O jejum é um riqueza que precisamos reconquistar
O conceito de jejum não exige que você passe fome. Jejuar é refrear a nossa gula e disciplinar o nosso comer. O importante, e aí está a essência do jejum, é a disciplina.
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Todos os tipos de jejum tornam o corpo leve. Ele fica hidratado e o aparelho digestivo permanece em repouso. A cabeça fica ‘desanuviada’, a mente se torna bem aberta e predisposta a todas as atividades espirituais.
Mas não é apenas à oração e à contemplação que a mente fica receptiva; o estudo, a reflexão, a leitura, a escrita, os cálculos, os projetos, as atividades musicais e poéticas e muitas outras coisas que você queira acrescentar são favorecidas pelo jejum.
É fundamental ter em mente que não estamos nos submetendo a um teste de resistência. Não precisamos provar nada a ninguém: nem a nós, nem ao Senhor. O objetivo do jejum é nos encontrar com Deus, favorecer a oração e nos disciplinar. Ele serve para nos abrir à Graça da contemplação, da intercessão e da Unção do Espírito Santo.
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Na linguagem popular, fala-se muitas vezes em fazer jejum de doce, de bebida alcoólica, de refrigerantes, jejum de televisão. Trata-se de uma coisa ótima, que tem valor e que não devemos deixar de fazer. Porém, não é correto chamar isso de jejum. Isso é na realidade uma mortificação. Quando fazemos mortificação, privamo-nos voluntariamente de alguma coisa, oferecendo essa prática como sacrifício.
O jejum é uma riqueza que precisamos reconquistar. É uma forte expressão da comunidade que decidiu fazer uma conversão, começar uma vida nova.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib