E o sexo? Qual significado ele tem ou deveria ter?

O que digo quando faço sexo?

Toda palavra é uma tentativa de comunicação. Todo gesto traz em si uma forma de se comunicar. Um aperto de mão, aqui no Brasil, é sinal de cordialidade. Para o gaúcho, dar uma cuia de chimarrão para alguém tomar é, no mínimo, dizer “pode fazer parte de nossa roda de amigos”; tomar um café oferecido por um mineiro é aceitar o acolhimento oferecido por ele.

E o sexo? Qual significado ele tem ou deveria ter?

Gestos brasileiros comunicam muita coisa. Mas se observarmos outras culturas teremos diferentes gestos que falam muito. Na cultura tibetana, por exemplo, algumas tribos cumprimentavam-se mostrando a língua em sinal de que jamais pronunciariam palavras ofensivas contra o amigo. Já os nativos de Nova Guiné, quando uma pessoa querida vai embora, eles se despedem chorando e enlameando-se totalmente. Gestos que trazem muito significado para eles.

Digo: “Dou-me e recebo em vista de um ‘para sempre’”. Todo encontro nos marca para sempre, ainda mais uma relação sexual! Mas o que acontece depois de algumas relações sem compromisso? Você veste suas calças, dá um beijo de adeus (talvez) e não a vê mais.

Ou você vai me dizer: “Adriano, estamos juntos há três anos. Temos relações sexuais e a certeza de que iremos nos casar”. Então, eu lhe digo que ainda está “ruidosa” essa relação sexual, pois com a alma e corpo vocês dizem “somos inteiros um para o outro”, mas como somos seres espirituais, falta a parte de Deus nessa relação, falta o compromisso frente a Ele, diante do altar que tudo eleva à plenitude. Então, meu caro, ainda não é total esse sexo.

Quando Deus diz que o sexo é entrega total em vista de um “para sempre”, ele coloca um ingrediente indispensável para tal objetivo: o amor.

O amor ordena sentimentos, emoções, impulsos sexuais em vista de uma entrega total e para sempre de duas pessoas que se amam. Quando namoramos e nos guardamos para o casamento, o amor nos educa para protegermos a pessoa amada, nos faz esperar para nos darmos por inteiros e de maneira definitiva. Quando casamos e vamos para as núpcias, o amor nos leva a tocar na total entrega de duas pessoas que se amam; entrega não só dos corpos, mas das almas em uma profunda sintonia de espírito. O Espírito Santo, ali presente, sela aquele amor em torno do eterno!

Você, então, pode dizer: “ Você está dizendo que sexo é isso, mas para mim sexo é só momento de extravasar e pronto!”.

Desculpe-me, mas quem criou o sexo foi Deus, e como fabricante ele deu o “manual de instruções”. Não o ler ou interpretá-lo segundo o que você pensa, pode fazê-lo não viver a plenitude de tudo o que o espera.

Muitos querem viver a sexualidade como um “não” à pessoa. Não há uma sexualidade sadia sem uma perfeita ordem de amor.

O amor promete o ‘para sempre’, e o sexo será, no casamento, um dos gestos de dar-se por inteiro a quem se ama!

Tamu junto!

Adriano Gonçalves