Carnaval também é momento de se aproximar de Deus

Carnaval é um momento anterior ao início da Quaresma. Sua origem não é unânime, assim como não o é o significado de sua palavra, pois alguns dizem que a palavra deriva de carne vale (adeus carne), e outros de carne levamen (supressão da carne), uma vez que a Quaresma, período de reflexão espiritual, por ser uma época de maior vivência do jejum e abstinência, de 40 dias, precisaria de uma preparação, um momento “prazeroso” de “engorda”, como uma preparação para o momento de interiorização.

O nome sugestivo Carnaval impulsiona para que as pessoas aproveitem esse tempo para comer ao máximo e aproveitar ao máximo a vida, para então entrar no período de retorno a Deus, oração e santidade. No Carnaval, as máscaras carnavalescas permitem às pessoas se esconder das atitudes que têm, dos pecados que cometem, como que não querendo se mostrar como responsável pelos pecados que estão sendo cometidos. Como que dizendo que um “outro eu” é quem está fazendo tudo aquilo

Esse momento, tem sido vendido para nós como um tempo de esbórnia e bebedeira, quando, cada vez mais, as pessoas têm buscado a satisfação prazerosa, onde a frase “tudo é permitido” tem sido muito proclamada e divulgada.

Tornou-se um tempo de fantasia, isto é, que não corresponde à realidade, mas que é fruto da imaginação, onde os sonhos pecaminosos tentam vir para fora para se tornarem realidade através de um eu fictício, com máscaras para mostrar que não é o eu real que está realizando aquilo.

Mas esse tempo de fantasia deixa marcas, pois nossa identidade real nunca se desvincula de nós. Não é como um objeto que deixamos na gaveta por 4 dias, e, depois, no 5º dia, pegamos de volta. Não, interiormente nosso eu é muito machucado, confrontado com atitudes que não dizem de nós, da nossa raiz, do nosso interior.

O Papa Bento XVI diz que “o real é o espiritual”. Com isso, essa oportunidade de pecado que damos com o Carnaval, que pensamos ser uma simples fantasia, um simples momento, dá oportunidade para que o Real, que é o espiritual, o maligno, possa agir gerando marcas, dores, angústias, pois essa fantasia não preenche, mas, ao contrário, afasta-nos de quem nos preenche.

O real, que é o oposto da fantasia, significa aquilo que existe de fato; verdadeiro. Bem irmãos, o real é que Deus nos fez para Ele e nosso coração sempre estará inquieto enquanto não repousar Nele, como dizia Santo Agostinho. Esse é o real que precisamos viver, mesmo no Carnaval, retirando as máscaras reais, ou as máscaras que não combinem com o eu real que somos.

Missionário da Canção Nova

Veja que real também tem um outro sentido: pertencente ou relativo ao rei ou à realeza, ou próprio dele ou dela. Somos filho do Rei, somos da Realeza e não condiz com membros da realeza comer qualquer alimento. Precisamos comer alimento que nos faça crescer, que nos faça melhorar, que gere vida em nós, mas o que temos visto é que o Carnaval tem entrado em nossas mentes incentivando-nos para vivermos somente a Fantasia e isso tem destruído o interior daqueles que “compram” essa informação.

Venho convidá-lo a dar uma resposta diferente. Faça desse Carnaval um momento de se aproximar de Deus para buscar forças para bem viver a Quaresma, para bem viver esse tempo tão rico de estar mais próximo de Deus: venha para o retiro de Carnaval da Canção Nova, no Rio de Janeiro, onde viveremos essa preparação, onde ruminaremos a Palavra de Deus para que Ele venha nos encher de graça, alegria e amor.

Deus abençoe!

Junior Alves
Segundo Elo da Comunidade Canção Nova

Rebanhão de Carnaval – Rio de Janeiro

Data: 14 à 17 de Fevereiro

Horário: 14/01 (Sáb) às 14h e 15 à 17 (Dom, Seg e Ter) às 8h30

Local: Paróquia São José Operário

Endereço: Rua Barão de Triunfo, 393 – Realengo – Rio de Janeiro

Informações: 3171-1060 ou pelo site: rio.cancaonova.com