Semana Santa e Tríduo Pascal em tempo de pandemia

Vivemos a Semana Santa como várias igrejas no mundo sem a presença física de nossos fiéis. Algo muito dolorido, mas seguimos com obediência o que nos é passado pelo nosso Bispo, pois quem obedece não erra.

Assim seguimos as orientações passadas e celebramos nosso Tríduo Pascal sem a presença da comunidade, somente com os moradores da casa paroquial. Claro que sabemos que a Igreja em muito mais que um prédio. A Igreja é todo o povo de Deus. Muitos dos nossos fiéis celebraram em casa junto a sua família, como dizia São João Paulo II: A Igreja Doméstica!

Aqui no Zobwe celebramos com todo zelo e amor todas as celebrações. O padre Marcos Valadares preparou de maneira muito zelosa o espaço litúrgico. O Cristian tocou e cantou nas Missas e alguns jovens que moram conosco no terreno da paróquia estiveram presentes para acolitar na Missa.

Assim celebramos nossa Quinta-feira Santa. A Missa da Ceia do Senhor e do Lava-pés, que neste ano foi omitido. Na Sexta-Feira Santa, vivemos a Celebração da Paixão e adoração da Santa Cruz e no Sábado a noite a nossa Vigília Pascal, celebrada de maneira muito digna, com a alegria da proclamação da Páscoa do Senhor seguida pela Missa Dominical.

É certo que é muito estranho e doloroso celebrar o ponto mais alto de nossa fé sem o povo de Deus. Mas são situações necessárias para nosso bem e bem do povo, são tempos difíceis que irão passar.

Já temos a certeza de nossa vitória: Cristo ressuscitou! Aleluia, Aleluia!

Feliz Páscoa!

 

Padre Ademir Costa

Missionário CN Moçambique

Aproximando-se as festas natalinas, um grupo de amigos brasileiros da Cidade de Tete, subiu as montanhas de Zobuè para promover um Natal Feliz para as nossas crianças carentes da vila.

Estes nossos amigos e amigas se movimentaram por mais um de mês para fazer esta festa para as nossas crianças. Estiveram envolvidas quase 40 pessoas e vieram ao Zobuè no dia do evento mais de 30 benfeitores. Estes deixaram suas casas e seus serviços a mais de 120 km daqui para promover este lindo ato de caridade.

Assim no sábado dia 30 de novembro chegaram em comitiva a nossa vila trazendo muito mais que presentes, trazendo um profundo desejo de doação e de amar esses pobres. Fizeram um bonita festa em nossa paróquia. Muitos lanches, doces, presentes… E muito mais que isso, muito carinho e amor para essas crianças.

Um dia para ficar marcado em nossa vida, quase 500 crianças a brincar, lanchar e se divertir. É uma diversão para eles estar com os azungos – homens brancos, se fazendo um com eles.

Não temos muitas palavras para descrever e agradecer pelo que foi este dia para a Paróquia de Zobuè. Mas a certeza que “há mais alegria em dar que em receber”. E esses irmãos porque muito amaram, receberam muito amor destas crianças. E em saber que nossa recompensa é o Reino do Céus, pois “o amor cobre uma multidão de pecados”.

Minha profunda gratidão. “Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro”. Aqui em Moçambique, louvo a Deus por ter encontrado estes tesouros. Obrigado meus amigos!

Deus vos abençoe imensamente!

Padre Ademir Costa

A língua oficial de Moçambique é o português. Mas se fala dezenas ou centenas de línguas ou dialetos ligados as muitas etnias do país.

Aqui na Vila de Zobuè fala-se o português e o dialeto chewa, também chamado de nianja. Um dialeto que falado em toda a República do Malawi, partes da Zâmbia e do Zimbabwe e toda essa nossa região de montanhas ao norte da Província de Tete em Moçambique.

Em Zobuè na área “urbana” muitas pessoas tem dificuldades com a língua portuguesa, mas ainda consegue se comunicar alguma coisa em português.

Agora, nas aldeias? Esquece! Praticamente toda a comunicação é em dialeto.

Vocês me perguntam: Como faço para evangelizar essas aldeias? Como celebro Missas? Como faço as homilias?

Deus provê tudo!

