Será que a história dos meus antepassados, a minha gestação, concepção, infância e adolescência, influenciam em minhas dificuldades na vida adulta? É a esta pergunta que vamos responder nas próximas semanas.
Vamos fazer uma viagem em nossa história e observar nela os aspectos comuns que podem ter sido determinantes em minha vida. Mas seria interessante se nesse momento, você pudesse pensar nas questões de sua vida que hoje são difíceis. Aquilo que gera um incômodo em você e nos outros também. Como por exemplo, ansiedade, sentimento de pose, rejeição, medo de errar, necessidade de ser amado, dificuldades em ser relacionar…
Pensou? Agora vamos iniciar nossa jornada.
Já parou para pensar, que muitos de nossos comportamentos acabam sendo semelhantes aos de nossos pais e antepassados? Sem perceber acabamos fazendo parte de um ciclo que se reproduz no modo automático.
Neste caso, é importante saber que herdamos não só uma estrutura genética, que determina cor dos olhos, formato da boca, nariz, cor de cabelo e tantas outras características, mas que existe também uma herança cultural. Esta herança cultural tem um “poder” de influenciar determinados comportamentos em nós, porém, não são determinantes, como no caso da herança genética.
:: Somos filhos de Maria, nossa protetora
Sabe quando falam para nós o quanto parecemos com aquele avô, avó, tio, tia, quem nunca conhecemos? E não é semelhança física. São características de comportamento, como por exemplo: “Nossa, você fala igual a sua avó!”, “Credo!!! Você é ignorante, como seu avô.”, “Seu andar é como da tia fulana de tal.” ou “Sua alegria é como a do titio…” Existe uma explicação científica para esta herança, e a linha científica que estuda este fenômeno é a neurociência. Porém, é algo extenso e complexo que não trataremos aqui. Mas fica a dica para aqueles que desejam se aprofundar neste conteúdo. O importante neste momento é verificar em sua história comportamentos semelhantes aos seus, e ficar atentos a aquilo que se repetiu com frequência, pois pode ter uma grande influência em sua vida e ela não pode ser desprezada.
Um bom exemplo, é quando há vários membros da família com o vício do álcool. Você nota que o bisavô foi alcóolatra, o avô foi, o tio e o pai também viveram esta dependência e você percebe que gosta de beber uma cervejinha. Diz ser socialmente, mas que as vezes sente como uma “necessidade” de beber, até mesmo como uma forma de relaxamento.
Percebeu a repetição? É importante checar esta informação, porque pode ser que você seja o próximo desta lista. Como do álcool, podemos encontrar adultério, vício de jogo e inúmeros outros comportamentos, inclusive suicídio.
O conhecimento da nossa história tem o poder de liberdade. Porque ele pode nos impulsionar a sair deste ciclo. E quando percebermos que estamos caminhando para determinado comportamento, podemos nos conscientizar, questionar e assim fazer o movimento de sair do automático.
Infelizmente não é tão fácil quanto se parece, mas o fato de você conhecer a sua história e todo o potencial que existe nela, já será um algo a mais para seu processo de transformação.
E aí? Vamos embarcar nesta viagem de autoconhecimento comigo?
Aline Rodrigues
Psicóloga e missionária da Canção Nova
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