Veja essa passagem do Livro dos Salmos: “Vem em nosso auxílio contra o adversário, porque vã é a  salvação o homem. Com Deus faremos prodígios, ele esmagará os nossos inimigos” (Sl 108,13-14).

O adversário do qual fala esse trecho do Evangelho não são os inimigos humanos, nem as pessoas eu se opõem a nós ou nos perseguem. O adversário é satanás. O Senhor nos revela que é vão qualquer socorro humano. O que nos ajudará é o socorro sobrenatural, que vem unicamente de Deus. Precisamos que Ele esmague os nossos inimigos.

“Com Deus faremos prodígios, Ele esmagará os nossos inimigos”. Dizer que realizaremos prodígios significa que coisas extraordinárias acontecerão; não por nós mesmos, mas com o Senhor ao nosso lado!

Moisés conduziu o povo israelita até a terra prometida. Porém Deus já havia lhe revelado que ele não entraria naquele local. Quem entrou conduzindo o povo foi Josué. Deus realizou maravilhas através dele, como desmoronar as muralhas de Jericó para que o povo israelita tomasse posse daquelas terras. Depois de quarenta anos e sofrimento e peregrinação até a terra prometida, e de toda a escravidão sofrida no Egito, o povo tomou posse de sua terra e, enfim, pôde prosperar.

Num certo momento de paz e prosperidade, começaram a juntar-se com povos vizinhos e foram influenciados pelos pagãos. Cobiçavam suas riquezas, seus esplendores, sua vida e seus costumes. Vendo tal situação: a quem seguiriam.

Esse não é um fato que pode ficar isolado no passado. Vivemos hoje como no tempo de Josué. Também a nós o Senhor impõe uma decisão:

Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o de coração

íntegro e sincero. Lançai fora os deuses a quem os

vossos pais serviram do outro lado do rio Eufrates

 e no Egito e servi ao Senhor. Contudo, se vos desa-

 grada servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis

                                                 servir […] (Js 24,14-15ª).

Deus não podia aceitar que aquele povo ficasse pulando nos dois galhos da forquilha, como passarinho.

Era preciso decidir!

A cada um de nós o Senhor faz essa mesma proposta e espera uma resposta: “Escolhei hoje a quem quereis servir”. Ele mesmo quer nos conduzir a uma decisão consciente, sem sermos motivados pela emoção. Guiados pelo Espírito Santo, precisamos tomar uma decisão real, objetiva, concreta e que nos leve à vida.

“Quanto a mim e a minha família, nós serviremos ao Senhor” (Js 24,15).

Trecho tirado do livro de Monsenhor Jonas Abib:

Eu e minha casa serviremos ao Senhor.

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