Quando vamos para essas aldeias, sempre vai conosco nativos que falam o português e o dialeto, estes fazem nossa tradução e facilita nossa comunicação com o povo. A Missa, eu consigo celebrar na língua chewa, mas celebro algumas Missas em português. Quanto as homilias, faço em português e os anciãos da comunidade me ajudam em traduzir-me ao povo.

É certo que também, precisamos nos esforçar para aprender um pouco o dialeto de onde vivemos. Quem tem uma alma missionária, deve estar aberto a mergulhar na cultura do povo, também na língua deles. Principalmente quanto a saudar as pessoas, falar algumas palavra e frases na sua língua local. Isso abre o coração do povo.

Vou me virando assim, por estas terras de missão na África. Mas não é nada demais, pois o mais importante aqui é a linguagem do amor.

 

Deus abençoe a todos!

 

Até a próxima…

 

Padre Ademir Costa

Missionário CN em Moçambique

Eu o vi rastejando, sem mãos, sem pés, sem olhos. Mas com o sorriso mais lindo que já vi

Sr. Samuane. Um leproso agradecido a Deus. Mesmo que não curado da lepra, mas curado na alma. Vai sempre a Celebração Dominical mesmo que rastejando. Desde 1970 está no leprosário de Nkondezi a cuidado das Irmãs Mercedárias. Incrível como um homem nessa situação sorri, conta histórias e ama a Deus com profunda devoção.

Paremos de reclamar e murmurar por qualquer coisa. Converta-me Senhor!

 

A experiência desta semana foi forte demais…

 

Deus abençoe a todos,

 

 

Forte abraço!

 

 

Padre Ademir Costa

Missionário da Comunidade Canção Nova /Moçambique

Continuação da partilha da missão em Mutche e Khokwe (parte 2)

Saímos de Mutche nas montanhas e fomos para uma região mais baixa, que lembra o sertão do nordeste do Brasil, para Aldeia de Khokwe. Ainda de moto, mas já a noite e sem enxergar muita coisa, pois o farol da moto era bem fraco, por vezes, alguns “animais não identificáveis” passavam pela estrada a frente da moto. Mas, depois de uma hora e trinta chegamos a Khokwe.

Que coisa linda a uns 500 metros da comunidade o povo já estava nos esperando no escuro, cantando e acolhendo com muita alegria a chegada do padre. Nós celebraríamos somente no domingo de manhã, mas chegamos para dormir na aldeia. Ali jantamos e convivemos com o povo já vindo de várias aldeias na região de Khokwe, alguns me disseram que caminharam mais de três horas. Pelas 21h foram todos dormir. Dormimos todos na terra mesmo em uma esteira. A capela ainda em construção aberta e sem teto, a nossa luz era a lua e a estrela. Nunca dormir tão bem em minha vida.

Acordamos bem cedo para preparativos finais dos Batismos, Matrimônio e Primeiras Comunhões. O povo se vestindo e se ajeitando com aquilo que tinha de melhor. As 8h da manhã começamos a celebração e terminamos ao meio-dia. Tudo muito lindo! Como sempre com muita alegria e bem celebrado pelo povo de Deus.

Depois da Missa confraternizamos com o povo com o almoço, dispensamos o povo no qual muitos caminhariam horas até suas palhotas e também nós pelas 13h da tarde seguimos viagem de retorno a Zobué.

Seguimos mais uma vez de motocicleta, como sempre três na moto, mas agora tinha ainda o ofertório da Missa e o galo que ganhei. No meio do caminho, a motoca não aguentou o tranco e depois de uma hora e meia de viagem avariou.

Por Providência caminhamos somente alguns minutos para encontrar uma aldeia. Ali o nosso animador foi pedir ajuda ao régulo – chefe da aldeia -, depois de alguns longos minutos de negociação, cedeu-nos a sua moto para levar-nos de volta ao rio Nkondezi, mais uma hora de moto dali.

Seguimos até o rio e pegamos a canoa para atravessá-lo de volta. Observação.: O Rio Nkondezi tem crocodilos e hipopótamos, mas graças a Deus não vimos nenhum rsrs…

Subimos até a casa do catequista de Samoa onde deixamos o carango. Pegamos o carro e seguimos de volta a nossa paróquia. Cheguei em casa por volta das 18 horas, estava cansadíssimo, mas muito muito feliz por ter levado Cristo ao povo de Deus. Nada paga a alegria da alma de poder viver e se realizar no Ministério confiado por Deus a mim.

