A conversão na vida do cristão (Joel 2,12-13)

27. novembro 2015 · Write a comment · Categories: Espiritualidade, Fé jovem, No Amor de Deus, O espirito da Igreja, Silencio

a_conversao_na_vida_do_cristaoAmigos, estamos chegando ao tempo do Advento, em preparação para o Santo Natal. A conversão! Como ainda entender o que é converter-se? Na vida do cristão, o primeiro encontro com Cristo é de suma importância, porém, ainda mais importante, são as sucessivas conversões. Não é verdade que ainda resta tantas coisas a serem feitas? Não é possível ficar parado. É sempre necessário buscar a conversão. Lembremo-nos das palavras de Santo Agostinho: “Se disseres basta, estás perdido. Procura sempre mais, caminha sempre, progride sempre. Não permaneças no mesmo lugar, não retrocedas, não te desvies”.

Converter-se é um regresso a Deus, é voltar cada vez mais para Ele. É buscar a transformação interior. “Voltai para Mim de todo coração… Rasgai o vosso coração e não as vossas vestes… Voltai para o Senhor vosso Deus” (Joel 2,12-13). Converter o coração significa decidir-se por Ele de verdade. Sem conversão do coração, qualquer sinal e rito externo, se torna vazio.

Converter é abrir-se ao amor de Deus. Mudar em si aquelas atitudes que o dificultam ou mesmo impedem de experimentar esse grande amor. Mudar não por medo, mas por amor.

Converter é assumir compromisso com o Reino de Deus, em atitudes e obras. É o começo de uma vida nova, conduzida pelo Espírito Santo. Converte-se, é deixar de viver na mentira e no pecado.

A conversão é obra da graça de Deus, e resposta livre do homem.

Tantas e tantas pessoas se desviaram de Deus e do irmão e estão centradas em si. Vivem em profundo egocentrismo.

Como se direciona o coraçao na busca da conversão? meu coração se direciona para o próximo e,  na pessoa do outro, posso alcançar o próprio Deus.

“In manus Tuas!”

Padre Antonio Lima.

Estamos nas mãos de Deus

12. novembro 2015 · Write a comment · Categories: Diario, Espiritualidade, Fé jovem, Louvor

estamos_nas_maos_de_deusDeus revela a sua misericórdia colocando-nos sob sua proteção. Precisamos meus amigos querer estar nas mãos do Pai para experimentar a cada momento esta graça, protegidos por meio da sua misericórdia.

Ė esta certeza de que “Deus me ama”, e “me dá” felicidade e paz interior. As mãos abertas de Deus que acolhe e abraça, faz sentir essa paz que não se deve trocar por nada mais desta vida aqui da terra. Ė real que quando precisamos de um abraço paterno, de duas mãos abertas, de um colo para nos acalmar, de uma voz para nos direcionar, recorramos a Deus e dependamos dele para termos essa sua presença que não se compara com nada. Estamos nas mãos de Deus, só ele é o nosso refúgio e proteção, diz o Salmista.

“Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente,dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio. É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa” (Salmo 90,1-3).

Tomemos como propriedade do nosso coração estas palavras do salmista e façamos com que nossa vida neste dia de hoje e todos os dias, seja protegia somente por aquele que tudo pode proteger e tudo protege com seu poder e misericórdia. O Pai não olha para a nossa miséria mas sim para a nossa vontade de querer estar com ele.

Adoremos o nosso Deus e deixemos que ele use de misericordia para conosco, nos ame. Não deixemos neste dia que o pecado vença mais um dia sobre nós. Corramos ao altar da misericórdia! Reconquistemos a paz que provém do coração bondoso e compassivo daquele que nos criou e nos fez filhos seus.

“In manus Tuas!”

Padre Antonio Lima.

A música, o silêncio e a palavra

14. outubro 2015 · Write a comment · Categories: Diario, Espiritualidade, Fé jovem, Redes Sociais

a_musica_o_silencio_e_a_palavraDizia S. Francisco de Salles que o silêncio e a palavra não são imcompatíveis.

