Hoje gostaria de compartilhar com vocês a respeito de uma nova terapia, que já é bem conhecida por todos nós Neurocirurgiões Funcionais que a utilizamos para o tratamento da Dor neuropática. Trata-se da Estimulação Epidural ou Medular continua, agora para estimulação as fibras motoras. Qual o paciente com lesão medular que pode ser eligível para receber esse tipo de terapia?

Bem, os pacientes que preenchem os critérios para receberem a Estimulação Epidural são:

  • Pacientes com lesão Cervical e torácica alta!
  • Pacientes que não estão em tratamento para infecção crônica
  • Pacientes que possam ser reabilitados em Centros de Referência Nacional para lesados medulares
  • Pacientes que não tenham outras lesões medulares no local do implante que se dá entre T12 e L1. 
  • Pacientes que não tenham doenças clinicas impeditivas de utilização de neuroestimuladores.

Os pacientes devem ser esclarecidos que apenas o neuroestimulador não fará com o que o mesmo consiga ficar em pé e dar seus passos e melhorar as condições esfincterianas e até sexuais. O paciente deve ser acompanhado por equipe de Reabilltação Fisioterápica que seja referência no atendimento ao lesado medular. 

O tempo da doença pode variar de seis meses até anos.

Como é o procedimento? Bem, o procedimento com anestesia geral, e o Eletrodo de 16polos será implantado entre o nivel vertebral de T12-L1, onde se localiza o cone medular e a concentração do comando motor para  a região pélvica e membros inferiores será melhor abordada. O eletrodo é conectado a um Marcapasso implantado na região subcostal direita normalmente.  ponto de vista de tempo de internação hospitalar, normalmente gira em torno de 24horas. 

Assim que a ferida e cicatrizada começam então as atividades de reabilitação intensiva a fim de se buscar o máximo de capacitação muscular que a estimulação motora permite. Não há uma data especifica para o paciente conseguir ficar em pé e dar alguns passos, isso dependerá do quanto de fibras descendentes residuais restaram, quando a lesão é parcial, o tempo de recuperação costuma ser mais curto. Estamos falando em meses e não em dias. 

Maiores informações mande seu email para secretarianeuroclinica@gmail.com

 

 

 

                     O Conceito de Dor pela OMS é de : Uma experiência sensorial e emocional desagradável que é associada ou descrita em termos de lesões teciduais.

A dor é uma condição indispensável à vida. Usada pelos povos não hindus como uma fonte de sofrimento ou punição.

         A dor é atualmente aceita como um sinal de alerta à integridade física ou funcional de todos nós. Isto faz com que tomemos determinadas providências no sentido de adotar medidas preventivas ou frear lesões mais graves. Não existe nada que arrase mais a alma humana que a dor. Todos nós em pelos menos um estágio da nossa vida iremos experimentar uma sensação desagradável dolorosa, sensação esta que pode nos trazer uma incapacidade temporária ou crônica. Quando a dor permanece por tempo prolongado pode trazer conseqüências físicas e psíquicas severas e permanentes. Várias vezes em clínica de dor observamos que o agente causal fora tratado, e o fenômeno doloroso perpetuado, como se tivesse vida própria. É preciso Ter um cuidado especial com o paciente com DOR. Muitas possibilidades terapêuticas existem e são aplicadas. Muitas variáveis medicamentosas com efeito temporário estão disponíveis em todas as prateleiras farmacêuticas mundo afora. Apesar de todo este esforço muito ainda está por vir tanto no modelo fisiopatológico (o modo exato como qualquer sintoma ou doença acontece do começo ao fim , quais os órgãos , tecidos , células , neurotransmissores envolvidos ) e no campo terapêutico precisa ser entendido. Falando em neurotransmissores é preciso esclarecer o que isto quer dizer:

