Semana Santa não é “feriadão”

Espiritualidade da Semana Santa

Semana SantaA Semana Santa é considerada pela Igreja a “Grande Semana” tamanha a sua importância diante dos acontecimentos que a norteiam. Após os 40 dias vividos durante a Quaresma, somos convidados a mergulhar ainda mais no Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo vivendo o recolhimento, conversão e oração.

Por isso, não se trata de uma semana marcada pelo “feriadão”, mas sim, pela disposição de fazer memória ao sofrimento de Cristo que se entregou por amor a cada um de nós, não permitindo que a morte o vencesse.

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É certo que não se trabalhe nestes dias, mas não pode deixar de lado a vivência de uma espiritualidade própria desta semana. O que fazer então? No Brasil, diversas dioceses, paróquias e comunidades preparam uma programação especial para estes dias. Por isso, procure uma Igreja mais próxima de você e se permita fazer esta experiência.

“O cristão que entendeu tudo isso celebra a Semana Santa com grande alegria e recebe muitas graças. Por outro lado, aqueles que fogem para as praias e os passeios, fazendo dela apenas um grande feriado, é porque ainda não entenderam a grandeza dessa data sagrada e não experimentaram ainda suas graças. Ajudemos essas pessoas a conhecerem tão grande mistério de amor!” Professor Felipe Aquino


A partir do momento que se dispõe a tal experiência, a graça que vem de Deus o auxiliará. Caberá a você buscar os meios para que isto aconteça. Um grande exemplo disso são os jejuns, mortificações, orações, além das celebrações próprias para cada dia.

Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.

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A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

semanasanta02O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”.

Por fim, o Domingo da Ressurreição, é o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.

A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.