“Então o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher, e os dois formarão uma só carne, assim já não são dois, mas uma só carne.” (Mc 10, 7-8.)

Quando falamos em vocação, logo pensamos no discernimento da vontade de Deus para a vida de UMA pessoa. Mas, quando descobrimos que a nossa vocação é o matrimônio, obviamente lembramos que, para que nossa vocação se manifeste, precisamos de OUTRA pessoa. Aí, então começa o grande desafio: viver a Palavra de Deus, o compromisso firmado a cada dia, na alegria, na tristeza, no cansaço, na dor, na doença, no desemprego, lutando para ser de Deus, ter Deus entre duas pessoas tão diferentes, tão iguais…

Desta reflexão surge a certeza da necessidade do SACRAMENTO: presença de Deus na união de um casal, realizando o sobrenatural no nosso cotidiano, fortalecendo o amor conjugal, dirigindo a nova vida e tornando plena a vocação.

A família formada a partir do matrimônio é um celeiro de novas vocações, é projeto de Deus para a construção de uma sociedade nova, com homens e mulheres novos, amados e que saibam amar e viver os valores do Evangelho.

Como toda vocação, o matrimônio também exige a renúncia: é preciso aprender, a todo o momento, a ceder, a falar sim quando quer gritar não, a calar, a dizer, a corrigir no amor, a abraçar e chorar junto, enfim doar-se ao outro. E nada disso é penoso quando estamos vivendo o para quê fomos feitos. Ao contrário, é motivo de alegria e satisfação, sinal de Deus para o mundo que insiste em investir contra a família e a vida. Sim, é possível viver o amor, viver o sacramento do matrimônio, viver a vocação da partilha: dividir a vida, os sonhos, a realidade, a educação dos filhos e multiplicar o amor, a entrega e a felicidade de juntos viverem o plano de Deus.

Parabéns aos casais que se lançam neste maravilhoso desafio.

Fraternalmente,

Gisele Araújo – esposa do Fabrício, mãe da Manuela e da Mariah.

Comunidade Canção Nova

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