Mesmo diante de muitas descobertas acerca do temperamento e hábitos do namorado e apesar do tempo de convivência entre o casal, algumas pessoas se e sentem inseguras em assumir o compromisso conjugal com quem dizem amar.
Hoje, ninguém é obrigado a se casar por troca de dotes ou porque foi prometida pelos pais conforme seus interesses.Tampouco somos obrigados assumir o compromisso tão sério simplesmente porque o nome da pessoa foi “revelado” numa simpatia ou porque “sentimos” que é a pessoa que Deus tinha nos reservado como esposo (a).
Acredito que a vocação ao matrimônio é uma ação de Deus, mas com quem vamos realizar o cumprimento desse chamado depende exclusivamente da nossa opção. Pois, considerando a plena liberdade concedida a todos por Ele, seria uma incoerência considerar que essa liberdade torna-se sem efeito justamente quando se trata da escolha da pessoa com quem desejamos viver a vocação ao casamento.
Antes de fazer qualquer opção, há a necessidade de o (a) namorado (a) identificar se apessoa com quem se relaciona o (a) faz feliz na maneira como se vive, ainda em tempos de namoro, pois será dessa escolha que dependerá a sua felicidade.
A vida conjugal se faz exigente de muitos momentos de entregas. Para evitar maiores surpresas desagradáveis no casamento, o namoro, quando bem vivido, nos garante um período em que podemos identificar se a pessoa com quem estamos convivendo manifesta sinais de viver um mesmo propósito de uma vida comum.
Mas ainda que não tenhamos neste relacionamento a certeza de que o (a) namorado (a) será o (a) futuro (a) esposo (a), também no relacionamento de namorados somos convidados a fazer pequenas renúncias em favor do outro, e isso deverá ser recíproco.
Há um tempo em nossa vida em que colocamos a nossa vontade em segundo plano, em favor da felicidade da outra pessoa. E seria difícil imaginar um futuro promissor com alguém que não se empenha, por exemplo, em romper com seu mal humor, negativismo, baixa autoestima e a dificuldade de fazer afável a outros. Qualquer uma dessas características faz que até mesmo os amigos se distanciem. Se tais comportamentos não conseguem manter os amigos, tampouco poderiam convencer o (a) namorado (a) de que essa pessoa é um bom partido.
De maneira muito especial, nesse tempo de convivência, um permite ser edificado pelo outro. Porém, mesmo apaixonados, sabemos que isso não acontece do dia para a noite; ao longo desse período, certamente, os casais passarão por muitas provações para, finalmente, conquistar uma sadia relação.
Trecho retirado do livro “A arte de viver a dois”, de Dado Moura.