Um artigo escrito pela Irmã M. Caterina Gatti ICMS me chamou muita atenção pela atualidade e veracidade com o qual escreveu.
Ela inicia falando que “vivemos hoje em uma sociedade onde uma determinada cultura procura destacar-se de Deus, cancelar todos os valores que são a vida, o compromisso, a fidelidade, a atenção ao outro e que a mulher sempre transmitiu para a família porque é intrínseca na sua feminilidade”, resumindo de forma muito objetiva as informações que nos têm sido vendidas atualmente e que nós, cristãos, temos, muitas vezes comprado.
Ela ressalta ainda o fato dessa informação vendida está nos levando a acreditar que “a própria realização da mulher esteja fora do âmbito familiar, em outros campos, propondo tudo como uma conquista, uma libertação, uma meta de felicidade garantida”. E digo que, pregando pelo vários locais onde vou, escuto bastante isso. Tentando nos mostrar que, para a mulher, “ocupar-se principalmente do marido e dos filhos, parece ser coisa de outros tempos, quase impensável e considerada até frustrante por muitas mulheres”.
Em contrapartida, a carta dos bispos sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo nos diz que “a mulher deve ser presente ativamente e com firmeza na família (…) pois é ali, sobretudo, que se forma a face de um povo, é ali que seus membros adquirem os ensinamentos fundamentais. Estes aprendem a amar enquanto são amados gratuitamente, aprendem a respeitar qualquer pessoa enquanto são respeitadas, aprendem a conhecer a face de Deus enquanto recebem a primeira revelação pelo pai ou pela mãe cheios de atenção”, detalhando a IMPORTÂNCIA da mulher como mãe, esposa, formadora e outros adjetivos dignos de uma mulher, onde nós, homens, nunca teremos como tocar nesse mistério de sabedoria que foi dada SOMENTE à mulher.
Beato João Paulo II disse que o “cansaço” da mulher que dá a luz a um filho e depois o alimenta, cuida, trata do seu crescimento e educação – particularmente nos primeiros anos de vida – é tão grande que não deve causar medo no confronto com nenhum trabalho profissional (cfr Carta às famílias).
Dessa forma, temos visto um certo feminismo, procurando tornar a mulher sempre mais parecida com o homem, colocando-a em competição nas fábricas, escritórios, na política, nas instituições, “distorcendo-a” e levando-a a negligenciar os filhos, e, muitas vezes a mulher em carreira “escolhe” não ter filhos, porque são vistos como um impedimento para o melhor desempenho do seu trabalho ou como um ônus a mais. Que triste ver essa visão tão coisificada da criança. Um dom que só é dado à mulher, e como dom é um presente, ser rejeitado em prol de de uma carreira que nuca vai preenchê-la tanto quanto um filho preencheria, pois se um dom é dado por Deus, é porque Ele, sabendo de todas as coisas, sabe o que é melhor para nós.
Irmã Caterina continua dizendo que é “bom que a mulher trabalhe, contribuindo para o sustento famíliar e para o desenvolvimento da sociedade. A Igreja aprecia que esta tenha acesso a posições de responsabilidade, a fim de promover o bem comum e encontrar soluções inovadoras para os diversos problemas sócio-económicos.”
Ela diz entretanto que “o problema é que a atividade externa absorve muito do seu tempo e energia, tanto física quanto mental, tornando a mulher quase incapaz de responder plenamente à vocação de esposa, de mãe e de desempenhar adequadamente todas as tarefas a ela relacionadas.”
A Irmã ainda diz que “é um erro pensar que podemos realizar melhorias na sociedade sem primeiro amar, sem ser atento e saber como sacrificar-se por aqueles que vivem ao nosso lado. Neste caso, a mulher não pode sentir-se realizada ou feliz, mesmo havendo um ótimo trabalho”.
Nesse ponto a Igreja tem insistido “que a legislação e as organizações de trabalho não penalizem as exigências relativas à missão da mulher na família. E este é um problema não apenas e não tanto jurídico ou econômico, mas acima de tudo, é uma maneira errada de pensar, é um problema cultural.”
O que temos visto hoje, são jovens se sentindo vazios, sozinhos. Mesmo tendo “tudo”, falta a certeza de serem amados, a sensação de estarem realmente no centro da atenção dos pais, especialmente da mãe, porque ninguém pode tomar o lugar da mãe.
Crescerá madura e sem complexos aquela criança que tenha conhecido o calor dos braços de sua mãe. Nenhum psicólogo pode substituir o trabalho do coração de uma mãe que bate sobre o de seu filho.