Mês das Vocações

Vocação Canção Nova, uma escolha feita no coração de Deus.

Vocação é um dom gratuito de Deus, dado de forma particular para cada um.

É muito importante que trilhemos um caminho de descoberta, pois quando realizamos a vontade de Deus e a nossa vocação, nos realizamos interiormente e encontramos o sentido da vida.

A primeira vocação que recebemos é a vida; a segunda, é o chamado à santidade que todo cristão recebe de Deus e depois existem as vocações
específicas dentro de um campo profissional.

Contudo, existe também a vocação cristã, como é o caso da vocação ao matrimônio, à vida religiosa, ao
sacerdócio, ou seja, é Deus quem nos inspira, é Ele quem nos vocaciona e coloca em nós essa iniciativa.

A partir do “sim” de um sacerdote que, conquistado pelo Senhor e movido pelo Espírito Santo, ousou fazer também um chamado aos jovens em 1977 para
seguirem mais de perto a Cristo, nasceu a comunidade, e em 02 de Fevereiro de 1978 começaram a viver juntos em comunidade, realizando a cada dia a
vontade de Deus na missão de evangelizar.

Ao longo dos anos, muitos outros foram chegando, cada um a seu tempo e, junto aos primeiros, protagonizam esta linda história.

Muitas vidas se entrelaçam e, unidos por vocação, homens e mulheres, jovens, casados e solteiros, sacerdotes e celibatários assumem, de forma integral, a missão de evangelizar e salvar almas para Deus.

E você já descobriu o chamado de Deus em sua vida? Que tal fazer este discernimento com a Comunidade Canção Nova?

Para saber mais enviei um email para: vocacionalcampos@cancaonova.com .

 Conheça um pouco do testemunho de Andreia, celibatária, membro da comunidade Segundo Elo em Campos dos Goytacazes:

A “santa inquietude” de um coração celibatário

 

Meu chamado ao celibato aconteceu no mesmo dia em que Deus me chamou ao Carisma Canção Nova: 03 de janeiro de 2011. Eu estava na capela da Paróquia São José do Avahy, em Itaperuna/RJ (minha cidade natal), fazendo uma revisão de vida e pedi a Jesus que me desse uma direção.

 

Foi quando o Espírito Santo me levou a pegar o livro, que minha catequista e madrinha de Crisma tinha me dado: “Fala, Jesus, meu coração Te escuta” (de Rosa Maria Aguirre – Edições Loyola). Abri na página 11 e me deparei com o texto intitulado: “Atração Espiritual (Noivado) / Chamado”.

 

Durante a leitura, eu não consegui perceber, de imediato, o chamado ao celibato, mas somente ao Carisma Canção Nova. Reconheço nisto um desígnio de Deus, já que eu ainda não estava preparada para acolher toda a vontade do Senhor a meu respeito.

 

Durante meu caminho vocacional (anos de 2012 e 2013), eu já me sentia impelida a encontrar o meu estado de vida, especialmente quando ouvia esta frase do Pe. Jonas: “O carisma e a missão só serão vividos, plenamente e com eficácia, no estado de vida para o qual Deus nos chamou.” (ND nº 117 – Estatuto Semente).

 

Mas foi somente em 2016 que adentrei no processo de descoberta do meu estado de vida. Em julho daquele ano, quando participei da JMJ na Polônia, uma irmã de comunidade me perguntou se eu já havia pensado em ser celibatária e eu respondi que não. Vi naquela pergunta uma provocação de Deus para mim!

 

A partir daí, através de retiros de cura interior e também por meio de atendimentos com uma psicoterapeuta, o Senhor foi retirando de mim os entraves, que me impediam de reconhecer a vontade Dele para minha vida.

 

No dia 01 de janeiro de 2018, na capela da Sagrada Família, em Cachoeira Paulista/SP, decidi perguntar ao Senhor para qual estado de vida Ele me chamava e Ele me respondeu: “Pois, agora, Eu é que vou seduzi-la, levando-a para o deserto e falando-lhe ao coração. Eu me casarei contigo para sempre, casamos conforme a justiça e o direito, com amor e carinho. Caso-me contigo com toda a fidelidade e então conhecerás o Senhor.” (Oseias 2, 16. 21-22).

 

Por um desígnio de Deus, esta resposta já estava contida naquele texto da página 11 do livro que mencionei: “A Sagrada Escritura, através dos Profetas, fala, muitas vezes, desse “Amor de Aliança de Deus”, “Amor de Noivado”, como lemos em Oseias.”

 

Meses depois, em junho de 2018, Deus providenciou que uma missionária (que, na época, era a conselheira responsável pelos celibatários da Canção Nova), viesse ministrar um retiro em Campos dos Goytacazes/RJ. Eu então tive a oportunidade de conversar com ela sobre o meu chamado à vida celibatária e, sob sua orientação, li o documento: “O Celibato pelo Reino dos Céus na Canção Nova”. Assim pude fazer uma experiência profunda com o amor de Deus, que confirmava que Ele havia colocado em mim este maravilhoso dom, que é o celibato.

