Acender ou não acender, eis a questão!
Existem aqui duas realidade bem distintas, mas que precisam ser expostas para serem esclarecidas.
O incenso para nós Católicos dentro das celebrações Litúrgicas sempre trazem o sentido de que nossas orações, suplicas e sacrifícios, assim com aquela fumaça chega ao céus, também as nossas orações chegam à Deus.
A Palavra de Deus também nos ajuda a esclarecer a realidade do incenso: “Suba a minha prece como incenso à tua presença, minhas mãos erguidas como oferta vespertina!” (Sl 141,2)
E no livro do Apocalipse ainda temos outra passagem que nos diz: “E outro Anjo se colocou perto do altar: tinha nas mãos um turíbulo de ouro. Ele recebeu uma grande quantidade de incenso para ser oferecido, juntamente com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro, que está diante do trono. Da mão do Anjo subia até Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos.” (Ap 8,3-4)
Acredito que até aqui deu para se entender o que para nós Católicos significa a fumaça do incenso.
Agora, existe uma outra realidade e que se espalhou de forma gigantesca, que é a realidade do incenso utilizado dentro do Esoterismo. E é aqui que precisamos tomar cuidado!
A grande maioria dos lugares que vendem o incenso, o vendem com a intenção do mesmo ser utilizado de uma forma supersticiosa. Geralmente para trazerem “bons fluidos” para dentro do ambiente na qual são acesos, ou para “espantar maus espíritos“. Existe ainda incenso com características particulares para trazer o amor, a paz, a harmonia, dinheiro, tirar mau olhado e coisas do tipo….
Isso são práticas supersticiosas, e como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, a superstição se torna um pecado:
“A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar também o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, como por exemplo quando atribuímos uma importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesmas legítimas ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição” (CIC 2111)
E ainda temos o grande risco de comprarmos este tipo de material em locais que são verdadeiramente consagrados a determinadas entidades relacionadas ao ocultismo.
Conheci pessoas que já mexeram com vendas de produtos esotéricos, e que na época não eram Católicas, e que todos os seus produtos e objetos que vendiam eram consagrados as entidades (Demônios) relacionada a sua seita.
Qual é então o meu resumo particular para tudo isso: Se eu for utilizar o incenso como uma forma simbólica para me ajudar a rezar, posso utilizá – lo com a condição de que eu o compre em lojas de referencias Católicas.
Se eu quiser o incenso para outro objetivo, por exemplo deixar um perfume no ambiente, recomendo que se utilize outra forma de recurso, hoje existem muitos no mercado, de diferentes modos de se usar, variados preços e formas, que cumprirão bem o objetivo de deixar o ambiente perfumado, e não há os riscos de se comprar algo que não se deva.
Essa é a minha opinião pessoal. Realmente não posso dizer que se você acender um incenso estará praticando a superstição, ou que estará colocando em risco sua vida espiritual por algum motivo. Dentro da minha casa de maneira particular, eu não usaria incensos para me ajudar a rezar, penso que ele deva somente ser usado nas celebrações liturgicas. E para perfumar o ambiente, certamente eu recorreria a um recurso mais eficaz, mais prolongado e que não leve fumaça para dentro da minha casa.
Deus abençoe você!
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Danilo Gesualdo, é membro da Comunidade Canção Nova e atua junto ao Ministério de Cura e Libertação, residindo em nossa sede em Cachoeira Paulista. Para contato me envie um e-mail: livresdetodomal@cancaonova.com |