Eucaristia: nossa defesa em tempo de batalhas

A Eucaristia nos orienta em todas as situações

Na Canção Nova, a Eucaristia não é vivida somente aos domingos ou em celebrações importantes na Igreja, mas ela é a fonte e o cume da nossa vida. A Missa orienta o nosso dia, por isso nos esforçamos para participar dela logo pela manhã.

A Eucaristia dirige os nossos trabalhos e a vida comunitária, porque, como diz Jesus em Mt. 5,23: “se estiveres levando a tua oferenda ao altar e ali te lembrares que teu irmão tem algo contra ti, deixa tua oferenda diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então, vai apresentar a tua oferenda”.

A Eucaristia tem uma importância fundamental em nossa vida, por isso não é uma opção como “quando dá, eu vou”. Ela é a fonte que alimenta a nossa consagração, que orienta para não nos desviarmos da Vontade de Deus para as nossas vidas. Padre Jonas tem uma frase e nós sempre a repetimos, principalmente nos nossos maiores desafios e dificuldades: “Quem não adorar, não vai aguentar!“.

Eucaristia: defesa em tempo de batalha

Santa Clara de Assis, durante um momento dramático e turbulento da história da Itália, nos dá um forte testemunho. Os muçulmanos queriam invadir a Itália, Roma e o Vaticano, destruir as igrejas e os lugares santos. Eles já haviam feito isso na Terra Santa. Então, aqueles homens avançaram em direção a Assis, mas eles se aproximaram primeiro do convento de São Damião, que ficava no meio do caminho. Planejavam entrar, matar as monjas e destruir o convento. Quando começaram escalar os muros e estavam prestes a invadir o lugar onde viviam as irmãs, elas correram apavoradas para o quarto de Santa Clara, que estava muito doente.

Santa Clara afirmou, com toda fé, às irmãs que Jesus as salvaria. Então, pediu que as irmãs a colocassem de pé diante na porta principal de entrada do convento. Ela levou consigo uma pequena caixa de marfim com Jesus Sacramentado. Com este pequeno invólucro da Eucaristia nas mãos e as monjas ao seu lado, pediu fervorosamente a Deus que livrasse suas filhas e todo o convento daquela crueldade.

Depois de alguns minutos em silêncio, ouviu uma voz que saia do invólucro: ‘Serei sempre o Seu Guarda!’. Assim que os soldados viram a Eucaristia, um pânico tomou conta deles e os fez correr em retirada. É por causa deste episódio que a imagem de Santa Clara tem um ostensório ou um invólucro em suas mãos. Mas essa fé de Santa Clara é porque ela acostumou o seu coração a confiar em Jesus, a adorá-Lo em todas as situações, a receber Jesus na Eucaristia, e com isso o próprio Jesus foi transformando o coração de Santa Clara num coração adorador.

“Se vos possuo, nada mais me atrai”

Padre Jonas nos ensina em seu livro “Agora meus olhos te viram” que “podemos adorar o Senhor com toda a nossa vida, em nossos grupos de oração. É possível adorar sozinho no seu quarto, mesmo nos afazeres na casa – limpando, lavando ou cozinhando. A graça da adoração toma você por inteiro mesmo durante um trabalho, porque adorar a Deus é fazer todas as coisas por Seu amor.” 

Mas, “se vos possuo, nada mais me atrai” (sl. 73 (72), 25). Jesus quer entrar em comunhão, quer viver conosco, quer caminhar conosco, quer estar em todas as situações da nossa vida. Quando participamos da Eucaristia e comungamos, experimentamos a salvação de Jesus. O Mistério da Sua Paixão, Morte e Ressurreição entram nós e produz vida nova. Experimentamos e comungamos o seu Amor.

Eucaristia, fonte e cume da nossa vida

É mais do que um banquete, é um sacrifício

A cada Missa, Jesus nos faz um convite: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Ap. 3,20). É por isso que nossa presença na celebração eucarística precisa ser profunda e fervorosa, pois é o próprio Jesus que se dá como alimento.

Quantas vezes participamos da Missa de forma desatenta, nossos pensamentos voam ou então nem desligamos o celular, e ficamos ali distraídos com as notificações. Ou ainda, quando procuramos uma missa “rapidinha” para cumprirmos com a nossa obrigação, estamos ali, mas de corpo presente, porque o nosso coração está em outro lugar. Estamos muito relaxados. Nossa mentalidade precisa ser mudada! A missa é um banquete íntimo, no qual Jesus põe sobre a mesa o seu próprio corpo e o seu próprio sangue. É mais do que um banquete, é um sacrifício. 

A Eucaristia apressa a Vinda do Senhor

O Catecismo da Igreja Católica n. 1104 nos ensina que “a liturgia não se limita a recordar os acontecimentos que nos salvaram”, mas os torna presente. E o CIC 1107 continua:  o poder transformante do Espírito Santo na liturgia apressa a vinda do Reino… Na expectativa e na esperança. 

O CIC 1130 diz que, participando da liturgia, participamos do desejo de Jesus: «Tenho ardentemente desejado comer convosco esta Páscoa […], até que ela se realize plenamente no Reino de Deus» (Lc 22, 15-16). Alimenta em nós o desejo de estarmos preparados, até que Ele venha.

A Eucaristia é a nossa esperança, de céus novos e terra nova. Ela é a garantia segura e um forte sinal. Ela é o remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas viver em Jesus Cristo para sempre» (CIC 1405)

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Eucaristia: nosso maior presente

No livro ‘Eucaristia, nosso tesouro’, padre Jonas nos ensina a reanimar o nosso zelo pela Eucaristia. Precisamos voltar a participar da Missa com ardor, com fé e gratidão, tendo consciência de que comungamos o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus. 

Agradeçamos muito a Jesus por esse grande presente, que é a Eucaristia:

Quero ouvir a tua voz e reanimar o meu zelo, a minha fé. Quero intimamente unir-me a ti, Senhor, em cada Eucaristia.  A Eucaristia é um presente para mim, por isso não quero mais participar com relaxamento. Quero ser fervoroso. Reanima-me, Senhor!

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