Quando falamos sobre viver uma vida com significado, tenho que mencionar a vida do Guido Schaffer, Servo de Deus e no caminho da sua Beatificação. Terminando sua residência em Clínica Médica passa a dedicar sua vida aos pobres. Guido nunca recebeu remuneração por seu trabalho pois fazia por amor incondicional a Jesus. A vida do Guido tinha significado.  Guido já havia deixado a medicina e ingressado no Seminário para ser Sacerdote quando recebeu o chamado do céu e voltou para Deus, poderia olhar os dias de sua vida e mesmo diante de tanta coisa significativa que fez pelos marginalizados, ultrajados, abandonados, prostituÍdos, doentes, enfermos, cativos, feridos, e mesmo assim se arrependeria dos momentos em que desperdiçou a sua vida em coisas que não o levou a lugar nenhum. Momentos estes que considero aqui como passividade. Isso foi para uma pessoa que foi um autêntico missionário. Mas o mundo iria olhar Guido e dizer que desperdício de rapaz! Um cara bonito, inteligente, culto, saudável, fazendo tudo isso para quê? Qual o propósito disso? Que história é essa de servir Jesus Cristo? Essa Igreja que está sendo tão criticada? O que para o mundo é desperdício de vida, para Deus é vida com Significado! Viver e fazer da sua vida uma eterna doação, vida com Responsabilidade! Santo Inácio de Loiola dizia que deveríamos fazer tudo como se fôssemos os únicos responsáveis! Quanto ferida teríamos evitado, em não esperar do outro e assumir a nossa responsabilidade, assim como Madre Teresa de Calcutá e tantos outros Santos.

                       Honestamente, o que estamos fazendo hoje em nossas vidas é desperdiçar nossas vidas. Nós estamos vivendo e morrendo, existindo, apenas passivamente olhando nossas vidas. Hoje com a minha idade posso olhar minha vida e ver quanto desperdiço. Que desperdiço. Recebemos tantos dons de Deus em nossa vida, conhecimento, sabedoria e de repente paramos de agir, de tomar nossas vidas em um ato de doação! No tempo em que eu caminhava com Guido tínhamos muitos afazeres em Deus, mas tempo depois de sua morte, talvez eu tenha esmorecido e deixado de comunicar aquilo que recebi da maneira como deveria, e penso hoje comigo, que desperdiço! Mas muitas coisas aconteceram no meu caminho, e o Senhor sabe e tem me direcionado novamente para aquilo que Ele deseja que eu faça. Mas sem pensar em toda a minha vida, é claro como não pensar em quanto tempo fui passivo numa vida sem real valor. O mundo nos faz ficar assim se olhamos para ele, pois ele quer que nossas vidas não tenham significado e por isso possamos fazer o que nos der na cabeça, assim como os ateus que não conhecem a Deus. E se não conhecemos a Deus, não temos a intenção de agir, pois o Amor nos faz agir, e Deus é amor!

                       Você entrou na faculdade cheio de sonhos e expectativas e agora você está nos anos seguintes e olha para seu tempo de formação e nota que tem desperdiçado este tempo. Neste tempo de ser o protagonista da sua vida você tem deixado o em torno agir sobre você e tem sido apenas um observador da sua vida, passivo e não um protagonista. Mas a boa notícia é: Você pode mudar sua vida a partir de hoje. A partir de hoje você pode começar a viver uma vida de Significado, de valor! Há algo em você desenhado pelo Criador que faz de você ter significado. Vida com valor e significado já te colocada na vida com Objetivo. Muitas vezes nós olhamos para nós mesmos e vemos esta imagem de coisas muito peculiares para nós e gostamos de ver coisas que poderemos fazer, mas poucos de nós presta atenção nesta visão e apenas alguns de nós AGEM nesta visão para colocá-la em serviço. Vida com PROPÓSITO, isso significa que este propósito faz dele seu OBJETIVO! Aquele dia em que você decide buscar e fazer de tudo para alcançar este objetivo.

