Solenidade de São José, patrono universal da Igreja

19 de março – Dia de São José

Dia 19 de março, todos os anos, a Igreja comemora São José como pai adotivo de Jesus Cristo, Chefe da Sagrada Família e, portanto, Padroeiro da Igreja e das famílias.

São José foi responsável por guardar Jesus Cristo, durante 30 anos, por proteger Jesus e Maria, ou seja, por isso confiamos que ele protege a Igreja que é o corpo místico de Cristo, que ele é o Padroeiro da Igreja e das famílias.

Deus mesmo leva a Igreja a levantar a importância de São José no século XVI através de Santa Teresa D’Ávila e, também, por meio do milagre de Fátima, nas aparições de Nossa Senhora, quando São José aparece com o Menino Jesus nos braços, abençoando o mundo. Daí percebe-se a missão de São José com a humanidade, com a Igreja de Jesus Cristo.

As profecias falavam de um descendente de Davi. José é dessa descendência e, como nos diz as Escrituras, ele foi chamado de filho de Davi pelo anjo. Ele fazia parte do plano salvífico para o mundo, havia um desígnio Divino para ele.

A Palavra de Deus nos diz que São José era um homem justo. Podemos então concluir que ele não se tornou santo depois de assumir a família de Nazaré, mas antes disso, em toda a sua vida, ele foi preparado para cumprir a missão a qual foi chamado, recebeu a graça santificante para prepará-lo para essa grande missão. Acredita-se que São José já era todo de Deus, já havia recebido a graça santificante enquanto estava no ventre de sua mãe, pois Deus não iria entregar a santidade de Maria para qualquer um cuidar, não daria Jesus, o Santo dos santos, para qualquer um cuidar. E quando Deus dá a missão, dá as graças especiais e necessárias para cumpri-la. São José foi crescendo nessa graça que foi dada a Ele por Deus e isso se deu no matrimônio com a Virgem Maria, pois nesse matrimônio começou a participar das graças que a Virgem Maria também havia recebido de Deus.

São José e Virgem Maria, embora casados, tinham um propósito de viver o voto de castidade a Deus e isso é perceptível na resposta que Maria dá ao anjo Gabriel na anunciação: “como isso se dará se eu não conheço homem algum?”. Ora, ela já estava casada e, ainda que estivesse noiva, ao receber o anúncio do anjo, se ela tinha o interesse de relação com São José, jamais perguntaria isso ao anjo, pois um dia ela iria se unir a José e engravidaria, mas Ela quis ser toda de Deus e guardar a castidade. Portanto, atentemos para o fato de que ela não poderia fazer esse voto sozinha, pois assim não se daria tal união. Logo, concluímos que São José também tinha esse desejo e também fez o mesmo voto a Deus. Sendo assim, o matrimônio existiu, mas em comum acordo do voto de castidade dos dois.

Houve entre eles, um santo matrimônio, havia entre eles uma comunhão espiritual. Esse matrimônio foi uma fonte de graças para São José antes mesmo da encarnação do Verbo. Ali ele já era devoto da Virgem Maria, já conhecia e acreditava em toda a santidade de sua esposa, acreditava na Santíssima e Imaculada Virgem Maria, bem como, Maria também notou a santidade de José e juntos decidiram amar a Deus.

Há uma grande probabilidade de que São José não soube da gravidez de Maria por meio dela, mas que Ela foi encontrada grávida.

Vejamos, a Bíblia nos diz que São José era um homem justo, e, segundo São Tomás de Aquino, por isso ele não julgou Maria, não pensou mal de Nossa Senhora. Acredita-se que São José tenha acompanhado Maria até a casa de Isabel e, provavelmente, ali, ouvindo a exclamação de Isabel, ele ficou sabendo da gravidez de Maria. Sentindo-se indigno de fazer parte desse grande mistério, temeu acolher Maria e por não querer expor Nossa Senhora, São José pensou em deixá-La. São Jerônimo ainda diz que São José não julgou, mas ficou perplexo e confuso, questionando-se interiormente, pensou em despedi-La secretamente. No entanto, ele temia não fazer aquilo que Deus queria e o anjo aparece a ele ordenando que não tivesse medo de fazer a vontade de Deus.