 

“Leva-me aonde os homens necessitem tua Palavra // Necessitem de força de viver // Onde falta a esperança // Onde tudo seja triste simplesmente por não saber de ti.”

 

Forte abraço,

 

Deus abençoe a todos,

 

Padre Ademir Costa

Missionário da Comunidade Canção Nova em Moçambique

Uma pequena partilha da missão deste fim de semana – visita pastoral as Aldeias de Mutche e Khokwe em Moçambique.

Neste fim de semana fui conhecer e fazer missão em algumas de nossas comunidades mais distantes da paróquia a quase 100 km da nossa sede.

Sai de carro – um carango bem velho e emprestado – no sábado por volta das 5h30 da manhã e segui para pegar no meio do caminho o animador – Sr. Paulo Viagem – que me acompanharia pelas aldeias. Encontrei-o e seguimos viagem.

Chegamos à margem do Rio Nkondezi no povoado de Samoa por volta das 7h30 da manhã. Deixamos o carro na casa de um catequista da aldeia e atravessamos o rio de canoa.

E do outro lado esperaríamos a motocicleta que nos buscaria as 7h30, mas que só apareceu pelas 10h da manhã. Mas, coitado do jovem que veio da Comunidade de Mutche a duas horas e meia de distância.

Subimos os três na motoca e seguimos viagem. As estradas muito ruins, alguns lugares muita areia e outros lugares com muitas pedras soltas, atravessar riachos e um forte calor. Mas tudo vale pela missão…

Por volta de 12h30 – duas horas e meia de viagem – chegamos a Aldeia de Mutche, já numa parte de montanhas muito bonita e completamente isolada. O povo já estava a esperar. Recebeu-nos com muito canto, com muita alegria, com muito amor, só por isso já valeria todo sacrifício da viagem. Este povo estava a mais de um ano sem Missa, mas nunca deixaram de rezar e celebrar a Palavra aos Domingos.

Ali me apresentei aquele povo, pois não me conheciam – tudo traduzido pelo animador, pois só se fala chewa na aldeia. Depois preparamos o povo para receber o sacramento do Batismo. Tomamos “banho” – não tem banheiros, são pequenos cercados de palha -, almoçamos a Xima e celebramos com o povo em sua simples capela de palha, galhos e bambu. Experiência inesquecível.

 

Um detalhe interessante desta comunidade é que as crianças tem muito medo do homem branco. Eu já tinha tido a experiência em outros lugares daqui, mas nesta comunidade era fora do normal. Muitas delas talvez nunca tinha tido esse contato com o branco. Como também as pessoas daqui de Moçambique tem o costume de fazer medo às crianças falando que o mzungo – homem branco – vai levá-los embora para fazer mal.

Celebramos a Santa Missa com muita alegria até quase anoitecer. Como a chuva estava chegando pelas montanhas, despedimo-nos do nosso povo e tivemos que descer rapidamente para outra comunidade a uma hora e trinta de distância.

 

 

No próximo post continuamos a testemunhar nossa aventura missionária… Chegaremos a aldeia de Khokwe! 

 

Mais que cantar é viver a música: “Leva-me onde os homens necessitem tua Palavra. Necessitem de força de viver…”

 

Forte abraço

 

Deus vos abençoe

 

Padre Ademir Costa –

Missionário da Canção Nova/Moçambique

 

 

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… que ele cresça, e eu diminua.”  (Jo 3, 30)

 

Estas palavras de João Batista no Evangelho de João marcaram minha vocação. A minha vocação é consequência da experiência de Batismo no Espírito Santo. Recordo-me que voltando daquela experiência de oração no ano de 1996, desejava deixar tudo e doar a vida para Deus pela evangelização como sacerdote.

Ainda naquele primeiro fervor, lembro-me que refletia sobre o serviço de Deus e a humildade, pensava em ser como “tapete” para os irmãos para que a Obra de Deus acontecesse nas suas vidas, e muitos pudessem fazer a mesma experiência que fiz. Neste tempo, rezei muitas vezes com esta passagem, … que ele cresça, e eu diminua.” (Jo 3, 30). Eu tinha uma enorme gana de servir ao Senhor. Desejava trabalhar para de Deus na Igreja, mas de maneira que somente Jesus aparecesse. Nunca usando do serviço de Deus para minha exaltação pessoal e autopromoção.

