, que os havia tirado do Egito, e foram atrás de outros deuses, deuses das nações vizinhas, e os adoraram, irritando o Senhor. Abandonaram o Senhor e prestaram culto a Baal e a Astarte.
O Senhor se encolerizou contra Israel: entregou-os a bandos de saqueadores, que os saqueavam; vendeu-os aos inimigos vizinhos e os israelitas não podiam resistir-lhes. Em tudo o que faziam, a mão do Senhor lhes era contra, exatamente como Ele lhes havia dito e jurado, chegando assim a uma situação desesperadora.
Então o Senhor fazia surgir juízes que os livravam dos bandos de salteadores; porém, nem aos juízes davam atenção, mas prostituíam-se com os outros deuses, prestando-lhes culto, desviando-se logo do caminho pelo qual seus pais andaram, obedientes ao Senhor. Não faziam como eles.
Quando o Senhor fazia surgir juízes, o Senhor estava com o juiz; enquanto o juiz vivia, salvava-os de seus inimigos, pois sentia pena ao ouvi-los gemer sob a tirania de seus opressores. Mas, quando morria o juiz, recaíam e comportavam-se pior que seus pais, indo atrás de outros deuses, adorando-os; não se afastavam de suas maldades, nem de sua conduta.
O Senhor se encolerizou contra Israel e disse: “Visto que este povo violou minha aliança que estabeleci com seus pais e não quiseram obedecer-me, tampouco eu continuarei tirando da frente deles qualquer uma das nações que Josué deixou ao morrer; com elas tentarei Israel, para ver se seguem ou não caminho do Senhor, se caminham por Ele como seus pais”.
Por isso, o Senhor deixou aquelas nações, sem expulsá-las logo, e não as entregou a Josué.
Veja também:
Devocionário Profecia do Avivamento