A paternidade de São José era espiritual, vejamos que ele já havia crescido espiritualmente antes da encarnação do Verbo, antes do matrimônio com Maria e a partir do sonho com o anjo, ele assume a paternidade pela graça que o Espírito Santo deu a ele para ser pai adotivo de Jesus Cristo, para que ele exercesse essa paternidade.

A primeira comunhão de São José com Jesus foi quando ele O recebeu em seus braços na noite de Seu nascimento. Ali, com o Menino Deus em seus braços, São José recebe mais graças para exercer sua paternidade.

Sentimentos de amor e adoração devem ter tomado o coração de São José ao ver o Menino Deus e tomá-Lo em seus braços. São José adora o seu Deus humanado que adotou a ele como Seu pai, pois Deus o adotou, São José foi o pai adotado, adotado por Deus para ser o pai virginal e adotivo de Jesus.

Na mesma noite do nascimento, os pastores vão adorar Jesus Menino, ali encontraram Maria, José e Jesus deitado na manjedoura e contam tudo o que ouviram a respeito do Menino.

Imaginemos São José admirado com tudo o que falavam sobre Jesus, tendo em vista que somente Ele e Maria sabiam sobre o Menino. Admirado com os anjos e os pastores que glorificavam a Deus e diziam “Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens de boa vontade”, José recebe essa paz, alegra-se com o fato de Jesus ser glorificado e ao saber que Jesus veio trazer paz à terra.

Como eles estavam em Belém e eram os patriarcas que faziam a circuncisão, tudo indica que foi o próprio José que foi o ministro da circuncisão, fez a circuncisão, ou seja, participou da primeira dor de Jesus Cristo.

Imaginemos também a dor de São José ao saber do sofrimento de Jesus e também de Maria. Aquelas dores também seriam as dores dele e a espada da dor também transpassou a sua alma naquela hora, pois ali soube que Jesus veio para sofrer e morrer pela humanidade.

No Evangelho de São Mateus constata-se que a Sagrada Família após 40 dias do nascimento de Jesus, portanto, após a apresentação do Menino Jesus no Templo, voltam para Belém e abrigam-se em uma casa e, somente depois de completar um ano do nascimento de Jesus, recebem a visita agora dos reis magos que adoram o Menino Deus e levam presentes para Ele, ouro, incenso e mirra. Nessa visita, São José e Maria recebem alegria e consolo de Deus ao verem Jesus adorado e também a providência Divina que vem por meio do ouro que financiou a fuga da família para o Egito, já que Herodes atormentado pelos demônios queria matar Jesus e, por isso, José é avisado em sonho para fugir. José se fez obediente e colocou-se em prontidão de imediato, na sua missão de guardião, de defensor, de protetor de Jesus e de Maria.

Tudo isso nos mostra que São José é protetor das famílias, protetor da Igreja, o terror dos demônios, defende-nos e guarda-nos dos ataques malignos, como defendeu Maria e Jesus dos ataques demoníacos que vieram por meio de Herodes e que existiam no Egito, lugar de idolatria condenada por Deus.

José sonha mais uma vez com o anjo dizendo que poderia voltar para Israel com Jesus e Maria e, tempos depois, é avisado por meio de sonho para ir para a Galileia e vai com eles morar em Nazaré.

Como era de costume, foram a Jerusalém para comemorarem a Páscoa e na volta para Nazaré, não percebem que o Menino não havia voltado. Ao perceberem isso, voltam para procurá-Lo e O encontram no Templo, ensinando aos mestres e doutores da Lei.

E isso surpreende a José e Maria. Nesse momento São José associa-se a paixão de Cristo, às dores de Maria aos pés da Cruz, às dores de Maria durante os três dias de Jesus no sepulcro até a Sua ressureição. São José vive essa dor nessa perda e nesse encontro de Jesus no Templo.

Jesus volta com eles para Jerusalém, mas Ele que não era obrigado a isso, porque era Filho de Deus, se fez humilde, se fez submisso, assumindo a nossa condição humana e foi obediente aqueles que foram instituídos por Deus como Seus pais, que eram autoridade Dele aqui na terra. Jesus via nessa submissão a vontade de Deus, por isso Ele obedecia. Vemos aqui, que a submissão de Jesus a Maria e a José, justifica nossa consagração a eles, se Ele se submeteu, mais ainda nós podemos e devemos fazer isso.

Imaginemos a alegria de São José durante esses 30 anos em que Ele foi cuidado por Nossa Senhora e tinha ali Jesus, que esperava os cuidados, as ordens e as direções dele que era seu pai aqui na terra e a quem Ele era submisso.

