Direcionamento 10 – Ser constante é mais importante do que ser intenso.
O Espírito Santo é mais conhecido e amado a partir do nosso perscrutar: quanto mais intenso nosso abandono Nele, mais revelador Ele se faz. Tudo que está na terra, recebe a observância do Céu; cada movimento na terra é notado no céu. A vida carismática é vida de dinamismo e, no Espírito, combate nossa morosidade.
Para o Avivamento, a terra está obrigada a mover-se a todo instante, desde nossas orações mais intensas até ao nosso merecido lazer.
Chegamos aí à conclusão de que não podemos dar espaço à preguiça – ela é o júbilo da carne, faz-nos perder o tempo, priva-nos de muitos merecimentos e desorganiza a vida da alma. O pior é que ela visa os atos mais importantes da vida espiritual: meditação, exame de consciência e até as práticas de penitência. É a tão sutil e mortífera acídia.
A eleição de Davi chegou a sua casa quando ele não estava em casa, mas trabalhando no pastoreio das ovelhas (1 Sm 16, 11). Entenda “em casa” por acomodação, preguiça.
Uma pergunta simples: Você reza o santo terço todos os dias? Todos os dias, incluindo o domingo?
Calma, não me refiro ao momento em que você está pregando, cantando, em missão, mas àquele dia em que estamos livres, e decidimos livremente pela constância ou não. Muitos homens e mulheres de posição destacada na Igreja têm sucumbido por conta desse relaxamento espiritual e levam consigo uma boa parcela de fiéis a esse mesmo comportamento.
Não dê moleza para sua carne, não acaricie as suas más inclinações.
Combata os seus maus hábitos!
A Beata Elena Guerra, num livro em que medita a Ave-Maria, nos dá um precioso ensinamento:
Nossa Senhora é o refúgio dos pecadores, não dos preguiçosos.
É evidente que o exemplo do santo terço vale para outras práticas espirituais.
É preciso que nossa mente mude para nosso corpo colaborar com o Reino. Tome hoje mesmo o caminho da disciplina, do autocontrole, da resiliência. Seja constante – isso é mais importante do que ser intenso.
Aprendendo com quem já está lá
O demônio é mestre em amornar cristãos. (Santo Antão)
Lectio Divina: Gênesis 32, 23-31
Ainda de noite, levantou-se, tomou as duas mulheres, as duas criadas e os onze filhos e cruzou o vau do Jacob. Ele os tomou, os fez atravessar o rio com tudo o que possuía. E Jacó ficou só. Um homem lutou com ele até o despontar da autora. Vendo que não o dominava, golpeou-lhe a cavidade da coxa e, enquanto lutava com ele, a cavidade da coxa de Jacó ficou rija.
Ele disse: “Solta-me, pois desponta a aurora”.
Jacó respondeu: “Não te solto, se não me abençoares”.
Disse-lhe: “Como te chamas?”
Ele respondeu: “Jacó”.
Ele retomou: “Já não te chamarás Jacó, mas Israel, pois lutaste contra deuses e homens e vencestes”.
Jacó, por sua vez, lhe perguntou: “Dize-me teu nome”.
Respondeu: “Por que perguntas meu nome?”
E o abençoou aí.
Jacó deu a esse lugar o nome de Fanuel, dizendo: “Vi Deus face a face e permaneci vivo”.
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