O elo perdido

Em meio a diversidade temos a impressão de que o elo está perdido.

Vivi uma experiência fantástica da qual posso testemunhar uma renovação do meu encontro pessoal com Jesus. Estávamos gravando sobre a “Semana de oração pela Unidade dos Cristãos” e minha irmã de comunidade Karla Kamila diz para mim que estava feliz em estar ali e eu fiz o comentário espontâneo, – então é de Deus! Foi automático o pensamento que me fez dar essa resposta ao mesmo tempo que comecei a refletir sobre a força de unidade do Espírito Santo capaz de agregar cristãos diversos na vivência da fé num pensamento comum.

Responder “é de Deus” foi proposital pois tal sentimento de satisfação e bem estar não existem em ambientes onde Deus não está e de maneira bem particular eu experimentei o sobrenatural estando ali mesmo a trabalho, a ação do Espírito Santo na oração e proclamação e partilha da Palavra.

O momento da oração foi dinamizado com uma música até então desconhecida por mim que diz: Vem Espírito de Deus. O meu coração é o teu altar. Momento especial para mim no qual percebi enquanto cantava e rezava o meu coração dilatava de amor por Jesus e minha fé renovada.

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Cheguei em casa com o coração abrasado e motivado a partilhar essa experiência e encontrei muitas referências sobre o Espírito Santo autor da unidade e trago para você uma que me chamou atenção por trazer a expressão “o coração como altar”. CIC 2655 A missão de Cristo e do Espírito Santo que, na liturgia sacramental da Igreja, anuncia, atualiza e comunica o Ministério da salvação, prolonga-se no coração de quem reza. Os Padres espirituais comparam às vezes o coração a um altar. A oração interioriza e assimila a Liturgia durante e após sua celebração. Mesmo quando é vivida “no segredo” (Mt 6, 6), a oração é sempre oração da Igreja, comunhão com a Santíssima Trindade.

Encontrei no Ofício das Leituras do dia de Pentecostes a reflexão de Santo Irineu nos ajudando a entender a ação do Espírito que nos coloca no caminho da unidade:

São Lucas nos diz que esse Espírito, depois da ascensão do Senhor, desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes, com o poder de dar a vida nova a todos os povos e de fazê-los participar da Nova Aliança. Eis por que, naquele dia, todas as línguas se uniram no mesmo louvor de Deus, enquanto o Espírito congregava na unidade as raças mais diferentes e oferecia ao Pai as primícias de todas as nações.

Foi por isso que o Senhor prometeu enviar o Paráclito, que os tornaria capazes de receber a Deus. Assim como a farinha seca não pode, sem água, tornar-se uma só massa nem um só pão, nós também, que somos muitos, não poderíamos transformar-nos num só corpo, em Cristo Jesus, sem a água que vem do céu. E assim como a terra árida não produz fruto se não for regada, também nós, que éramos antes como uma árvore ressequida, jamais daríamos frutos de vida, sem a chuva da graça enviada do alto.

Que o Senhor proporcione em nossa vida um tsunami do Espírito inundando-nos d’Ele e provocando uma emersão em nós.

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