São José foi um homem humilde, pois sabia que Maria era mais santa que ele, sabia que Jesus era infinitamente maior e mais santo que ele, sabia que aquele Menino que ele carregou no colo, cuidou, educou, ensinou seu ofício, foi Aquele que o criou juntamente com Deus e com o Espírito Santo, era o seu Criador, por isso ele foi extremamente humilde ao assumir o seu papel de chefe da Sagrada Família.

A tradição nos diz que São José, homem humilde, silencioso, escondido, morre antes de Jesus iniciar a sua vida pública.

Podemos imaginar que São José foi agraciado por convívio tão santo, agraciado por ter Jesus e Maria na hora de sua morte. Morreu humilde e grato a Deus por ter convivido com eles, por ter recebido tamanha Graça Divina.

A tradição acredita que São José e a Virgem Maria foram a Jerusalém para a festa da Páscoa, como era costume dos judeus que faziam isso todos os anos e nesse período José morre.

Acreditamos, como nos diz a Escritura Sagrada que na morte de Jesus na Cruz, os túmulos se abriram e os santos ressuscitaram e, por não termos nada que comprove o túmulo ou relíquia alguma de São José, cremos que ele ressuscitou juntamente com esses santos, pois ele fez a vontade de Deus, viveu a santidade, cumpriu a missão que Deus lhe deu, de fato ele colaborou no plano de salvação.

São José é nosso intercessor junto a Jesus, quer ouvir as nossas orações, cuidar de nós, alcançar de Jesus as graças que pedimos a ele. Ele quer ajudar-nos nas nossas aflições. Ele quer ser também nosso guardião, defensor e protetor contra toda e qualquer força maligna que se levanta contra nós, contra nossas famílias, contra a Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Meu glorioso São José, nas suas maiores aflições e tribulações, não vos valeu o anjo do Senhor? Valei-nos, São José!”

Consagração a São José:

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Testemunho de Ana Paula – Missionária da Canção Nova RJ – Segundo Elo

Tenho várias experiências com São José, mas em 2020, eu tive uma experiência muito forte com ele, sua presença foi muito forte na minha casa. Tenho até uma imagem dele em destaque. Durante a pandemia, eu resolvi fazer uma obra e na minha casa só tem mulheres. Obra não tem nada a ver com aquilo que eu domino, que é área da saúde. Quando comecei a obra veio ao meu coração de pedir a intercessão de São José, consagrei a obra a ele. Em um momento, eu me encontrei meio perdida e o Espírito Santo de Deus me mostrava que não era bem aquilo que eu devia fazer e eu recorri a São José que fosse o homem da minha casa e cuidasse daquela obra, que eu consagrava a ele. São José foi presente em toda a obra, mas tiveram alguns momentos em que ele foi bem presente. Uma delas foi quando eu precisava delimitar alguns espaços no banheiro e um colega do meu trabalho foi me levar uma encomenda e eu o convidei para entrar e ver a obra. Quando ele entrou, me perguntou o que eu queria fazer naquele espaço. Ao responder o que eu pensava, ele estranhou e pegou um pedaço de tijolo, se abaixou e começou a desenhar. Quando ele se abaixou, eu senti a presença muito forte de São José. Ele começou a desenhar e me mostrar que eu ia fazer a coisa errada. Naquele momento eu agradeci o cuidado de São José, a visita dele, pois tanto eu como meu amigo não teríamos aquele dia livre, foi tudo providenciado. Se não fosse aquele dia, eu teria feito do meu jeito, teria feito errado e me decepcionado.

Outro momento importante foi quando o pedreiro deixou quebrar a pedra mármore e eu comprei outra pedra. No dia que a pedra ficou pronta, foi cobrado um valor para entregar muito mais alto que o valor da própria pedra. E foi aí que eu recorri a São José e disse que ele era o homem da minha casa. E logo depois disso meu telefone tocou e a menina da vidraçaria disse que um rapaz ia levar a porta do box e, então, ao perguntar se o rapaz poderia levar a pedra que estava na loja ao lado da deles tive meu pedido atendido de imediato sem que me cobrassem esse serviço. Vi também aí a providência de São José, o cuidado dele naquilo que eram as minhas necessidades.”

FONTE: Curso – “Glorioso São José” – Padre Paulo Ricardo – padrepauloricardo.org