E foi o que aconteceu, durante três anos, meu serviço foi nos bastidores, tinha uma profunda vida de intimidade com Deus. No serviço da Igreja, ficava na Capela do Santíssimo, como um simples intercessor dos grupos de jovens e nas experiências de oração da paróquia. Ele crescia em minha vida e vocação e eu diminuía. Sabia que tudo provinha d’Ele em minha vida.

Neste tempo, o fogo vocacional permaneceu vivo. Porém, a voz de Deus pedia para esperar passar a empolgação inicial para dar passos. Depois de três anos, resolvi dar passos concretos no meu chamado. Conheci a Canção Nova neste período inicial de caminhada, encantei-me pela obra, pela espiritualidade e forma de vida missionária, e ainda como a possibilidade de ser padre dentro da comunidade.

No ano 2000, fui chamado para fazer os encontros vocacionais. Mas, recebi já no segundo encontro uma resposta negativa para minha vocação na comunidade. Tive um sentimento de recusa de Deus. Tive um sentimento de inutilidade vocacional. “Briguei” com Deus, mas permaneci fiel… Porém, ainda continuou viva uma brasa vocação a fumegar em meu coração. Ela permaneceu viva pela graça de Deus por 4 anos. Neste tempo, continuei servindo a Deus em minha paróquia. Foi um longo tempo de deserto interior.

No ano de 2004, Deus me tirou deste deserto e devolveu-me a esperança vocacional. Consegui, por graça divina, retomar o caminho vocacional com a Canção Nova. Sempre trazendo para a minha vocação as palavras de João Batista: “… que ele cresça e eu diminua”.  Depois de dois anos de vocacional, com muitas provações, ingressei na comunidade em 2007.

Entrando na comunidade Canção Nova esta passagem sempre me acompanhou, foi como uma bússola para minha vocação. Quando o orgulho humano tentava se sobressair em mim, as correções de Deus vinham forte sobre minha vocação, sempre acompanhada por esta passagem do Evangelho de João.

Por isso, escolhi como lema do meu diaconato esta passagem: …que ele cresça, e eu diminua.” (Jo 3,30). Alguns comentaristas bíblicos falam que com estas palavras João Batista desaparece dos Evangelhos. Rezo a Deus e peço a graça de que isto também aconteça comigo, que eu desapareça e somente Jesus apareça por meu ministério. Amém!

 

Diácono Ademir Costa 

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Desculpe-me o grande músico e poeta Milton Nascimento, mas faço um pequeno trocadilho em sua bela música:

“Família é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves,
Dentro do coração,”.

Amo a minha família, mesmo estando a distância, porque escolhi entregar minha vida para Deus na missão da Igreja Católica pela comunidade Canção Nova. A distância e a saudade só fazem crescer o amor no meu coração e valorizar os meus.

Por isso, guardo no fundo do meu coração a estes que amo…

Em uma sociedade em que se perde os verdadeiros valores de uma família. Faço questão aqui de exaltar a minha família onde fui gerado, criado e educado como homem. Se hoje procuro ser um homem justo em meio a sociedade é porque fui educado em uma verdadeira família. Uma família tradicional: Pai, mãe, irmão e irmã.

Louvo a Deus por minha família!

Por isso repito: “Família é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito…dentro do coração…mesmo que esteja a distância”.

Forte abraço,

Ademir Costa

 

 

cantor

Sempre gosto de partilhar minha devoção e amizade para este grande santo e amigo. Hoje, neste dia em que a Igreja celebra sua memória, quero partilhar o Canto que reflete sua vida.

“Quase moribundo, compôs São Francisco o Cântico das criaturas. Até ao fim da vida queria ver o mundo inteiro num estado de exaltação e louvor a Deus. No outono de 1225, enfraquecido pelos estigmas e enfermidades, ele se retirou para São Damião. Quase cego, sozinho numa cabana de palha, em estado febril e atormentado pelos ratos, deixou para a humanidade este canto de amor ao Pai de toda a criação.”

