“Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas” II Coríntios 10,3-4.
Nesta primeira pregação, iremos falar de uma poderosa arma que temos em nossas mãos, o dom da “Oração em Línguas”.
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No evangelho de São Marcos, lemos: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;” Marcos 16,17.
Você percebeu que o dom de línguas está ligado profundamente ao dom de libertação e é uma arma espiritual capaz de arrasar fortificações.
O dom das línguas é um carisma extraordinário conforme o Catecismo da Igreja Católica (CIC) no parágrafo 2003: “A graça é, em primeiro lugar, o dom do Espírito que nos justifica e nos santifica. Mas a graça também inclui os dons que o Espírito Santo nos concede para associar ao seu trabalho, para que possamos colaborar na salvação dos outros e no crescimento do Corpo de Cristo que é a Igreja. Estas são as benevolências sacramentais , presentes apropriados para os diferentes sacramentos. Estes também são as graças especiais , também chamados carismas após o termo grego usado por São Paulo, e que significa favor, dom gratuito, benefício (cf LG 12). Seja qual for seu caráter, às vezes extraordinário, como o dom dos milagres ou das línguas, os carismas são orientados a graça santificante e destinam-se para o bem comum da Igreja. Eles estão em o serviço da caridade, que edifica -se a Igreja (cf 1 Cor 12).”
Ou seja, é o Espírito Santo que rezando em nós nos ele a Deus! Quando oramos em línguas o Espírito reza em nós para que a vontade de Deus aconteça.
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” Romanos 8, 26.
O Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza. Ele é a força dos fracos. A nossa oração é imperfeita, pois por vezes pedimos o que queremos, mas o Espírito reza em nós por aquilo que realmente necessitamos.
Quando somos batizados no Espírito, Ele mesmo coloca em nossa boca, palavras que não conhecemos.
Existem momentos em nossa oração que nós não temos as palavras certas, mas quando rezamos no Espírito, ele vem em nosso socorro.
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” At 2, 4
O Dom das Línguas é o primeiro dom que se manifestou na humanidade. Há pessoas que o criticam sem antes conhecê-lo. Ele é o primeiro carisma, mas não o principal dom. É o menor de todos os dons, mas nós precisamos nos abrir a ele para que a partir daí vivermos uma experiência profunda com Deus.
Nem todas as pessoas batizadas nos Espírito rezam em seguida em línguas, mas só saberemos que uma pessoa experimentou a Deus, se Ele viver uma profunda experiência de conversão. Ou seja, a conversão se antecede ao dom de línguas.
“E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.” Atos 10,44-46 .
Existe uma íntima ligação do dom de línguas ao dom do louvor a Deus. Amados, independente do que vivemos sabemos que temos muito mais para louvar a Deus do que para pedir.
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.” Atos 19, 6.
Ainda existe uma ligação também entre o dom das línguas e o dom da profecia. Se você ora em língua o seu interior vai silenciando para que o louvor a Deus aconteça.
Vivemos num profunda ignorância sobre a oração em línguas, uns acham que é um outro idioma, mas não! Se assim fosse bastava um curso de idiomas para fazermos uma experiência com o Espírito. Amados, somos convidados a aspirarmos as coisas do Céu. A uma experiência concreta com Ele.
Precisamos aspirar aos dons do Espírito. É a experiência com Ele que faz com que as pessoas se convertem.
“Assim, uma vez que aspirais aos dons espirituais, procurai tê-los em abundância para edificação da Igreja. Por isso, quem fala em línguas, peça na oração o dom de as interpretar. Se eu oro em virtude do dom das línguas, o meu espírito ora, mas o meu entendimento fica sem fruto. Então que fazer? Orarei com o espírito, mas orarei também com o entendimento; cantarei com o espírito, mas cantarei também com o entendimento.” I Coríntios 14,12-15.
Não entramos em “transe” quando rezamos em línguas. É um único dom que “controlamos” podemos rezar quando e o quanto queremos. As mães podem rezar por seus filhos; quando alguém lhe pedir oração e você não sabe o que falar, reze em línguas.
Os dons que Deus nos dá não são para nós mesmos. Mas, é para Deus e para o outro.
“Graças a Deus que possuo o dom de línguas superior a todos vós.” I Cor 14, 18 ou seja, você é capaz de crescer quando reza em línguas! E ainda lemos: “Assim, pois, irmãos, aspirai ao dom de profetizar; porém, não impeçais falar em línguas. Mas faça-se tudo com dignidade e ordem” I Cor 14, 39-40.
Três formas de rezar em línguas:
– Orar em línguas
– Cantar em línguas
– Falar em línguas (profecia para a assembleia que exige interpretação)
Transcrição e adaptação: Luana Oliveira
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