Realmente, silêncio e palavra, precisam caminhar juntos. O silêncio cria a palavra e vice versa. Nosso jeito moderno de comunicar em uma maneira geral, são marcados pela velocidade e são expressão de uma dimensão sempre mais necessária que são as redes sociais. Tem aqui portanto um desafio. Conseguir conciliar a lentidão com a necessidade de comunicar.

A comunicação da fé por exemplo, em seus vários modos, métodos e técnicas conscientes ou não, precisa a meu ver dar porém um pouco mais importancia ao silêncio, para saber bem falar dos mistérios que envolvem a fé. A comunicação pela música por exemplo, precisa ser precisa em seus conteúdos e melodias: existem momentos em nossos encontros e durante a própria Santa missa, em que uma música tem seu lugar a partir de sua melodia e conteúdo, para encaixar bem naquele determinado momento. Isto vale também para nossos grupos de oração. São coisas que sabemos. Não se toca nem se canta um canto só porque ele foi lançado por este ou aquele artista católico ou porque a “a música é linda”! Vejo que acontece muito por ai.

O canto é também servo e não tem a primazia sempre. Confundimos um pouco esta passagem entre o silencio, o cantar, o pregar, o calmar etc..

Conhecemos bem a importancia da música para a fé, precisa porém aprender a harmonizar e coloca-la em seu justo momento. Observemos bem este particular e reflitamos se é assim mesmo que acontece em nossos encontros, para darmos “o melhor pra Deus com harmonia”.

A lentidão, chama o pensamento, a reflexão e a escuta atenta. Quando se escreve uma letra de canção, não colocamos o que vem primeiro na mente, certo? Esta lentidão, que em um primeiro momento parece ser passividade, ela é o ponto forte do nosso falar e do nosso agir. Isto nao significa que a velocidade precise ser entendida como um mal. Esta não significa “simplesmente” que quem faz uso dela seja frenético, é um olhar resumido da realidade.

Precisamos sempre superar o teste do equilibrio entre exigência litúrgica e círculo mediático.

“In manus Tuas!”

Padre Antonio Lima.

Ser servos, quem serve?

02. outubro 2015 · Write a comment · Categories: Espiritualidade, Fé jovem, Louvor, No Amor de Deus, Silencio

ser_servo_quem_serveO serviço ao Senhor e a coragem para enfrentar as consequencias do chamado traçam os mesmos caminhos.

O Senhor nos avisou “Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação” (Eclesiastico, 2,1). Quando Deus faz uma escolha para que o sirvamos, sua escolha é precisa e radical. Ele não olha o aspécto fisico nem a imponência da estatura. O homem olha a aparência, o Senhor olha o coração (1 Sam 16,7).

Certamente em nossos corações Jesus plantou uma semente e é a semente do amor, afim de que esta semente possa dar frutos e como diz a palavra em S. João, ninguém tem um amor maior do que dar a vida pelos amigos. Se queremos servir o Senhor precisamos ter estas caracteristicas: do amor, do entusiasmo, do compromisso, da obediência, da humildade sobretudo, para obedecer!

Devemos lembrar uma coisa que não existem diplomas na vida do Espirito, todos somos parte do Corpo de Cristo, sacerdotal, real e profético. Precisamos ser somente rios de graça por meio dessas caracteristicas do verdadeiro servo, aquele que realmente, em espirito e em verdade busca o serviço do altar do Senhor.

Nos esforcemos todos, para sermos fieis e prontos para a provação, não nos perdamos pelo caminho por situações, retomando sempre o caminho com humildade e alegria por servirmos o nosso Rei e Senhor de nossas vidas.

“In manus Tuas”!

O Senhor te abençoe e te guarde!

O ramo que não dá fruto

22. setembro 2015 · Write a comment · Categories: Diario, Espiritualidade, Fé jovem, O espirito da Igreja

o_ramo_que_nao_pode_dar fruto_por_si_mesmo_jo_15_4_5Que o Senhor Jesus seja o motivo principal do nosso viver.

Precisamos compreender o quanto é fundamental esta frase de Jesus para o amadurecimento da vida do cristão! Esforçar-se para conservar a paz do coração: para isto a primeira coisa que nos deve convencer é que todo o bem que podemos fazer vem de Deus e somente dele.