“A penúltima estrofe, que exalta o perdão e a paz, foi composta em julho de 1226, no palácio episcopal de Assis, para pôr fim a uma desavença entre o bispo e o prefeito da cidade. Estes poucos versos bastaram para impedir a guerra civil. A última estrofe, que acolhe a morte, foi composta no começo de outubro de 1226.”

“A oração do santo diante do crucifixo de São Damião e o Cântico do Sol são as únicas obras de São Francisco escritas em italiano antigo e, por isso, são dos mais importantes documentos literários da linguagem popular. Foi nesta língua que ele certamente ditou a maioria de seus escritos, antes que os irmãos versados em letras os traduzissem para a língua comum da época, o latim.”

“Na tradição ocidental Francisco de Assis é visto como uma figura exemplar de grande irradiação. Com fina percepção sentia o laço de fraternidade e de sororidade que nos une a todos os seres. Ternamente chama a todos de irmãos e irmãs: o sol, a lua, as formigas e o lobo de Gubbio. As coisas tem coração. Ele sentia seu pulsar e nutria veneração e respeito por todo ser, por menor que fosse. Nas hortas, também as ervas daninhas tinham o seu lugar, pois do seu jeito elas louvam o Criador.”

“O coração de Francisco significa um estilo de vida, a expressão genial do cuidado, uma prática de confraternização e um renovado encantamento pelo mundo. Recriar esse coração nas pessoas e resgatar a cordialidade nas relações poderá suscitar no mundo atual o mesmo fascínio pela sinfonia do universo e o mesmo cuidado com irmã e mãe Terra como foi paradigamaticamente vivido por São Francisco.”

Fonte: http://franciscanos.org.br/?page_id=3124

«Cântico das Criaturas», de S. Francisco de Assis

Altíssimo, Omnipotente, Bom Senhor
Teus são o Louvor, a Glória,
a Honra e toda a Bênção.

Louvado sejas, meu Senhor,
com todas as Tuas criaturas,
especialmente o senhor irmão Sol,
que clareia o dia e que,
com a sua luz, nos ilumina.
Ele é belo e radiante,
com grande esplendor;
de Ti, Altíssimo, é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela irmã Lua e pelas estrelas,
que no céu formaste, claras.
preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor.
pelo irmão vento,
pelo ar e pelas nuvens,
pelo sereno
e por todo o tempo
em que dás sustento
às Tuas criaturas.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela irmã água, útil e humilde,
preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor,
pelo irmão fogo,
com o qual iluminas a noite.
Ele é belo e alegre,
vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela nossa irmã, a mãe terra,
que nos sustenta e governa,
produz frutos diversos,
flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor,
pelos que perdoam pelo Teu amor
e suportam as enfermidades
e tribulações.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela nossa irmã, a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.

Louvai todos e bendizei o meu Senhor!
Dai-Lhe graças e servi-O
com grande humildade!

São Francisco de Assis!

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O Papa Francisco tem manifestado o desejo de uma Igreja missionária, que saia das sacristias e que detenha especial atenção àqueles que sobrevive nas “periferias” do mundo e da sociedade humana. Seu pensamento nos conduz a esta cultura do encontro.
Nos mês de julho tive a oportunidade, junto com os meus irmãos seminaristas, de ficar 11 dias em missão na cidade de Lorena. Missão como os primeiros discípulos de Jesus, batendo porta a porta, proclamando o Evangelho e rezando pelas famílias.
E que beleza foi o acolhimento do povo de Deus, inclusive de evangélicos e pessoas de outras denominações religiosas que abriram-nos as portas. Evangelização sem proselitismo, simplesmente anunciar Jesus Cristo e rezar pelas necessidades das pessoas.
Foi uma experiência inesquecível, fomos as periferias existenciais, visitamos asilos, hospitais…

Ao fim de onze dias, posso dizer que a experiência missionária foi um momento especial de alargar o meu ser missionário. Foi um tempo de enfrentar desafios e superar limitações; saber que em Deus posso ir além do cansaço físico; perceber que a missão não é possível sem a dimensão espiritual; a importância de não fazer proselitismo, e aprender a dialogar e rezar com o diferente; contemplar a beleza da Divina Providência que cuida de tudo e nos conduz para onde de Deus quer.

Saímos das “sacristias” e fomos ao encontro do povo de Deus. Um tempo inesquecível!

