Legado social da JMJ Rio2013, projeto “Passaporte da Cidadania” é lançado no Rio

“O projeto é muito bom porque faz muito tempo que eu não vejo um computador. Fiquei andando na rua, fiquei preso (…). Vou poder desenhar aqui.” Este é o depoimento do jovem Vítor, que na noite dessa terça-feira, 2 de abril, teve a oportunidade de ter acesso a um mundo do qual ele estava afastado até ontem.

Como Vítor, outros jovens também puderam abrir seus horizontes no lançamento do projeto social “Passaporte da Cidadania”, que foi realizado na Praça Serzedelo Correia, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. O arcebispo da Arquidiocese do Rio e presidente do COL, Dom Orani João Tempesta, abençoou o ônibus itinerante do projeto, que vai atender crianças e adolescentes de rua que necessitam de ajuda, principalmente os dependentes químicos. Segundo o vice-prefeito do Rio, Adilson Pires, o projeto pode se tornar uma política pública para a cidade.

Dom Orani abriu a cerimônia de lançamento e destacou que o ônibus será um sinal de presença junto aos jovens que moram nas ruas, com a esperança de construção de um futuro melhor para eles. “É por causa de Jesus Cristo que estamos aqui. A Igreja procura encontrar a pessoa de Cristo no outro. Que aqueles que encontraram a pessoa de Cristo façam o bem a vários ‘cristos’, que são os jovens. Este é um projeto de promoção da vida humana”, frisou o arcebispo.

Segundo o responsável pelo projeto, cônego Manuel Manangão, foi escolhido como legado social da JMJ Rio2013 o tratamento de jovens com dependência química. “Esse projeto do ônibus é muito antigo. Quando nós começamos a elaborar o projeto da Jornada Mundial da Juventude, no que diz respeito ao legado social, percebemos que ele se encaixava dentro de uma dinâmica do início do projeto, que é o chegar junto à meninada que está pela rua e começar a trabalhar com a questão da prevenção e do tratamento. O acolhimento servirá como porta de entrada para a rede que estamos montando com todas as entidades católicas. Em seguida, abriremos espaço para as entidades da sociedade civil, seja de outras religiões ou do Estado. Com quatro meses de antecedência, já estamos colocando a Jornada para funcionar”, destacou o sacerdote.

Na íntegra: www.rio2013.com