Como esposas de Cristo

“As celibatárias, dentro do nosso Carisma,  são chamadas a tornarem-se esposas de Cristo”

A Comunidade Canção Nova, pioneira no Brasil, tem como particularidade a graça de ter todos os estados de vida. O primeiro núcleo que começou a experiência de vida em comunidade era composto de oito jovens, entre rapazes e moças, o Padre Jonas e três religiosas. O nosso início já apontava o que Deus queria de nós como comunidade. Era um grupo bem diversificado: rapazes, moças, padres, religiosas. Doze pessoas, homens e mulheres, de diferentes estados de vida, vivendo em comunidade com uma finalidade apostólica .

O nosso fundador nos ensina que, as celibatárias, dentro do nosso Carisma,  “são chamadas a tornarem-se esposas de Cristo, a refletirem em sua vida a imagem da Igreja Esposa a quem Cristo santifica pela palavra, e purifica pelo banho da água. Esta é a mais nobre missão das celibatárias. E, como esposas de Cristo, a prioridade de sua vida é ocupar-se das coisas de Deus”. (Mons. Jonas Abib)

O chamado 

Na minha história, antes mesmo de descobrir o chamado a Canção Nova, num tempo intenso de oração que vivi em 2004 para descobrir qual era a vontade de Deus na minha vida, o Senhor me revelou em sonho qual era o meu estado de vida, usando a linguagem que na época eu era capaz de compreender e que depois de conhecer a Canção Nova fez todo o sentido: 

“Sonhei que saia da minha casa com uma mala em companhia da minha mãe, que trazia no rosto um semblante triste, pois eu estava saindo de casa. Entramos num táxi que não tinha motorista, mas que nos levou para o aeroporto. Chegando no aeroporto, eu deixei minha mãe e subi na escada do avião e quando passei da porta sai de frente com uma porta de um quarto que estava entre aberta. Ao abrir a porta na parede havia um Crucifixo na parede, uma cama e ao lado dela alguns livros de orações (liturgia das horas), aos pés da cama as minhas roupas e quando me vi estava com roupa de dormir.

Então me dei conta que estava num convento, eu era uma noviça.  Ao sair do quarto me encontrei com uma freira e comecei a pedir informações sobre aquele lugar, quando me voltei para o pátio aquele convento tinha padres e freiras convivendo no mesmo lugar, era um “convento” diferente”. 

Ao acordar daquele sonho cheio de símbolos e significados que eu ainda desconhecia, chorei muito, pois entendi que o Senhor me chamava a ser sua esposa, e não me sentia digna daquele chamado… Mas, faltava saber onde eu viveria aquela vida consagrada. 

Foto: Arquivo Pessoal – Patrícia Coêlho Costa

Era a Canção Nova o meu lugar

Eu sempre tive certeza que não era chamada a ser freira, apesar de ter sido essa a linguagem que o Senhor se utilizou para me falar do celibato. Foi então que eu comecei a rezar pedindo que Ele me mostrasse onde eu viveria isso, pois eu já vivia a espiritualidade carismática e não me via fora desta realidade indo para um convento.

Em junho daquele ano (2004) eu comecei a ouvir falar da Canção Nova quando fui trabalhar no ministério de oração, cura e libertação da Renovação Carismática Católica na minha cidade, eu era coordenadora e intercessora do meu grupo de oração “Nossa Senhora do Espírito Santo”. Fui sendo despertada pelas palavras do ministro de oração que se converteu através do meu pai fundador, é sócio fiel da Canção Nova e transmitia a  cada pessoa que atendia os ensinamentos do Padre Jonas e tudo o que ele aprendia com a Canção Nova através dos livros, palestras, revista, da Televisão… Deus colocou aquele homem na minha vida com a missão de me responder qual era o lugar diferente onde eu viveria o meu celibato. 

Dentre tantas confirmações que o Senhor me deu, pois eu sempre fui uma pessoa muito racional, uma delas me fez entender que realmente era a Canção Nova o meu lugar: Em um momento de oração do meu grupo de intercessão, uma das intercessoras rezou por mim e trouxe a imagem: “Eu vestida de branco”, no mesmo instante eu também estava me vendo vestida de branco entrando no Rincão do meu Senhor com alguns tecidos envelhecidos nos braços, e diante do Crucificado eu apresentada aqueles tecidos como se fossem a minha própria vida passada, foi então que eu reconheci que eu estava dentro da Canção Nova e ali o Senhor confirmou a profecia do sonho que me deu”

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Deus me criou celibatária

Apesar do Senhor sempre ter sido muito claro comigo com relação ao meu estado de vida, eu levei um tempo para aceitar de todo coração, pois nutria o sonho de ser mãe, gerar um filho e deixar esse sonho para abraçar o celibato não foi fácil pra mim, até que Ele me fez compreender o que era a maternidade espiritual e a importância dela para a salvação das almas. O anseio do meu coração pela maternidade ultrapassava a maternidade “física”, e então eu aceitei o desafio. 

Fiz o caminho vocacional nos anos de 2005 e 2006 pela frente de missão de Palmas – TO, entrei para a comunidade no dia 05 de Agosto de 2007, fiz o meu pré-discipulado em Cachoeira Paulista – SP (2007-2008), o discipulado em Lavrinhas – SP (2009), em dezembro de 2009 fui para a minha primeira frente de missão em Curitiba no Paraná, e em 2013 fiz o meu primeiro compromisso temporário de celibato, que foi renovado por mais dois anos e no dia 27 de novembro de 2016 assumi o compromisso definitivo de celibato pelo reino dos céus na frente de missão de Belo Horizonte – MG. 

Deus me criou celibatária Canção Nova por causa do Carisma, pela salvação das almas, por causa de um povo, em reparação pelos pecados cometidos contra a castidade, por causa dos jovens e de tantos que me dá como filhos espirituais para que eu os aponte o caminho do céu, seguindo o exemplo da Virgem Maria, a inspiração e o modelo mais elevado da vida celibatária. 

O celibatário precisa ser um farol que aponta para Deus, alguém que vai ao encontro dos irmãos, que sai de si a fim de levar esperança, alegria e confiança, apontando sempre para o centro que é Jesus”. (Monsenhor Jonas Abib)

O melhor lugar para estar é dentro da vontade de Deus!

Deus abençoe você!

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