Forte abraço!

Ademir Costa

Seminarista Comunidade Canção Nova

 

 

Roma (117)

Em primeiro lugar penso que a liberdade de fazer manifestações públicas revela um necessário aspecto antropológico e sociológico do homem. Pois, todos tem o direito e dever de exercer seus direitos de cidadãos, e expor suas opiniões e insatisfações em meio a sociedade.

Quanto a Copa do Mundo no Brasil. É certo que somente vemos a “ponta do Iceberg”… Quantos gastos desnecessários nas reformas e construções de novos estádios. Quanta corrupção, falta de transparência, atrasos “programados”dos estádios etc, etc e etc… Uma coisa é certa! Roubaram demais… Quantos estádios desnecessários! Por exemplo, vejamos as construções de estádios que não serão utilizados depois de Copa como o de Brasília, Manaus, Cuibá, que se tornarão futuramente verdadeiros “elefantes brancos”.

É preciso manifestar-se sim!!! Mas fazer uma manifestação consciente e não alienada…

Quanto as recentes manifestações, o que vemos é o evidente uso político e a manipulação da consciência do povo. Aqui não acuso nenhum partido político específico, mas tenho certeza que tem um viés político escondido por trás de tudo isso.

O que se observa não são manifestações livres e pacíficas, mas sim ideológicas e partidárias. Por isso, que se percebe, neste tempo de Copa, somente uns “gatos pingados” que tem ido as ruas fazer algazarras e quebra-quebras.

Aos poucos o povo tem deixado de ser “bobo”, pois tem percebido que estas manifestações são programadas e organizadas por grupos específicos, que desejam usar e manipular sua consciência.

Por fim, penso que a verdadeira manifestação devam ser feita nas “Urnas”. Escolhendo candidatos que tenham um passado de moralidade e ética na sua vida pública e política. Sei que dará trabalho fazer esta escolha, porque não são tantos; mas existem pessoas boas e justas neste meio…

Enquanto isso, eu continuarei assistindo a Copa! Como cidadão farei minha manifestação nas urnas…

Forte abraço,

Ademir Costa

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Quando criança sonhava com uma Copa do Mundo no Brasil. Hoje este sonho se realiza!

Enquanto, muitos falam em boicotar a Copa: vestir-se de preto, ir pra ruas na hora dos jogos para fazer manifestações… O que farei? Assistirei ou não assistirei a Copa do Mundo?

Sim, eu assistirei e acompanharei a Copa do Mundo de 2014! 

Eu já demonstrei em outros artigos minha paixão pelo futebol. Já levei muito a sério o futebol ao ponto de discutir, brigar, ficar triste quase depressivo com as derrotas de meu time. Mas conforme o passar do tempo, fui amadurecendo e hoje encaro o mesmo como um simples entretenimento e diversão.

Sei que a Copa do Mundo, tem um algo a mais, pois entra o meu patriotismo… Mesmo sabendo que neste meio existem tantas “maracutaias” como resultados arranjados, esquemas com bolsas de apostas, jogos comprados, corrupções e etc… Mesmo com tudo isto, irei torcer para Seleção brasileira, irei vestir a camisa verde e amarela, irei gritar gol… Serei torcedor! Eu sei que vou. Vou do jeito que sei. De gol em gol. Com direito a replay…

Serei torcedor simmm! Mas sem deixar de ser cidadão tenho minhas críticas e ressalvas que manifestarei nos próximos artigos. Mas torcerei muito para que o Brasil conquiste o Hexa!

Forte abraço,

Até a próxima!

Ademir Costa

seminaristaSomos seminaristas católicos apostólico romano. Felizes por corresponder ao chamado de Deus.

Realmente digo isto de coração: Sou feliz por corresponder ao chamado de Deus para minha vida!!

Quero ser padre não por dinheiro, fama ou sucesso. Se fosse para isso teria buscado outros caminhos. Mas quero ser padre para ser todo de Deus, uma doação total e integral em sua Igreja.

Isto é dom e tarefa. Quer dizer acima de tudo é dom de Deus, é graça que nada e ninguém no mundo pode dar; é Deus que sustenta meu chamado. Mas é tarefa porque depende de mim, na liberdade da disposição e na reposta diária que dou a Deus a minha vocação.

