QUANDO A DOR É MAIS QUE UM SINTOMA

DIAGNÓSTICO

            De uma forma geral todos os pacientes que apresentam dores se encaminham aos seus clínicos ou ortopedistas.

A dor nociceptiva é de fácil diagnóstico, tanto as somáticas, as viscerais quanto as oncológicas uma vez identificado o nexo causal entre a dor e patologia está feito o diagnóstico pela história ( O momento do médico com o paciente onde é realizado um questionário sistematizado em busca da coleta completa dos dados, é a chamada anamnese ) e o exame físico é o segundo passo onde o médico analisa os sinais da doença ao examinar cuidadosamente todo o corpo do paciente, estes sinais o médico observa e independe da vontade do paciente. No caso da dor somática MIOFASCIAL existe um aparelho chamado de dolorímetro que aponta o ponto dolorosa e afere a intensidade.  A íntima relação entre os dois passo levarão o médico a solicitar ou não exames complementares pertinentes. Estes exames são solicitados e o médico atento já prevê os resultados. Os exames são sempre complementares, não tem valor isolado no espaço, é necessário um casamento entre a história , o exame físico e este resultado. Algumas exceções quando o exame relato um fato extraordinário e não imaginado temos o que chamamos de “achado”.

         No caso de não haver uma história evidente de trauma estes pacientes vão aos seus clínicos. Um exame detalhado é realizado e exames complementares de sangue, radiografias das regiões comprometidas são solicitadas. Hoje em dia com a Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética muitas lesões passaram a ser mais bem documentadas e detalhadas e compreendidas. Neste momento muito das dores Miofasciais ( dores que acometem grupos musculares, e tem um ponto alvo bem específico e duro) Fibromialgias ( mais complexas que as anteriores e tendem a se cronificar mais ),  doenças reumáticas, das inflamações agudas, das doenças sistêmicas ( atingem várias partes do corpo), das infecções , das doenças vasculares, doenças viscerais e dos próprios nervos em fase inicial são diagnosticadas.

         Para as dores oncológicas, sem dúvida nenhuma o diagnóstico das metástases e do sítio primário do tumor também são detalhados por estas combinações de exames.

         A dor não nociceptiva ( neuropática ou deaferentação ) já são mais dissecadas na história, nos questionários de dor, de alterações neuropsiquiátricas que freqüentemente acompanham estes casos. Os exames de imagem como a Ressonância sugerem onde houve lesão do sistema nervoso, mas neste tipo de dor como referimos não há como retirar a causa, a dor é um processo de lesão na transmissão nervosa e não há até o momento como repará-las, muitas destas lesões são decorrentes de múltiplos procedimentos cirúrgicos prévios nos nervos , ou na coluna, ou na medula ou no encéfalo. Exemplo para as Neuralgias do trigêmeo,  nervo que inerva a face e que sua dor é chamada de suicida, tamanha a intensidade. Neuralgia pós Herpes zoster, Lesão causada por irradiação, são as chamadas mielopatias ( mielo quer dizer medula – patia doença ) actínicas, decorrentes das queimaduras das radiações. 

         De qualquer forma os paciente com Dor não nociceptiva são submetidos à questionários chamados de inventários e normalmente a dois ou três. Avalia-se a cognição, a depressão, ansiedade, etc.

         A maioria destes paciente é submetida a no mínimo três escalas escalas para medir a intensidade da dor, e com isto avaliar cada tratamento adotado.

         O questionário mias usado atualmente é o Questionário de dor da Universidade McGill. São 87 descritores de qualidade sensoriais da dor de um paciente e das emoções correspondentes, além do desenho de um corpo, no qual o paciente assinala a localização da dor e de uma escala de intensidade: Índice da Dor Presente.

         O momento agora é de uma profunda avaliação destes pacientes com dores crônicas não nociceptivas , ou as nociceptivas com prolongamento anormal dos sintomas dolorosos e já considerado crônico, dores viscerais inexplicavelmente crônicas e as chamadas dores psicogênicas que são produzidas pelo próprio indivíduo , vamos conceituar melhor assim. Esse momento é imperativo já o encaminhamento do paciente ao Centro multidisplinar da dor. Estes pacientes serão avaliados em primeira mão pelo clínico já familiarizado como dores de difícil tratamento. Após seu crivo, os pacientes irão para todos os módulos pertinentes de avaliação : neuropsiquiatria, fisiatria, neurologia e neurocirurgia funcional.