 

Ainda em 2018, iniciei o caminho de discernimento, que culminou com o meu Compromisso Definitivo no Celibato, no dia 03 de janeiro de 2023, na minha paróquia de origem, onde toda esta história começou.

 

O meu Compromisso Definitivo no Celibato foi o primeiro a ser realizado após a páscoa do Pe. Jonas Abib em 12 de dezembro de 2022. Pe. Roger Luís da Silva, que presidiu a Santa Missa, proclamou durante a homilia que este fato traz uma marca muito importante para mim: ser a “Celibatária do Advento.

 

Com minha vela acesa, quero viver permanentemente em estado de uma ansiosa e feliz espera pelo Esposo, ajudando a preparar um povo bem disposto para a segunda vinda gloriosa de Jesus. Que agora esta seja a única inquietude do meu coração e que a aliança feita com o Esposo no Compromisso Definitivo do Celibato me faça desejar, ardentemente, todos os dias: “Maranata! Vem, Senhor Jesus!”

 

Por isso, como Santo Agostinho, só posso dizer: “Fizestes-me, Senhor, para Vós, e o meu coração vive inquieto, enquanto não repousar em Vós.”

ANDREIA DA CUNHA MARREIROS

Membro do Segundo Elo 

Frente de Missão de Campos dos Goytacazes/RJ

VOCAÇÃO A SANTIDADE

Existe um projeto divino a nosso respeito: um projeto de felicidade! Reconhecer a vocação para a qual Deus nos chama é habitar esse projeto. Deus, quando nos cria, cria-nos com uma identidade que diz das características específicas, dons e talentos que Ele nos dá, tornando-nos capazes de responder à vocação, ao chamado que Ele nos faz.

Às vezes, passamos a vida toda voltados para fora, para o que é material, intelectual, mas não olhamos para o nosso ser, e, portanto, não nos encontramos com a nossa vocação. Vocação é um chamado de Deus, não se resume em uma atuação profissional, não acontece no que fazemos somente, diz de quem nós somos. É um dado de criação, está na nossa identidade.

Só aquele que nos cria pode nos vocacionar. E se quem chama é o Senhor, é só a partir de uma relação com Ele que podemos reconhecer nossa vocação. Somente diante de Deus o homem pode conhecer a si mesmo. Não se descobre nem se vive uma vocação fora da oração, da relação com Deus. Toda vocação nasce da relação com Ele, onde tomamos consciência de quem nós somos e de quem Deus é. É na caminhada com Deus que vai se revelando o Seu projeto a nosso respeito.

Você conhece o projeto de Deus para sua vida?

O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 1878, ensina-nos que “todos os homens são chamados ao mesmo fim: o próprio Deus”. Essa é a essência da vocação de todos nós: somos chamados a existir n’Ele, e todo o nosso viver precisa ser para estar com Ele, até que um dia estejamos unidos na eternidade que nos espera. Contudo, temos um caminho a percorrer até lá, e a esse caminho chamamos de santidade, nossa primeira vocação.

Papa Francisco, na exortação Gaudette Exultate, relata que “todos somos chamados à santidade”. Existe um caminho onde Deus deseja nos encontrar e nos santificar, esse caminho diz do projeto de Deus em relação a nós. Na nossa liberdade para escolher, acabamos por conquistar muitas coisas, fazemos os nossos próprios projetos e não nos abrimos a conhecer o projeto de Deus para nós.

O projeto d’Ele será sempre uma proposta, nunca uma imposição. Ele não nos faz marionetes. Deus se revela de maneira concreta na nossa vida. Faz-nos capazes de compreender os Seus desígnios a partir da ação do Espírito Santo em nossa inteligência e, em seguida, por meio do mesmo Espírito, convida nossa vontade a responder ao Seu chamado. Porém, a escolha, a adesão, é sempre nossa. Não seremos punidos se não acolhermos esse chamado, mas, como Pai insistente, Ele continuará nos convidando a todo tempo a sermos aquilo que Ele sonhou a nosso respeito.

Somente quando nos sabemos amados, somos capazes de responder ao chamado. Viver a vocação é uma aventura que exige: confiar, esvaziar e deixar. Só deixa algo aquele que encontrou “o Amor”. É preciso passar pelo olhar amoroso de Deus. Ele nos criou, amou-nos, e por este amor nos deseja uma vida de felicidade. Como diz São Paulo: “O amor lança fora todo temor”. Só por amor somos capazes de responder Àquele que nos amou primeiro, pois, em Seu amor somos convencidos de que Seus projetos em relação a nós são projetos de felicidade, e sempre serão melhores que os nossos.