                        Muitos jovens hoje vão para a faculdade por alguém disse que depois do ensino médio tem que ir para a faculdade. Você escolhe dentro da faculdade uma profissão porque alguém disse que era para ser assim e a profissão uma especialização porque alguém falou para ser assim e depois casar e ter filhos porque alguém disse que era assim e vamos fazendo as coisas passo a passo sem parar para pensar que, muitas vezes estamos sendo conduzidos, não porque nós decidimos procurar estes caminhos,  mas porque alguém disse que era assim, mesmo que não estejamos onde nós amamos estar, porque somente iremos amar estar onde Deus quiser que estejamos. Todas as coisas acima são boas, desde que sejam por nós abraçadas e não porque as coisas nos abraçaram. Abraçar quer dizer ter significado.

                       Ateísmo quer comunicar que todo este mundo é um acidente. É a visão niilista de tudo. Por isso se justifica fazer tudo aquilo que você quer fazer e nada tem valor. Este é problema. Por outro lado, quando se crê, tudo em volta tem significado e valor. Em Niilismo e ateísmo você não tem nada a perder, mas não tem nada a ganhar. Por outro lado, quando se crê, você pode até perder mas ganhará muito mais, pois crescerá com isso. E tudo o que você faz respeita o que está em volta. Mesmo quando você perde, você cresce! Isso significa um ganho maior. Assim sendo assim não posso mais ser passivo em relação a vida!

                       Quando falamos sobre relacionamento, ou seja, em jovens que se decidem viver um relacionamento e também se contrair em matrimônio, algo muito importante precisa ser apresentado a eles, pois faz toda a diferença. Certas reflexões vão fazê-los parar para pensar para não cometer os erros de outros. Uma das coisas que precisa ser realçado aqui, é que todos homens e mulheres têm suas feridas. Mesmo que já sejam pessoas que trabalham bem suas feridas, já tem inclusive um autoconhecimento adequado, quando a palavra é relacionamento algo maior virá. Muitos de nós cometemos erros inerentes a não colocar as coisas nos devidos lugares, ou seja, o homem em tudo fica querendo deixar que a mulher decida, exemplificando: – o que você quiser querida…Do jeito que você quiser querida e assim vai, este é o lado Passivo masculino em detrimento do não conflito. O segundo lado é a mulher tomando o controle para fazer tudo que ter que ser feito. Controle feminino é a palavra do momento. As frases femininas bem comuns: – Deixa que eu resolvo, este é o problema então deixa comigo. O objetivo é que tudo permaneça perfeito. Mas como tudo aquilo que não se conduz da forma justa acontece é que vai desgastando e um dia, o homem acorda e pensa, como não tenho controle em casa, porque as coisas aqui não estão do meu agrado, porque que ninguém me consulta para tomar as decisões e do lado da mulher vem: – Porque ele não faz nada , não toma as decisões e assim gestam os conflitos. Este arranjo inicial foi de certa forma confortável para ambos os lados mas agora vem o conflito, pois se tornou tenso e agora, o que fazer? Na vida e no relacionamento passividade é uma confortável forma de se eximir de RESPONSABILIDADE! Isso é grave. Muito atual esta reflexão. O objetivo não é rejeitar passividade para ter controle, o objetivo é rejeitar passividade e abraçar Responsabilidade! Como é bom fazer isso antes de se relacionar! Depois é continuidade. Não basta ter a visão, a percepção, mas ação. Há que se ter AÇÃO NA REALIZAÇÃO DAS COISAS! Transformar as coisas em coisas reais. As pessoas mais felizes desta vida são aquelas que as vezes nem estão tão próximas de atingir seus objetivos, mas estão no caminho e isso por si já traz alegria, verdadeira alegria. Quando estas pessoas descobrem as verdadeiras intenções de Deus nas suas vidas, vão muito além até do que estão vendo, e vão feliz. Deus precisa que nós tomemos nosso caminho e coloquemos ação naquilo que Ele coloca no nosso coração.  Onde Ele nos colocar, onde tenhamos que ir, não para resolver problema, mas fazer o que nos é chamado a fazer. Não adianta ir ao Sistema de Saúde, ao Sistema Político, ao Sistema Financeiro para resolver os problemas que estão lá, antes de tudo precisamos ir dentro de nós e resolver o nosso interior, para depois ir para o exterior. Esta é uma grande diferença entre o Ocidente e o Oriente, pois todas as revoluções feitas no Ocidente foram feitas com Guerra, com atos externos, para mudar o sistema, mudar outras pessoas.