“O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos… (Jo 15, 4-5).

As dificuldades da vida e nossas vontades, quando não dão certo porque as queremos mesmo quando presentimos que nao está na vontade de Deus, podem servir para que nos convençamos de que sem Deus não podemos nada sozinhos.

Segundo a experiencia dos santos é indispensável aprender a conhecer onde estão os nossos limites, porque o terreno certo no qual podem florecer todas as grandes coisas que Jesus quer fazer em nós é aquele onde os frutos nascem em Jesus e por ele somente crescem.

Conservemos neste dia e façamos desta palavra do Senhor o único motivo do nosso viver. Sem Ele fazemos pouco. Comecemos a oferecer o que queremos fazer em nossa casa, em nossa comunidade, em nossos projetos para que seja o Espirito Santo a conduzir segundo a vontade de Deus tudo o que gostariamos de realizar para o nosso bem e o bem do próximo. Assim vivemos também o grande mandamento da caridade.

Oremos juntos? Vinde Espirito Santo Enchei os corações dos vossos fieis e ascendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espirito e tudo sera criado e renovareis a face da Terra. Amem.

“In manus Tuas Domine!”

Padre Antonio Lima.

Quem perdeu esta coisa...?

19. agosto 2015 · Write a comment · Categories: Espiritualidade, Fé jovem, No Amor de Deus, O espirito da Igreja

don_ederaEncontrei este maravilhoso pensamento sobre o Santo terço de Nossa Senhora.

Isto que Padre Leppich, conta em seus escritos, reporta uma realidade de muitos cristãos que abandonaram por tantos motivos, a oração do Santo terço.
“Tem católicos que gostam e carregam consigo no bolso o terço, mas não ousam usa-lo para rezar, por medo de serem interpretados como ridiculos e tem outros que tem mais coragem. Eis um fato que aconteceu em nosso quartel.
Estavamos todos em posição de continencia, e um ajudante de fila tinha entre o dedo polegar e o indicador, um terço que via-se enquanto passava aos poucos as Ave-marias e perguntou: quem perdeu esta coisa? A maior parte dos homens era católica, mas todos começaram a rir. Até aqueles que as mães tinha dado o terço antes de deixar suas casas para ir ao quartel.
E aquele homem continuou debochando, certo de que ninguém ousava declarar-se.
Foi então que um que estava perto de mim, um jovem porta-bandeira, se fez presente e declarou: Este terço é meu. O batalhão parou de debochar e surpreso aquele ajudante ficou sem saber o que dizer. Mais tarde perguntei àquele jovem a quem o terço pertencia, porque ele tinha se declarado publicamente dizendo que era dele. – Ele respondeu: “Porque aquele terço não é meu!” e quiz que aquele individuo parasse de incitar os outros a debochar a mãe de Jesus.
(De Padre Leppich, s.j. Reportado por Frei Albert Pfleger nos contos sobre a Vigem Maria, Ephèse Diffusion, p. 118e; 7e).

“In manus Tuas”

Padre Antonio Lima.

4 de agosto é dia do padre

01. agosto 2015 · Write a comment · Categories: Diario, Espiritualidade, Fé jovem

014 de agosto, dia do padre e dia dedicado liturgicamente a S. João Maria Vianney.

Ser Padre e ser pai espiritual ou pai de uma comunidade. Como tal, e o homem da palavra de Deus, da pregação, da Eucaristia, do perdão, da benção e da fé paciente.

“Todo o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas que dizem respeito a Deus” (Heb 5, l). A Carta aos Hebreus afirma claramente a “humanidade” do ministro de Deus: ele vem dos homens e está ao serviço dos homens, imitando Jesus Cristo, “Ele mesmo provado em todas as coisas, excepto no pecado” (Heb 4). Deus chama sempre os seus sacerdotes a partir de determinados contextos humanos e eclesiais, com os quais estão inevitavelmente conotados e aos quais são mandados para o serviço do Evangelho de Cristo.