Marcela Cunha

Missionária da Comunidade Canção Nova

A IMPORTÂNCIA DA PATERNIDADE

A vida humana nasce do amor de um homem e de uma mulher, que se unem por meio do ato conjugal e participam da criação divina.

No ato da fecundação do feto, o homem se torna pai, porque gerou, em conjunto com a mãe, uma nova vida. O pai é quem gera uma vida, faz crescer essa criança, sustenta-a e a mantém; embora, muitas vezes, isso nem se perceba ou as situações do cotidiano e suas fraquezas humanas obscureçam essa condição.

A pessoa do pai, por si só, tem uma dignidade própria e indiscutível para seu filho. Por isso, o quarto mandamento da Lei de Deus afirma a necessidade de honrar pai e mãe. Honra-se somente aquilo que se reveste de uma importância inestimável.

A presença de um pai na vida do filho traz para este o equilíbrio necessário para viver bem sua vida. Nós observamos quanto sofrimento existe para aqueles que perderam os pais quando ainda eram crianças, toda a carência afetiva e
emocional gerada, até de forma inconsciente, na vida deles.

O pai representa para o filho segurança e proteção, e isso acaba perdurando durante toda a vida. Nesse contexto, podemos nos questionar: “Será que temos dado a devida
importância para a presença do nosso pai em nossa vida?”.

Vemos jovens que se acham autossuficientes e, por isso, deixaram de ter tempo para uma conversa com os pais, de procurar ouvir os seus conselhos, de querer fazer alguma coisa juntos. Mas eu tenho visto que esse fato acontece quase
sempre, porque muitos filhos perderam um olhar mais profundo para seus pais.

Às vezes, vemos uma pessoa a partir do seu exterior, que pode estar recheado de erros, de imperfeições, pecados e vícios. Mas um pai é muito mais que tudo isso, e precisa ser visto como pai. Ele até pode errar, mas não deixa de ser pai.

Por outro lado, quando o pai falta, a vida parece que perde o sentido. Eu notei isso em mim, quando meu pai faleceu. E deixo meu testemunho: meu pai foi meu melhor amigo, e embora sua ausência me faça sofrer muito, percebi que pude honrá-lo e respeitá-lo.

Uma dica a você: dê importância para a presença de seu pai na sua vida. Não perca tempo! É hora de você olhar para seu pai, para a essência dele e valorizar sua presença.

Diácono Paulo Lourenço
Membro da Comunidade Canção Nova – Segundo Elo

UM MÊS DEDICADO ÀS VOCAÇÕES

A cada domingo a celebração litúrgica é dedicada a uma vocação específica. Normalmente a própria liturgia da Palavra de cada dia, em especial a dos domingos, dá o tema principal da reflexão e meditação trazida para alimento do povo de Deus. É costume, neste mês, comemorarmos as diversas vocações a cada semana.

Primeiro domingo: é o dia das vocações sacerdotais. Atualmente também se comemora o dia das vocações diaconais, ou melhor dizendo: dia das vocações aos ministérios ordenados. Essa comemoração se deve ao fato de no dia 4 de agosto celebrarmos o dia de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, patrono dos padres; e, no dia 10 de agosto, o dia de São Lourenço, patrono dos diáconos.

Segundo domingo: por imitação do segundo domingo de maio – no qual é comemorado o Dia das Mães – temos o Dia dos Pais. Sabemos que no Brasil esse dia é comemorado porque antigamente no dia 16 de agosto celebrava-se o dia de São Joaquim, pai de Nossa Senhora e, por isso, adotou-se esse dia e depois o domingo para essa comemoração. Devido a esse fato, nesta data é comemorada a vocação matrimonial.

Terceiro domingo: recorda-se a vocação à vida consagrada: religiosos, religiosas, consagradas e consagrados nos vários institutos e comunidades de vida apostólica e também nas novas comunidades. Essa recordação é feita porque no dia 15 de agosto celebramos o Dia da Assunção de Maria aos céus, solenidade que aqui no Brasil é transferida para o domingo seguinte.

Quarto domingo: é nesta data que se comemora o Dia do Catequista, daí a comemoração do dia da vocação do cristão leigo na Igreja, tanto na sua presença na Igreja como também em seu testemunho nos vários ambientes de trabalho e vida. O dia do cristão leigo voltará a ser comemorado no último domingo do ano litúrgico, domingo de Cristo Rei.

Ao participarmos dessas celebrações não podemos nos esquecer da vocação primeira e mais importante de todas: a vocação à vida cristã e, consequentemente, à santidade! Todos somos vocacionados à santidade e fora desse caminho não temos como viver bem qualquer que seja a nossa vocação pessoal.

Fonte: wiki.cancaonova.com