No Oriente a revolução é no interior das pessoas, os japoneses dizem que a Revolução Interior é a que mais dará frutos para toda a sociedade. Comece com a revolução dentro de você, mudando as coisas que não deveriam estar lá dentro.  A revolução exterior faz com que as pessoas se tornem más, iradas, cínicas, hipócritas.

Na década de 60 houve o Concilio Vaticano II, claro que há uma boa parte positiva nele, e se perguntamos hoje as pessoas que eram muito dedicadas na Igreja naquela época quando aconteceu, e que ficaram muito empolgadas com ele na época, hoje preferem não opinar sobre o assunto ou estão muito furiosas com a Igreja. Pois a mensagem da época era de que a Igreja iria mudar para que as pessoas mudassem. Acontece, que a revolução exterior e não de cada pessoa não trouxe uma mudança para melhor, pelo contrário as pessoas se tornaram cínicas, arrogantes, hipócritas e muitos se foram da Igreja. A diferença na época pois a promessa era de que a Igreja iria mudar, e as pessoas iriam mudar e ninguém revelou que quem tinha que mudar eram os corações das pessoas que fazem parte da Igreja Universal Católica Apostólica Romana. No Evangelho de Domingo Jesus apontava aos fariseus que tinham o controle de tudo, influenciavam a mudança de tudo no exterior e não o interior. Eles tinham tudo nas mãos em Israel e desperdiçaram.

Hoje precisamos buscar uma vida com significado. Então abramos o nosso coração com São Paulo, aos Tessalonicenses, que exorta seu povo a não buscar apenas interesses mundanos, mas o tempo todo fazer a vontade de Deus, e cumprir seus desígnios para um bem maior. Não importa o que façamos, excelente emprego, excelente trabalho não é o suficiente, mas que   rejeitemos passividade e abracemos nossas responsabilidades, pois Deus no convoca a este salto de qualidade na nossa vida e não uma vidinha, um viver aborrecido constantemente apenas deixando para os outros a chave da nossa felicidade. Não e não, pois não é assim a vontade de Deus a meu e a seu respeito.

Guido viveu sua vida o tempo todo, rejeitando passividade e abraçando a responsabilidade de levar a Palavra de Deus a todos, seja com suas pregações e orações, mas com suas ações em obra de caridade em tão pouco tempo indo para o Senhor tão cedo.  Quantas vezes Guido ia surfar evangelizando, viajando para outras cidades mais distantes evangelizando, diante de todos que Deus colocava em seu caminho. Andando nas ruas de Copacabana, na Lapa, nos becos, estendendo a mão em orações e ações aos miseráveis. Viver assim é viver a vida sem desperdiço. Não podemos viver nossa vida com este tesouro intocável. Precisamos viver com PROPÓSITO! Por que do contrário não é viver, é apenas existir. Mesmo que precisamos viver a partir de hoje somente mais um dia e acabar nossa vida amanhã, teríamos feito algo a mais, para evitar em nós o desperdício. Deus não precisa dessas ações, nós sim!

                      

 

                      

                      

            Oremos: Abbá (Pai) Amado, hoje eu quero te pedir que Sua Destra venha sobre nós, revelando em nós todos seus planos em nosso caminho. Senhor afasta de nós tudo que em nós é desperdício. Tira de nós a Passividade e coloque um desejo contínuo de assumir nossas responsabilidades. Dá-nos um coração Adorador, da sua Palavra e da sua Eucaristia. Afasta de nós toda a tibieza, todo o esmorecimento, o desânimo. Enchei nossa Alma com o Espírito Santo, o Dínamos que no impele a galgar os mais altos degraus de atitudes concretas na construção do Seu Reino, para ao chegar a derradeira hora da nossa partida tenhamos combatido o nosso bom combate e assim alcançar a coroa dos Santos!  

Pai em tuas mãos entrego meu coração! Cura-me Senhor, Restaura-me Senhor!  Amém!

Salve Maria!

No mês de setembro completei meu primeiro ano de conversão. Se eu era ateia, protestante ou budista? Definitivamente não, talvez fosse o tipo mais difícil de converter: eu era católica. Fiz uma experiência muito forte do amor de Deus. Quero contar o que me aconteceu e especialmente destacar o papel do Padre Paulo Ricardo em tudo isso.

