As vontades se inclinam mais às paixões que as razões, já dizia Santo Agostinho. Podemos parar e pensar se vontade e razão devem ser alinhadas ou não. O que acham?
Bem, vamos começar pelas palavras de Paulo, quando diz que em muitos momentos “não faz o bem que quer, mas o mal que não quer” Rm 7, 19-21. Mostra que, mesmo Paulo, em muitos momento, age pela vontade e não pela razão.
Quando as nossas atitudes passam pela nossa razão, passam por um filtro de conhecimento, ética, entre outras características. No caso de atitudes que são vinculadas somente à vontade, agem por impulso ou paixão. Olhe pra si mesmo e quantas coisas de errado você fez porque se dobrou a sua vontade e, às vezes, minutos depois, quando usou a razão, pensou consigo mesmo que não teria tomado aquela atitude.
Daí vem o que Santo Agostinho falou, através da Suma Teológica.
Precisamos pedir a Deus que nos dê temperança, auto-domínio, para que nossas vontades se dobrem às nossas razões, mas, acima de tudo, se dobrem a Deus, que rege todas as coisas. Que saibamos pensar, antes de deixar nossa vontade falar mais alto em nós, que usemos a razão, como filtro principal, para guiar ou frear nossa vontade.
E, acima de tudo, que deixemo-nos guiar por Deus!
Junior Alves
Cantor, compositor, músico e palestrante