Certamente, há uma fisionomia essencial do sacerdote que não muda:

O padre de amanhã, não menos que o de hoje, deverá assemelhar-se a Cristo. Quando vivia sobre a terra, Jesus ofereceu em Si mesmo o rosto definitivo do presbítero, realizando um sacerdócio ministerial do qual os apóstolos foram os primeiros a ser investidos; aquele é destinado a perdurar, a reproduzir-se incessantemente em todos os períodos da história. O padre anima a vida da Igreja. (…). Mas é igualmente certo que a vida e o ministério do sacerdote se deve “adaptar a cada época e a cada ambiente de vida (…) Da nossa parte, devemos, por isso, procurar abrir-nos o mais possível à superior iluminação do Espírito Santo, para descobrir as orientações da sociedade contemporânea, reconhecer as necessidades espirituais mais profundas, determinar as tarefas concretas mais importantes, os métodos pastorais a adaptar, e, assim, responder de modo adequado às expectativas humanas”. (Fonte: (Exortação Apostólica Pós-sinodal PASTORES DABO VOBIS de Sua Santidade João Paulo II, 1.5.11).

O Senhor te abençoe e te guarde!

Seu irmão Padre Antonio Lima.

Caridade suspeito ou gentileza?

16. julho 2015 · Write a comment · Categories: Espiritualidade, Fé jovem, O espirito da Igreja

caridade_suspeito_ou_gentilezaNo decorrer dos séculos pensou-se em várias maneiras sobre o significado dessas tres palavras.

Elas formam porém, o bem viver do homem. A gentileza, disse o imperador e filósofo Marco Aurélio, é a delicia maior da Humanidade. Hoje se pensa que esta ideia não seja totalmente verdadeira e seja também carregada de suspeito e desconfiança dos outros mas porque?

Se diz que em nossa imagem do ser humano que a gentileza é um estinto não natural: somos loucos, más, ruins, perigosos e profundamente competitivos. As pessoas que são movidas por egoismo e sensibilidade para com o próximo, são formas de auto conservação de sí próprios e assim a gentileza passou a ser um prazer proibido; esta é sempre um risco, porque se baseia na sensibilidade dos outros e na capacidade de identificar-se com seus prazeres e con seus sofrimentos.

Quem é assim tão louco de negar a existência da gentileza, contra o suspeito? este, certamente perdeu o contato profundo com as próprias realidades emotivas. A renúncia da gentileza priva os seres humanos de um prazer fundamental que é o sentido da felicidade. Quando se coloca em jogo a gentileza em troca do suspeito, perde-se uma parte do que se tem de precioso para ser feliz. A arrogancia, a falsidade, a troca de palavras em vista de não comprometer-se com o próximo, o interesse pessoal em troca da indiferença, que leva a “deixar que cada um sobreviva por sí” e “eu fico no meu canto depois de ter conseguido o que queria”, leva a pessoa humana aos poucos à maior das destruições que é a falta de alteridade.

A palavra gentileza, abraça uma lista rica de significados como solidariedade, generosidade, alteridade, bondade, humanidade, compaixao, piedade, empatia… No passado estes sentimento eram conhecidos como filantropia (amor pela humanidade) e caridade (amor do próximo) o que está a significar “coração aberto”. A bondade é aceita somente nas relações familiares de pais para filhos, a capacidade de superar-se e ir ao encontro da fraqueza dos outro e portanto da própria, transformou-se em sinal de fraqueza.

A Sociedade desenvolveu esta fobia pela gentileza e pelo interesse pelo bem do próximo de modo que rejeitam de fazer gestos concretos de bondade substintuindo-os por “boas razões para justificar pro lado bom as próprias faltas de amor.

O caminho certo para ser feliz? qual seria? O Espirito de Deus sopra, define e revela a verdade no coração de seus filhos. Aconselho que nos interessemos seriamente de aprender como aprender a escutar sua voz.

O Senhor te abençoe e te guarde,

seu irmão, Padre Antonio Lima.

Perdoar cura sempre!

12. julho 2015 · Write a comment · Categories: Diario, Espiritualidade, Fé jovem, No Amor de Deus

perdoar_cura_sempreSomos Filhos de Deus. Todos o somos e portanto somos terreno consagrado.