Em 2012, fui morar no Rio de Janeiro: o emprego dos sonhos, lá teria a minha casa, muitos ideais na cabeça, coração batendo forte e desejoso de aventuras e novas histórias… Quando lá cheguei foi tudo BEM diferente. O dono do escritório começou a rivalizar pesado comigo e me demitiu exatamente um mês depois, sem conseguir apontar meio motivo razoável. Ao mesmo tempo meu namoradinho carioca, lindo, inteligente, que tocava violão erudito pra mim em noites de lua cheia com vista para o Pão de Açúcar também resolveu me chutar.

De alegrias tropicais minha vida passou a um inferno dos mais dantescos. Fui para casa, comprei os acessórios, enchi a despensa, posicionei as plantas… Aquela cena que se ensaia mil vezes desde a infância, mas eu pensava que teria um gosto diferente, que estaria em segurança, tudo daria certo e eu seria feliz. Mas o gosto era TÃO AMARGO… Não se parecia em nada com a doçura que essas ideias românticas de felicidade prometem.

Então, o vazio tomou conta de mim de forma avassaladora.

Meu coração ardia de vontade de me confessar. Procurei o pároco da linda Igreja de São José, o Revmo. Padre André, sacerdote jovem que tinha acabado de voltar dos estudos em Roma. Sentei-me no banco, nem o conhecia, e comecei a contar meus pecados de estimação. Só que dessa vez, irritada por tantas coisas impalatáveis e que eu já não entendia, disse ao Padre num surto de sinceridade que eu não me arrependia porque “eu não concordava”. O Padre calmamente me disse: “Minha filha, então eu não posso te absolver. Sem o arrependimento sincero e o compromisso de não buscar mais esses caminhos de nada vale a confissão. Quer um conselho? Pare de sofrer. Saia da Igreja já que ela não te satisfaz, mas não selecione apenas as partes que te agradam e ainda diga que é católica. Não existe isso de não concordar e fazer o que se quer, seja honesta e saia. Outra opção é você buscar a respostas de suas dúvidas no Catecismo e obedecer ao Papa. Desta forma você vai ser de fato uma católica. Como está você não o é“. Eu fiquei atônita. NUNCA tinha ouvido UM Padre sequer dizer aquilo. Ele disse mais outras coisas específicas pra cada pecado que eu havia cometido e especialmente para aqueles dos quais que eu não me arrependia.

Foi TÃO CLARO que não teve jeito de eu defender minhas ideias, era óbvio que eu havia construído um muro de retórica pra me defender e legitimar minhas más escolhas e vícios.Até aquele ponto havia vivido como a maioria, de um jeito muito simplista: se eu extinguisse a culpa, o erro não seria meu. De um jeito que eu não sei explicar eu disse ao Padre que eu me arrependia. E eu disse isso com toda a minha alma e entendimento. Recebi ali uma cura incrível que jamais vou conseguir explicar. Passei a amar o Papa com TODAS AS MINHAS FORÇAS e fiquei muito curiosa em relação ao Catecismo e aos Evangelhos, parecia que havia passado muito tempo exilada, sentia saudade da Vida porque estando tão distante de Deus eu tinha me afastado de mim mesma e esquartejado corpo, alma e espírito em pequenas e indecifráveis partes que não faziam sentido por elas mesmas ou em conjunto. Eu tinha desenvolvido um soberbo exoesqueleto de pretensa “razão” e por ele me sustentava. Meu corpo físico e místico estava em frangalhos dentro daquela dura casca de superficialidade.

Depois disso voltei aos Sacramentos, às Missas Dominicais, à Adoração… Mas, quase não conseguia levantar da cama, fiquei doente e sem forças por muitas semanas. Eu só me levantava pra comprar comida às vezes e pra ir até a Igreja. Levantar um braço doía muito. Eu não quis contar pra minha família ou amigos o que tinha acontecido. Sentia uma mistura de choque, medo, raiva, tristeza, indignação, revolta, pânico, culpa, vergonha…

Tive anorexia. Anemia. Problemas estomacais. Infecções alimentares. Dores fortes no corpo todo. Depois de uns dois meses consegui sair de casa pra fazer esportes. E adquiri o hábito de caminhar na Lagoa rezando o Rosário. As pessoas olhavam curiosas achando engraçado uma moça com visual moderninho de roupa de ginástica caminhando com o Terço nas mãos. Eu queria lembrar as pessoas de que sempre há tempo para o Rosário. Não existe desculpa.