–        Neurotransmissores são determinadas moléculas que são produzidas como o nome diz por células que tem sua formação embriológica junto ao sistema nervoso. Os Neutransmissores (NT) são fundamentais para a sobrevivência de qualquer ser vivo. Estão sendo produzidos incansavelmente e sendo utilizadas abundantemente para que todas as vias nervosas funcionem perfeitamente. Desde um movimento no dedo do pé, a um pensamento elaborado filosófico ou matemático ou artístico, desde um exercício físico a uma performance musical, desde um comando de uma aeronave às noites de plantão, enfim tudo que traz a vida em si, e que faz com esta vida se realce , que traz o prazer , o amor, o ódio , a paixão, a sensibilidade, a agressividade, o choro, o relaxamento, o bem estar e a dor e a depressão vem desta harmonia ou da desarmonia. Nomes famosos como Adrenalina, nor. Adrenalina, Dopamina, Serotonina, Substância P, Morfina, Endorfinas, Encefalinas, Adenosinas, Calcitoninas, Glicina, Vasopressina,  Neurotensina, Nalbufinas, Acetil-colina, GABA, Glutamato, Prostaglandinas, Peptídeos e tantas outras menos famosas são liberadas constantemente no cérebro, no tronco cerebral, na medula para modular para mais ou para menos nossa vida. Tudo que se estimula por um dos 5 sentidos que possuímos age liberando um destes ou uma combinação destes neurotransmissores em locais no sistema nervoso ( SNC) bem estabelecidos. Quando tomamos um medicamento de ação central como dizemos , ou seja que age no SNC, estamos ajudando determinado NT a ficar mais ou menos disponível naquela hora e nos seus locais mais importantes trazendo um alívio doloroso e uma sensação de bem estar maior.

         O Sistema Nervoso Periférico(SNP)  tem um papel importante na captação da informação sensorial, codificação e condução ao SNC onde ela é interpretada.

         EPIDEMIOLOGIA

Dor é um sintoma comum à todas as patologias. Além  de ser um sintoma muitas vezes se torna uma doença, ou mais que uma doença. Afeta indistintamente todos os indivíduos. Em algum momento da vida todo mundo terá uma experiência como descrita de dor. É claro que as síndromes mais severas dolorosas são mais raras , atingem em torno de 5% da população que se encaminha ao hospital para tratamento de qualquer doença. Para os pacientes que vem para a Clínica de Dor , cerca de 80% experimentam uma forma de sofrimento seja por mecanismos de alteração dos receptores , seja por desregulação das zonas das interações da área de entrada da medula chamada de DREZ(zona de entrada da raíz dorsal). 

 

DR José Augusto Nasser dos Santos MD e PHD

Neuroclinica

admneuroclinica@gmail.com

tels: 2122492710 e 22945329

 

 

Imagine não ser capaz de segurar um copo, amarrar o laço de seu sapato ou preencher um cheque. Para pessoas com a doença de movimento, conhecida como tremor essencial, tarefas simples que requerem uma boa coordenação motora, tornam-se extremamente difíceis, muitas vezes até impossíveis.

Três vezes mais prevalente do que a doença de Parkinson, os tremores essenciais envolvem tremores incontroláveis das mãos, braços, cabeça ou voz. A condição neurológica hereditária pode começar quando se é adulto jovem e piorar com a idade. Em um esforço para auxiliar médicos e pacientes a lidarem melhor com o tremor essencial, a American Academy of Neurology publicou o primeiro manual de orientação para o seu tratamento.

Drogas específicas, comumente usadas para tratar pressão sangüínea alta e convulsões, podem ser benéficas no tratamento do tremor essencial, de acordo com as orientações.

“Tremor essencial pode ser debilitante e causar embaraço em situações sociais. Por exemplo, em um restaurante, a pessoa pode ter dificuldade em comer, quando tentar pegar um garfo ou uma colher e levar a comida até a boca”, diz a principal autora do manual, Theresa Zesiewicz, MD, professora associada de neurologia da University of South Florida (USF) College of Medicine.

O manual reviu 211 artigos para fazer as recomendações baseadas em evidências para o tratamento de tremor essencial.

Constatou-se que o propranolol, propranolol de longa-duração (LA) e primidona reduzem, significativamente, tremores dos membros e foram muito recomendados nas diretrizes. Propranolol é também usado para tratar alta pressão sangüínea. Primidona é um medicamento anti-convulsivo. Propranolol e primidona foram também recomendados para tremores na cabeça, embora não tão intensamente quanto foi recomendado para tremores dos membros.

A análise também encontrou evidências que encorajam o uso de outros medicamentos para tratar tremores dos membros. Sotalol ou atenolol – drogas usadas para regular pressão sangüínea – podem ser usadas como alternativas para o propranolol e primidona. As drogas anti-convulsivas gabapentina (como monoterapia) e topiramato também foram recomendadas.

