A força da Canção

Foi pela “Força da Canção” que eu compreendi que o meu primeiro chamado é viver a santidade!
Eu não sei o que você tem vivido em relação ao chamado de Deus. Então, quem sabe você possa se identificar um pouco com o que vou contar? É sobre o meu chamado, pequena parte de uma linda história que vivi, e sigo vivendo, porque o chamado de Deus é irrevogável.
É importante lembrar que, a partir de uma decisão pela vida de santidade, podemos chegar na vontade de Deus. Então, é preciso romper com o pecado para crescer no caminho de santidade, porque o pecado ofusca a vida, nos torna surdos, mudos, sem direção e vivendo numa escravidão diabólica. Pois o objetivo do inimigo é que nunca descubramos os planos de Deus. Eu quis dar o título “A Força da Canção” a esse texto, porque fui fortemente atraída pelas canções que imprimem a santidade na alma e pelo lugar onde fui parar por providencia de Deus: Canção Nova.  Neste ano, completou-se 22 anos que estou aqui, vivenciando a cada dia mais a Força dessa Canção, que também continua revelando a minha vocação, o chamado de Deus para mim.

Foto: Vocacional Geral / Leila Lima

CHAMADO DE DEUS

Lembro-me como se fosse hoje da primeira vez que vim na Canção Nova: acampamento para Jovens, à convite de uma amiga do grupo de oração. Eu era jovem que trilhava o caminho com Deus, porém, precisava mudar muitas coisas em minha vida. Coisas que me impediam de viver a verdadeira libertação dos meus pecados, de viver maior intimidade com o Senhor. Eu tinha meus planos, meus projetos, minha “independência”, minhas lutas, minha fé, e meu amor por Jesus… Mas ainda vivia coisas do mundo como se fosse normal para um jovem cristão. Faltava desvencilhar-me de vez da vida velha.

E, para isso, precisava romper com algumas amizades e lugares onde me dava o direito de frequentar, como: barezinhos, danceterias, alguns churrascos e festas onde não poderia ser mais ambiente para mim como cristã, com amigos que não comungavam da minha fé nem queriam viver esse amor a Jesus. E não sei porque eu continuava frequentando ambientes que não tinha mais nada a ver comigo, onde eu já me sentia um peixe fora d’agua e não tinha uma atitude concreta de renunciar aqueles momentos, que não me traziam alegria e, de certa forma, eu ali estava compactuando e perdendo meu tempo. Eu já havia me encontrado com Jesus, já não era a mesma pessoa, claro que tinha outro objetivo na vida, mas faltava-me a determinação. Com isso, continuava sendo arrastada, sem conseguir levar adiante a vida nova que, dentro de mim, queria florescer. A minha alma queria cantar uma Canção Nova, experimentar a Força da Canção, mas o pecado que eu não largava era o que me impedia de ser feliz.

Não adianta insistir, minha gente! Nem querer disfarçar ou ficar querendo agradar as pessoas etc. Isso é puro respeito humano e falta de sinceridade com Nosso Senhor Jesus Cristo. Pura enrolação mesmo! Enrolando a quem? A mim mesma né? Porque ninguém engana a Deus. Sou eu quem continuo tendo o prejuízo por falta de determinação na minha vida de conversão. A Palavra de Deus é muito clara quando diz: “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo repuxa o tecido e o rasgão fica maior ainda. Também não se põe vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Vinho novo, porém, põe-se em odres novos, e assim ambos se conservam” (Mateus 9, 16-17).