Sempre porém, experimentamos a nossa incapacidade de nos reconciliar, de estar em paz com Deus, com os outros e conosco mesmos. Queremos um coração renovado e de criança, limpo, apaixonado. Precisa pedir perdão e perdoar, para estar em paz com Deus e perdoar as caidas. Se diz que não existe verdadeiro perdão se não se esquece, que è impossivel perdoar do fundo do ser quando voltamos às lembranças das feridas e cresce o rancor, que somente se esquecemos a ofensa, ai podemos recomeçar.

Sabemos que não existem lembranças canceladas na mente. Existem experiências que ficam registradas no subconsciente para sempre. A memória guarda e nos faz reviver se quizermos, tudo o que acreditávamos estivéssemos esquecido. Por isso é necessário separar o perdão do esquecimento que nem sempre podem caminhar juntos.

Perdoar nos cura sempre. Ė a única coisa que cura o coração: perdoar, sermos perdoados e perdoar-nos!

Perdoar é uma graça de Deus que precisamos pedir. Não o esqueçamos, porque humanamente é muito dificil chegar ao perdão verdadeiro. Quantas vezes nos confessamos incapazes de perdoar e acabamos não perdoando? Isso nos arranca do coraçao a alegria de sermos imagem e semelhança de Deus.

Peçamos ao Senhor da Paz, nosso Pai que em tudo quer nos ver em paz, que nos cure sempre que precisarmos das garras da vingança.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Seu irmão, Padre Antonio Lima.

A obra de Maria na Igreja

03. julho 2015 · Write a comment · Categories: Diario, Espiritualidade, Fé jovem, O espirito da Igreja

a_obrade_maria_na_igrejaNa Festa do casamento em Caná, lemos em joão 2,1-2, que Maria estava presente atenciosa e à disposição.

Lá, ela atuou seu papel de Mãe. Ela faz como mulher e mãe seu papel materno, realizando não somente a sua maternidade em relação a Jesus, ela é mãe de todos, sendo a mãe de Jesus: de fato, Sião era considerada como a única mãe que, depois da dispersão do exilio, recolhia os seus filhos na unidade e na paz. Maria, a filha de Sião, é a mãe dos que creem, a mãe da Igreja.

Convidando os servos daquele casamento de Caná a fazerem o que Jesus havia dito, Maria se manifesta mãe que conduz os discipulos à fé no Senhor e preenche de alegria o coração dos esposos. Maria foi aquela que se preocupou com os esposos e iniciou já naquela hora, seu zelo, o que Jesus lhe confiaria da cruz (Jo 19,26-27).

A função materna de Maria diz respeito à vida dos discipulos. Sua presença é simbolo da obra que ela faz até hoje na Igreja. Ser mãe segundo o modelo da aliança de Sião e em relação ao diálogo com Jesus aos pés da cruz.

A obra de Maria na Igreja é a sua maternidade, é seu ser mãe de todos que com amor acolhe, justamente porque ama com amor puro, gratuito e desinteressado. Este tipo de amor é divino e verdadeiro. Ė amor de mãe. De fato, o amor de quem ama divinamente, nao busca o lucro e o interesse pessoal; mas é puro até o ponto que a exemplo de Maria esta pronto a “dar a vida confiando na açao da providência e da misericórdia”.

Assim a oração de S. João Paulo II é considerada a oração de toda familia cristã: « Que a Virgem Maria, como mãe da Igreja, ela é também a mãe da “igreja doméstica”, e graças à sua ajuda materna, cada familia pode ser uma “pequena igreja” na qual poderiamos ver espelhado o mistério da Igreja de Cristo. Seja Ela a serva do Senhor, o exemplo de acoglimento humilde e generoso da vontade de Deus; a mãe das dores aos pés da cruz, a confortar e enxugar as lágrimas dos que sofrem pelas dificuldades em suas familias». (Familiaris consortio, 86).

Se, querendo estar no amor, não se ama, ficamos do lado de cá das jarras de petras… e não acontecerá algum milagre. Enquanto que estando cada um em sua propria condição, do lado do amor ao próximo, como a “Mãe”, vimos transformados em familia de Deus onde as jarras preenchem-se sempre até a boca, e transbordam da presença do Espirito Santo, por meio de Maria.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Seu irmão, Padre Antonio Lima.

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