Caridade, tempo ideal para prática na Quaresma

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A caridade irá abrir nosso horizonte no crescimento espiritual neste tempo favorável que é a quaresma, pois segundo Bento XVI ” a caridade é amor recebido e dado, é graça. Amor revelado e vivido por Cristo”.

A caridade, virtude entranhada na vida de Jesus e em seus atos, é uma construção proveniente de uma conversão profunda e que todos somos “sujeitos de caridade, chamados a sermos instrumentos da graça, para difundir a caridade de Deus e tecer redes de caridade”., pois como diz São Paulo “se não tiver amor, não sou nada (1 Cor 13,2), ou como São João “quem não ama permanece na morte” (1 Jo 3,14). Segundo Francisco Faus “o amor é “alma” das virtudes cristãs”.

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A caridade é tão importante para o crescimento espiritual, pois ela é a virtude que “funde inseparavelmente o amor a Deus e ao próximo”.
A virtude da caridade é chamada pela Igreja de teologal, ou seja, foi inscrita pelo próprio Deus em nosso coração. Ela desabrocha em nós por meio de uma profunda conversão interior e regada por uma vida de oração intensa, pois a caridade “é a virtude pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmo, por amor a Deus”
É uma exigência do próprio Jesus que faz da caridade o novo mandamento. E nós como discípulos de Jesus devemos imitá-lo, pois este amor recebemos D’ele. Por isso diz Jesus: “Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. Permanecei em meu amo#’ (Jo 15,9). E ainda: “Este é meu preceito: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12).
Fruto do Espírito e da plenitude da lei, a caridade guarda os mandamentos de Deus e de seu Cristo: “Permanecei em meu amor. Se observais os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (Jo 15,9-10).
O itinerário quaresmal deve nos levar à perfeição e a intimidade profunda com
Nosso Senhor Jesus Cristo e a caridade é o “vínculo da perfeição” (1 Cor 13,13). A caridade nos abre a prática do perdão e reconciliação com nossos irmãos, dimensão importante em nossa caminhada cristã que segundo o Papa João Paulo II “o perdão é uma das formas mais nobres da prática da caridade. O período quaresmal representa um tempo propício para aprofundar melhor o alcance desta verdade. Mediante o sacramento da reconciliação, o Pai doa-nos em Cristo o seu perdão e isto estimula-nos a viver na caridade, considerando o próximo não como um inimigo, mas como um irmão”.
Que neste tempo penitencial a conversão interior, a oração nos encoraje a pensar e a buscar “por uma caridade autêntica, aberta a todas as dimensões do homem. Esta atitude interior conduzi-los-á a levar os frutos do Espírito (cf. G/ 5, 22) e a oferecer com um coração novo ajuda a quem se encontra em necessidade”.

Autor: Pe. Ricardo Rodolfo – Comunidade Canção Nova Rio de Janeiro