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Muitas vezes em nossa vida estamos sempre pedimos algo a mais do que já recebemos. Chegamos no Natal, e pensamos em tudo pedindo sempre algo mais. Isso porque temos uma parte dentro de nós INSATISFEITO. Deus nos fez assim. Dependemos do Amor Dele para prosseguirmos e perseverarmos na Alegria. João Batista envia os seus a Perguntar Jesus se Ele é ou se eles deveriam esperar alguém a mais. Esta quebra dentro de nós, carentes por algo ou alguém, nos dirige para perto ou para longe de Deus, depende do que colocamos dentro desta fragilidade.

Quando diante de Deus não fazemos certos acordos interiores nossos! SE eu fizer algo ganharemos outra coisa. Se eu não ganhar o que estou pedindo eu fico irado com Deus ou com as pessoas. Pessoas fazem isso dizendo eu vou a Missa então…Fé condicional. Caso Deus não me atenda ele não me terá.

Nossa fé é condicional nossa alegria será condicional também. Jesus responde aos discípulos de João Batista: – Os cegos vêem, os surdos ouvem, os coxos andam…Mas não foram todos, mas foram o que Deus em sua sabedoria escolheu para seu beneplácito. Porque Ele sabe que nesta vida para preencher nossas expectativas, não importa o que aconteça nada será o suficiente.

Quando você diz alguém eu confio em você, não pode haver lugar para condições. Confiança significa plenitude. Confiança não cabe em condições. Verdadeira confiança implica em ser incondicional. Dando a mão de sua filha a alguém para namoro, noivado e casamento significa: Eu confio em você através da entrega da minha filha amada…Sem condições…Eu confio e  pronto!

Seja feita a Vossa Vontade…

Sem condições, não há condições para Alegria quando estamos nas mãos de Deus.

É possível em toda a nossa vida podermos escolher pela Alegria, não importa com o que aconteça em nossa  vida.

Marie Provet ainda viva, sobreviveu a um campo de concentração japonês depois do ataque a Pearl Harbor, capturada pelos japoneses e  levada para China em um campo de concentração. Ela e suas amigas filhas de missionários americanos e ingleses sobreviveram. O segredo? Todos  os dias elas se lembraram das coisas que elas mais gostavam e o tanto que Deus amava elas. E que aquele lugar seria onde esta Alegria seria provada. E assim elas sobreviveram. Mesmo em um campo de concentração, vendo gente morrendo todos os dias, e elas tinham 12, 14 16 19 anos.  As moças,  mais velhas ensinavam as crianças a terem esperança, mostrando na Alegria que Deus estava ali também. Porque Deus estava ali.

Victor Franckel, disse em seu livro o Sentido da Vida, que o alimento que o manteve em Aushwitz vivo! Esperança e fé ! Ele e seus amigos cristãos ambos proclamando ou Pai Nosso ou Shamah Israel.

 

Deus é mais glorificado em nós quando nós estamos mais  satisfeitos Nele.  E assim teremos a Alegria que não se esgota, que não termina. Por isso devemos desejar Deus em todo o tempo da nossa vida, sem condições, sem nenhum reparo, mudando de amor condicional para amor incondicional, então Deus converterá em nós a Alegria condicional para a Alegria Incondicional.

QUE A ALEGRIA DO SENHOR SEJA A VOSSA FORÇA (NEEMIAS 8:10)

 

Hoje a Palavra que Deus nos coloca e nos provoca neste dia é CONVERSÃO! Algumas palavras deste Evangelho também nos discerne pelo proprio SEnhor que todo o seu ensinamento vem dizer que nós temos sim, que buscar o tempo todo ser simples, que não coloquemos nos homens nenhuma expectativa mas em Deus. Aqui é daquelas passagens que diz claramente que somente temos esta vida, e temos de ter responsabilidade sobre tudo o que fazemos. Isto é muito importante . Que o Senhor esteja sempre a frente da nossa vida sendo nosso único Mestre, o Raboni. Então que este dia seja para nós momento de reflexão sobre a verdadeira mudança.
Dr Nasser
 
Evangelho segundo S. Lucas 16,19-31.

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes.
Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas.
Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio.
Então, ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.’
Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós.’
O rico insistiu: ‘Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos;
que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.’
Disse lhe Abraão: ‘Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!’
Replicou-lhe ele: ‘Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.’
Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.’»

Da Bíblia Sagrada – Edição dos Franciscanos Capuchinhos – www.capuchinhos.org

Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 85; CCL 39, 1178

«Deus olha para o coração» (1Sam 16,7)

Terá o pobre sido recebido pelos anjos unicamente devido ao mérito da sua pobreza? E terá o rico sido enviado para o lugar dos tormentos apenas por culpa da sua riqueza ? Não: é preciso entendermos que foi a humildade que foi premiada no caso do pobre e o orgulho condenado no caso do rico.

Eis a prova de que não foi a riqueza mas o orgulho que levou a que o rico fosse castigado. O pobre foi levado para o seio de Abraão; mas as Escrituras dizem de Abraão que ele tinha muito ouro e prata e que era rico na terra (Gn 13,2). Se todos os ricos são enviados para o lugar dos tormentos, como pôde Abraão receber o pobre no seu seio? Acontece que Abraão, com toda a sua riqueza, era pobre, humilde, respeitador e obedecia a todas as ordens de Deus. Ele tinha a sua riqueza em tão pouca conta que, quando Deus lho pediu, aceitou oferecer em sacrifício o filho a quem destinava essa riqueza (Gn 22,4).

Aprendei, pois, a ser pobres e ter necessidades, quer possuais alguma coisa neste mundo quer não possuais nada. Porque encontramos mendigos cheios de orgulho e ricos que confessam os seus pecados. «Deus resiste aos orgulhosos», estejam eles cobertos de seda ou de trapos, «mas dá a sua graça aos humildes» (Tg 4,6), quer eles possuam, ou não, bens deste mundo. Deus olha para o interior; é aí que avalia, aí que examina.