Então passei a participar do dia-a-dia da Igreja e fiz novos amigos, já que os primeiros, do escritório, jamais me ligaram nem pra saber se eu estava viva ou precisando de alguma coisa. E o tal namoradinho ainda fez questão de me esfregar outra garota na cara o mais que pôde. De que tinha valido tanta lua cheia, violão e romance? Nem respeito por mim ele conseguia ter! Naquela solidão radical eu fiquei pensando no que eu tinha por valores, quanto tempo eu gastava dando satisfações às outras pessoas, por que eu superestimava ser a “fofa, querida, gracinha” na boca dos outros e de que isso me valia no final das contas… Qual era o sentido da minha vida, afinal? Meu dinheiro estava no limite. Às vezes eu tinha de racionar pão. Tudo estava muito estranho… Tudo em que eu acreditava tinha se transformado em fumaça. Nenhuma das minhas velhas teorias poderia explicar ou me socorrer naquela nova situação.

Mas eu fiquei doente por mais muito tempo, sempre alternando “estiagens” e vontade de fazer as coisas. Nessas minhas temporadas na cama eu buscava coisas pra ver, pra me encorajar… Já que eu não queria conversar com as pessoas e ter de explicar o que nem eu mesma compreendia. Foi numa dessas, naqueles vídeos relacionados que eu achei o Padre Paulo Ricardo. Vi um vídeo, gostei, mesmo que ele me parecesse “duro demais” e até mesmo fanático. Mas existia algo diferente naquele Padre: ele tinha AUTORIDADE. Digo isso não somente pelo incrível domínio teórico e por citar as fontes e documentos oficiais com precisão, mas era outro tipo de autoridade, aquilo só poderia ter sido dado pelo próprio Deus. Eu entendi isso com a alma, mais que apenas com a razão, por isso ele me convenceu. Em pouco tempo via playlists inteiras e aquela musiquinha inicial já me aquecia o coração. Sou muito grata a Deus também por ter enviado o Padre Paulo para ajudar a mim e a muitos como eu. Nós só amamos verdadeiramente aquilo que conhecemos, então este Padre tem o carisma de alimentar nossa fé através do conhecimento. Muita gente se prende apenas ao plano teórico e continua a ser um descrente com muitas informações. Discutem, se posicionam, mas não amam ou vivem aquilo de que falam. É importante usar o conhecimento como uma poderosa ferramenta vivificadora da fé. Às vezes é preciso ver uma foto para entendermos uma determinada situação, o Padre Paulo nos revela através de “imagens teóricas” aquilo que vemos com pouca definição. Hoje rezo com mais fé porque entendo que isso tem real importância e valor, mesmo com meus limites. Também sinto mais paz e segurança porque esse conhecimento otimizou meu tempo de oração: entendo o que devo temer e o que não, isso muda muito o foco.

Passei cinco meses sem trabalho, e finalmente voltei pra minha casa. Vivi um tipo de retiro espiritual onde eu menos poderia imaginar… Voltei outra, menos ruidosa, mais obediente, estudiosa, centrada, de olho nas necessidades alheias e sobretudo FELIZ! Eu entendi que o Amor é a origem da própria vida, ou seja, é a alma do próprio Deus. O amor humano é sua imagem e semelhança. Felicidade é uma escolha definitiva pelo Amor. E a alegria é a consequência de tudo isso!

Hoje eu consigo trabalhar melhor que antes, viver minha vida e sonhos com a certeza de que Deus sonha e realiza tudo comigo. Ajudo e amparo muitas pessoas com essas coisas que aprendi estudando, sofrendo e rezando. Aprendi o valor da penitência, intercessão, fé e, sobretudo, da obediência.

Pra ser livre é preciso ter regras. Se não as tem você é escravo dos seus sentidos e ignorância. A santa obediência ensina muito aos que buscam a humildade e a ela se submetem. Vejo que muitos dos meus amigos inteligentíssimos não compreendem a Deus porque seus ricos vasos estão sempre cheios, e dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Deus espera que nos esvaziemos de nós mesmos pra poder entrar. Ele não nos invadiria nem para nos salvar. Este é o verdadeiro sentido da liberdade que Ele nos deu.

Uma profunda fé em Deus coloca TUDO em justa perspectiva. Depois que o centro se alinha as coisas tomam seus devidos lugares e proporções.