CONVERSÃO

Arquivo Pessoal

Então, quando cheguei na canção Nova, naquele acampamento para jovens, eu não sabia nada sobre a comunidade, não sabia que ali era uma comunidade de vida, de pessoas que deixaram tudo para seguir uma vocação. E nem me recordava que aquele pregador que falava no palco era o padre Jonas Abib, que, de vez em quando, ia pregar nos grandes encontros da RCC em Brasília. O fato é que, na pregação, ele falava de santidade e explicava muito bem como um jovem precisa viver a santidade. O padre Jonas sempre muito profundo, objetivo, e parecia que ele falava só pra mim. Foi quando eu escutei pela primeira vez ele dizer que temos que ser: “ou santos ou nada!”. Aquilo me deixou profundamente impactada, eu acabava de descobrir que eu estava longe de ser o que eu pensava que era. De verdade, eu não sei explicar com palavras o que vivi naquele acampamento. Dentro de mim, entrou uma luz muito forte dissipando as trevas do pecado, expulsando todo espírito de apego à vida do mundo. E me veio um desejo enorme de ser aquilo que o padre falava. Nos momentos de oração que eram muito fortes, eu chorava muito, era muito liberta e curada das feridas que eu trazia na área afetiva e emocional. Eu me sentia amada por Deus como nunca havia sentido antes, era o próprio Deus falando diretamente ao meu coração, Ele falava de mim, para mim, e já me dava uma nova vida. Se eu não tivesse que voltar pra minha cidade, seria a melhor coisa ficar ali. Mas eu precisava voltar e enfrentar a minha realidade. Porém, agora com a proposta de nova vida, de dar um grande passo de conversão. Uma mudança total era o que eu precisava colocar em prática. Eu levava o compromisso de viver o “Ou Santos ou nada!”.
Na volta pra casa, no ônibus da caravana, eu continuei vivendo o forte processo em que Deus falava comigo, revelando-me muitas coisas, me amando, e eu tocava numa felicidade muito grande, sentia um alívio na alma. Vinham as lágrimas e, dentro de mim, eu já enfrentava o grande desafio: Meu Deus! Que coisa mais louca! Como vou explicar tudo isso aos meus amigos quando me convidarem para sair? O que a minha família vai dizer de mim? Como vou chegar de volta sendo outra pessoa? Porque eu já era outra pessoa! E como encontrar as pessoas que continuavam as mesmas e nem querem mudar de vida?
Imaginem que eu vivia uma mistura de uma grande libertação, amor, dor, já com uma vida nova para abraçar e responder ao amor de Deus, o chamado à santidade. E com o grande desafio de assumir a vida nova diante das pessoas que, talvez, não entenderiam. E, para a glória de Deus, eu consegui dar esse passo, fui avançando a cada dia, com Deus e sendo mais feliz . Claro, tive de nadar contra a correnteza, mas fui caminhando com muita oração, empenho, ocupando-me somente das coisas de Deus, vida em família, lazer com os irmãos do grupo de oração e com a graça de Deus.

Acesse:

:.Campanha Vocacional 2022

VOCAÇÃO

Arquivo Pessoal

Foi lindo poder viver a alegria do novo tempo de Deus em minha vida. Novo tempo que se revelava a cada dia, até eu descobrir minha vocação à Canção Nova. E não demorou muito, encontrei meu lugar! Anos depois, pude entender melhor sobre a minha trajetória, sobre os planos que Deus tinha para mim e, que se eu não me convertesse a cada dia, não chegaria à realização da minha vocação.

Repito, o pecado ofusca, nos desvia do caminho de Deus porque o demônio quer atrapalhar as vocações na Igreja. Não somente para uma vida em comunidade, mas também ele não quer que um casal pensado por Deus se encontre no sacramento do matrimônio. O demônio quer colocar a pessoa errada, da forma errada, para viver tudo errado, e é através da vida no pecado que ele faz isso com as pessoas, as leva a se perderem.

Infelizmente, muitos não querem sair do mais ou menos, achando que vivendo assim vão se encontrar… Mas pensar e viver dessa forma é pura embromação, a pessoa continua presa na rede do pecado.

Como eu estava dizendo, anos depois pude ler nos documentos internos do nosso pai fundador, Monsenhor Jonas Abib, o que me fez entender melhor sobre a escolha de Deus. Veja esse trecho abaixo:

“O narizeu era separado pelo Senhor, que o tirava do meio do povo para consagrá-lo a Si e ao seu serviço. A iniciativa era de Deus. O escolhido acolhia e assumia a escolha livre de Deus e se deixava separar. Ele era separado para o Senhor. Tornava-se dos outros. Era um escolhido. Marcado pelo sinal da escolha. Para que todos soubessem, mas, em primeiro lugar, ele tivesse consciência e sempre se lembrasse: ele era um escolhido. Por isso separado. Diferente dos demais, não era melhor que os outros, era escolhido pela livre iniciativa de Deus. Não era superior a ninguém, mas diferente dos demais. Não vivia da mesma forma que o comum dos homens, porque Deus mesmo o havia “selecionado” entre tantos e o havia separado para Si e para o seu serviço. O Senhor o havia consagrado.”

 

E você, já experimentou a Força da Canção que Deus tem para sua vida? Que o Senhor nos abençoe e nos faça fiel em seu chamado e serviço.

 

Marlúcia Lopes de Carvalho é brasileira, nasceu em Anápolis-GO. Desde 2000, é membro da Comunidade Canção Nova, no modo de compromisso do Núcleo.

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