O painel descobriu moderada evidência para recomendar injeções de toxina A botulínica para tremores de membros, cabeça ou voz. A cirurgia pode ser recomendada se o tratamento com drogas for ineficiente para tremores dos membros. Estimulação cerebral profunda tem complicações menos severas do que talamotomia, de acordo com a diretriz. Na estimulação cerebral profunda, um ELETRODO finíssimo é colocado dentro do tálamo, o que ajuda a bloquear os impulsos que causam tremores. A talamotomia lesiona uma pequena parte do tálamo, o que ajuda a suspensão dos sinais que causam tremores.

“Ambas as cirurgias foram mais eficientes do que os medicamentos na melhoria dos tremores, reduzindo sua intensidade em60 a 90%, comparado com 50% ou menos para os medicamentos”, disse Dr. Zesiewicz. “Entretanto, pacientes que se submeteram à cirurgia tiveram mais efeitos colaterais adversos e, portanto, o procedimento é apenas recomendado para aqueles que não respondem aos medicamentos”. O painel descobriu evidências insuficientes para recomendar estimulação cerebral profunda para tratar tremor de cabeça ou voz. 

Novas perspectivas no tratamento da Doença de Parkinson e outros transtornos do movimento não Parkinsonianos

 

REUNIREMOS EM VANCOUVER – Canadá-  para o MDS -Congresso Internacional  de Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento. Estarão  presentes eu vários  representantes de Neurocirurgia, Neurologia, Fisiatria, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Psiquiatria entre outras especialidades e cientistas relacionados a estas doenças para uma atualização e coordenação de ações para serem oferecidas no diagnóstico, tratamento e desenvolvimento científico dos pacientes portadores de Doença de Parkinson e outros transtornos como Tremor, Distonia, Síndrome de Guilles de la Tourette, Ataxias, Coréias, Tics, Espasticidade e tantos temas ligados aos movimentos. As maiores realizações estão por conta da pesquisa básica que avança muito não somente no diagnóstico e classificação genômica dos transtornos bem como janela de possíveis tratamentos para as doenças com terapia genética. Alguns poucos medicamentos  novos foram apresentados mas ainda requer uma comprovação e testagem mais a longo prazo. O que chamou a atenção serão as múltiplas apresentações e fóruns a respeito da Estimulação Cerebral Profunda ( DBS) para os transtornos do movimento Parkinsonianos e não Parkinsonianos. Estaremos agora a frente da formatação na área do DBS junto a colegas de outros centros mundiais renomados (Toronto, Oxford, Londres, Estocolmo, Pamplona, São Francisco, Miami, Colônia, Tubingen, Genebra, Istambul, Seul, Tóquio, Grenoble e Buenos Aires). É muita honra fazer parte desta Elite científica e poder levar a nossa experiência ao reconhecimento do mundo todo a partir do Rio de Janeiro. Esta missão não é somente minha com Neurocirurgia Funcional mas também pela excelência da Neurologia e Psicologia do Rio de Janeiro também lá muito bem representadas.  Nosso Trabalho foi aprovado para apresentar plenária, resultado da tese de Doutorado da minha orientada Dra. Maria Eduarda Naidel, muita honra em poder ajuda-la e também o orgulho de tê-la em equipe, certamente será o reconhecimento por este trabalho que contou com a participação de vários pacientes meus de DBS e Doença de Parkinson. 

Estimulação Paraforniciana em pacientes com Doença de Alzheimer

Neuromodulação é o nome que se dá a um sistema que pode ser implantado em qualquer área do sistema nervoso central ou periférico que promova o controle de sintomas desfavoráveis. Neste caso estamos falando de Dor Crônica.

– Procedimentos invasivos para dor são todas as formas de interferir no mecanismo da iniciação da dor, da sua propagação e da sua interpretação.       

–        Seja intervindo diretamente no disco intervertebral com ablações por radiofreqüência ou coagulações nucleares,

–      Seja intervindo com radiofreqüência contínua ou pulsátil no gânglio da raiz dorsal, ou seja, intervindo nas facetas diminuindo os impulsos aferentes dolorosos. 

–     Seja com epiduroscopia entrando pelo forame sacral maior e podendo se estender até a altura da transição tóracolombar para a extirpação de fibroses peridurais, periradiculares ou perimedulares que causam estenose sintomática pós operatória ou até mesmo dores recorrentes mistas neuropáticas e compressivas.