Rezar e me aprofundar na intimidade com o Senhor

Um tempo para eu me revestir da mulher nova

Capelinha Casa de MariaMorei na Casa de Maria em Queluz em 1995. Naquele tempo se retomava toda direção da formação inicial da Canção Nova. Pensava que já era uma mulher de Deus, mas ali descobri o quanto ainda a mulher velha era enraizada em mim. Minhas misérias vieram para fora. A capelinha da Casa de Maria [foto ao lado] testemunhou quantas lágrimas e quantas experiências profundas com Jesus Eucarístico.

Naquela época não éramos muitos. Márcia Costa era responsável pela formação, mas nos auxiliavam ali como assistentes o Messias, Elzinha, e a Cidinha.

Além de toda formação no Carisma, fomos formados também no campo pastoral. Foram muitas as oportunidades de crescimento, pois visitávamos ali mesmo em Queluz os grupos de oração locais e também em outras cidades. Cresci muito nessas missões. Foi um tempo em que o grupo de oração da Casa era bem frequentado. Também fazíamos atendimentos para o povo da cidade.

Nossas escalas diárias eram as faxinas, a cozinha, as compras. As meninas limpavam a casa dos rapazes. Naquele ano também colhemos café. A Providência nunca nos deixou faltar nada, sempre chegavam doações. Os jovens da cidade também se aproximaram bastante da Casa de Maria naquele ano. Nossas convivências eram os jogos de volei e também os teatros que promovíamos. Em cada aniversário um espetáculo de caracterização a parte: desfile brega, dia do índio, etc… Tínhamos uma boa qualidade de vida fraterna.

A casa de Maria era simples como a casa de Nazaré. Não tínhamos grande conforto, como eu disse, era tudo bem simples. Morei um bom tempo ali nos Bethanias e não tínhamos armário para colocar nossas coisas. A outra casa também tinham problemas com infiltração e mofo, porém isso não me impediu de forma alguma em viver  bem aquele ano.

A cada dia uma formação diferente. Um dia era a trabalhado o Carisma, outro dia a vida comunitária, no outro os documentos da Igreja com professor Felipe Aquino e ainda um dia para conhecermos mais os carismas e trabalharmos o ser evangelizador de cada um. Também tivemos tempos fortes com a presença do Monsenhor Jonas Abib. Ele na época atendia a cada um pessoalmente. Escrevemos nossa história de salvação e todos partilhavam comunitariamente, assim podíamos entender as lutas pessoais que cada um travava.

Deus ali fazia em mim uma mulher consagrada, incompleta ainda, porém muito foi gerado ali aos pés de Jesus e na gruta de nazaré. Vivi um tempo para Jesus, onde aproveitei o tempo livre para rezar e me aprofundar na intimidade com o Senhor. Deus me falou muito e enraizou em mim o “ser Canção Nova”.

Louvo a Deus por esse tempo, pelos formadores e pelos irmãos que muito me ajudaram a desabrochar na minha vocação.

Rogerinha Moreira

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