Saibamos viver a dor como a ostra…

Há momentos na vida em que precisamos passar por um tempo de lapidação, ou seja, deixar-se lapidar por Deus como um diamante, que é “burilado” até que alcance sua purificação total. Sem dúvida, não é fácil passar por esse processo; é um tempo de dor, renúncia, espera, confiança, abandono e silêncio. É um tempo de escuridão. Muitas vezes, achamos que Deus nos abandonou e que os amigos também nos abandonaram… Temos a impressão de que o mundo caiu sobre nossa cabeça.

Entretanto, é aí que chega o ponto mais alto de nossa purificação, quando tocamos na misericórdia de Deus, e nos deparamos com nossas misérias e reconhecemos que, sem Ele, não somos nada e que o próprio Senhor permite determinadas situações para que adquiramos têmpera.

O mais lindo de tudo isso é quando olhamos para nossa história e aprendemos a valorizá-la e a reconhecer que ela tem valor, que vale a pena amar mesmo em meio às decepções da vida, que somos capazes de amar mesmo quando não souberam nos amar… Que somos capazes de fazer alguém feliz porque somos amor.

Não podemos desistir de tudo aquilo que Deus tem para cada um de nós, não podemos “nos dar ao luxo” de desistir dos planos do Senhor, mesmo trazendo marcas de dores profundas, da saudade… Devemos ter fé e esperar no “novo” que vai chegar: “Mesmo quando a visão se turva e o coração só chora mas na alma há certeza da vitória”(…). A vitória é certa para aqueles que depositam sua confiança em Deus.

Saibamos viver a dor como a ostra, pois ela reage à areia, que a invade e a fere no seu interior, de forma nobre… Transforma essa agressão em uma pérola de grande valor e rara beleza. Pense nisso! Sua história é linda.

Elizângela Pereira
(Com. Canção Nova – Campos RJ)