Comunicação...

Às vezes são cometidos certos erros, em matéria de comunicação, que as pessoas não percebem. Nem sempre são erros ortográficos ou gramaticais. Muitas vezes são erros de comunicação. O texto está certo, a ortografia idem, mas o estilo dificulta a própria comunicação. Um exemplo típico é o próprio Hino Nacional Brasileiro. A gente canta, acha ele muito bonito, fica orgulhoso, mas muitos não entendem o que estão cantando. Isso porque ele está redigido em ordem indireta. E o preceito típico da comunicação é a ordem direta. Sujeito, verbo, complemento. Isso em nome da clareza, que é o objetivo máximo da comunicação. Então – ‘Ouviram do Ipiranga as magens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante.” qual é o sujeito? Qual é o complemento? Vamos colocar na ordem direta – “AS MARGENS PLÁCIDAS DO IPIRANGA OUVIRAM O BRADO RETUMBANTE DE UM POVO HEROICO.” Sujeito – AS MARGENS PLÁCIDAS DO IPIRANGA’.  Na ordem direta não fica mais fácil de entender? Isso não quer dizer que nosso Hino não esteja muito bem escrito, tenha uma melodia inigualável e é uma obra prima. Só que, na comunicação escrita ou eletrônica o jornalista ou radialista deve usar sempre a ordem direta, palavras fáceis de ser entendidas. Exemplo – hospital é sempre hospital e nunca nosocômio. Mesmo que você tenha que repetir a palavra hospital várias vezes no mesmo texto. Você escreve para um universo muito grande. Hospital, todo mundo sabe o que é. Nosocômio, nem todos. Até breve, com outras dicas.

Áureo Ameno.

Professor de Comunicação, Radialista e Jornalista.

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