Meus irmãos sou profundamente felizes por ser seminarista e seguir este caminho rumo ao sacerdócio.

Desafio a você meu irmão que sente a voz de Deus no seu coração, a dar uma resposta. Mesmo diante dos medos e inseguranças, não se perturbe, Deus não chama os perfeitos! Não relute em responder a Deus. É certo que Ele não vai ferir sua liberdade, mas aconselho é mais feliz aquele que corresponde ao chamado do Senhor.

Mais uma vez repito: “Sou seminarista católico apostólico romano. Felizes por corresponder ao chamado de Deus!”.

 

Forte abraço,

 

Até a próxima!

 

Ademir Costa

Seminarista da Comunidade Canção Nova/Diocese de Lorena-SP

 

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Infelizmente nós criamos uma concepção errada de santo. Criamos uma ideia que os santos foram como super-heróis. Esta ideias os fazem bem distante de nós, algo impossível de viver e se alcançar.

Isto é um grande equivoco. Inclusive, sou um crítico de algumas biografias dos santos que não apresentam a verdadeira história de vida destes grandes homens e mulheres de Deus. Não apresentam a sua humanidade, lutas, sofrimentos e até pecados que estes viveram em seu caminho de busca de santidade.

O papa Francisco em uma de suas homilias matinais nos deixou um belo ensinamento sobre o que é ser santo: “[…] a diferença entre os heróis e os santos, é o testemunho, a imitação de Jesus Cristo. Seguir no caminho de Jesus Cristo”. (Papa Francisco, 09/05/2014)

Aqui sim, começa este caminho pessoal de santidade que não se faz sem a Igreja, que nos concede a força para seguir no caminho de testemunho de Jesus Cristo no mundo. Mesmo que por vezes caindo, mas sempre se levantando, confessando sempre… Confessionário é caminho de santidade!

“Não há um curso para se tornar santo. A santidade é um dom de Jesus à sua Igreja”. (Papa Francisco)

Ser santo é possível! Não é coisa somente para heróis. Podemos trilhar este caminho de santidade junto a Cristo em sua Igreja. É necessário luta e esforço, não é fácil, mas vale a pena. Vale o Céu!

“A SANTIDADE não é o luxo de umas e poucas pessoas, mas um simples dever para ti e para mim” (Beata Madre Tereza).

 

Forte abraço,

Até a próxima!

Ademir Costa

Seminarista Comunidade Cancao Nova

 

 

 

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A minha alegria de seguir um profeta, que com sua vida nos anuncia o Cristo ressuscitado que virá uma segunda vez para estabelecer “céus novos e terra nova” (cf. 2Pd. 3,13).

Não sigo o Monsenhor Jonas por fanatismo ou alienacao. Ele não fez nenhuma “lavagem cerebral” em mim. Este sacerdote sempre guiado pelo Espírito Santo simplesmente deixou-se conduzir por Deus como uma pluma soprada pelo vento.

Assim, foi toda a sua vocação no seminário salesiano – anos 50, seu contato com a música, sua ordenação sacerdotal, seu encontro pessoal com a Palavra de Deus, sua efusão no Espírito Santo – anos 60; como os encontros com os jovens – inícios dos anos 70 – que preparam o caminho para a fundação da Comunidade Canção Nova – anos 78, a partir dos encontros de evangelização veio o trabalho com os meios de comunicação, rádio – anos 80, TV – 1988 e internet – na virada do século…

Em 2008, veio o Reconhecimento Pontifício da Igreja desta obra de Deus. A Igreja dizendo que este carisma é capaz de fazer santos.

Deixei tudo para fazer parte desta obra de Deus chamada Canção Nova, de maneira muito consciente e livre. A vocação é um mistério de Deus! Em sete anos de comunidade tenho cada vez mais a certeza que fui criado desde sempre para fazer parte deste corpo.

Aqui sou feliz, sou realizado como pessoa… O mundo não é capaz de oferecer tudo aquilo que experimento no meu dia-a-dia dentro desta Obra.

Sigo com muita alegria este profeta chamado Monsenhor Jonas Abib. E com ele desejo no profundo de meu coração preparar o caminho do Senhor para sua “segunda vinda”.

Forte Abraço,

Até a próxima!

 

Ademir Costa

Seminarista da Comunidade Canção Nova