Direcionamento 9 – O Avivamento dói.
Um dos maiores expoentes do Avivamento, o Apóstolo Paulo, disse certa vez, dirigindo-se a Corinto: “Nossa tribulação momentânea é leve em relação ao peso da Glória eterna que ela nos prepara” (2Cor 4, 17).
Você viu? Glória eterna! Bata no seu peito e diga: Por causa da Glória eterna, eu suportarei.
Continuemos…
A sua pátria é o Céu, a sua morada já foi construída e reservada a você. Mas, como Igreja militante, precisamos combater o bom combate da fé, garantindo ao Espírito Santo que nossa hospedaria terrestre, o Brasil, terra de Santa Cruz, e as nações que ele nos der por herança (Sl 2, 8) também sejam pertença do Céu. E a ele gastaremos nossa carne e derramaremos nosso sangue para que nossos irmãos entrem na Glória eterna.
Partindo desse ponto, somos convocados ao combate, irremediavelmente. Para o êxito de nosso Mestre e General, o Senhor Jesus, somos municiados, somos treinados por Ele. Os eleitos são os alistados nessa milícia do Espírito, verdadeiros atalaias em estado de prontidão.
No combate, somos feridos por causa do enfrentamento e trazemos as marcas desse combate do campo de batalha de nossa vida cristã. Não tenha dúvida: é muito mais fácil atacar do que se defender. O demônio e sua horda são o nosso alvo, mas nós também o somos para eles. Ainda ressoa aqui dentro – e aí também – a profética palavra do Papa Francisco na Vigília de Pentecostes de 2013 em Roma: “Prefiro uma Igreja acidentada por sair, do que doente por fechar-se em si mesma”(19/5/2013).
As feridas são adquiridas no campo de batalha, como mencionado acima. Mesmo munidos de armas entregues por nosso General, treinados e instruídos por Ele, não estamos isentos de voltar feridos da batalha, pois o Avivamento dói!
A profecia de Joel contida no capítulo 4, 10 relata: “mesmo o enfermo diga: Eu sou guerreiro”. A palavra é “diga: eu sou guerreiro”, e não: “saia em combate mesmo enfermo, guerreiro”. Deus é a Sabedoria e não quer perder soldados no campo de batalha.
Seja bem realista. Como uma Igreja ferida vai curar uma Igreja ferida? Como manter empunhada a espada se você está ferido? Como sustentar o escudo que abate os dardos inflamados do seu oponente se, por causa de suas feridas, você não tem força para mantê-lo erguido?
Como manter o capacete sobre a sua cabeça, se ela “sangra” de maus pensamentos e de uma memória ainda não purificada?
Talvez você tenha esquecido que recuar também é parte da estratégia de guerra e que, no acampamento dos soldados valentes, que é a Igreja, uma enfermaria está disponível o tempo todo para lhe tratar. Deus não abandona os seus soldados, mas também os recolhe no momento desfavorável.
Aprendendo com quem já está lá
Um simples e humilde cristão regula em acordo com a Divindade os destinos do universo. Sempre foi assim. (Pe. Maurício Meschler, S.J.)
Deite na “enfermaria” do acampamento e exponha suas feridas ao médico dos médicos. Ele quer torná-lo apto para favorecer a milícia do Espírito e, ao final do combate, estaremos bradando: Só o Senhor é Deus!
Lectio Divina: Mateus 8, 1-4
Quando descia do monte, uma grande multidão o seguia, Um leproso se aproximou dele, prostrou-se diante dele e lhe disse: “Senhor, se queres, podes curar-me”.
Ele estendeu a mão e o tocou, dizendo: “Quero, fica curado”.
No mesmo instante curou-se da lepra.
Jesus lhe disse: “Não o digas a ninguém; vai apresentar-te ao sacerdote e, para que lhes conste, leva a oferta estabelecida por Moisés”.
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Devocionário Profecia do Avivamento