Tenho-me aprofundado na seguinte frase de Santa Edith Stein: “o nosso amor ao próximo é a medida do nosso amor a Deus”. Lendo seu livro, principalmente nessa frase, vi-me limitado, talvez aprisionado, mas numa prisão criada por mim mesmo.
Vi-me limitado no meu amor a Deus por saber que sou limitado em amar ao próximo através de atitudes erradas, julgamentos e exclusões. Aprofundando-me mais, olhei minha história e vi que já dei largos passos no amar ao próximo, já cresci bastante, mas ainda existem cadeias que ainda me aprisionam, existe um longo caminho a ser percorrido. Descobri ainda que como muitas das cadeias foram criadas por mim, tenho a chave. Que libertação, não é mesmo? Possuo a chave para poder me livrar das prisões, muitas dessas prisões criadas por mim mesmo. Que maravilha!!!
Tenho visto e vivido a experiência de que a chave é a oração, que definida por Santa Edith Stein é “aquele que sabe quem é que reza e quem é Aquele a quem reza”. Essa é a forma de orar. Não posso esquecer que só posso levantar os olhos a Deus se conheço a minha baixeza, diz Santa Edith Stein. Só assim percebo que quem tem que mudar sou eu e não o outro. O outro tem suas mazelas e ele vai se cuidar com Deus, mas essas mazelas do outro não podem ser impedimento para amá-los, ainda mais quando sei que o amor ao próximo é a medida do meu amor a Deus.
Se você se encontrou nas frases escritas acima, que bom, você é gente, mas não pare nessa limitação de ser gente. Abuse do ser espiritual que há dentro de você, pois a Santa ainda diz que “a capacidade da alma ultrapassa qualquer imaginação humana”.
O caminho é esse, basta caminhar. Não é fácil, eu sei, mas nem Jesus disse que seria fácil, ao contrário, disse “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita. Pois eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão.” Lc 13,24. Já sabia que muitos não conseguiriam por medo, como o povo judeu teve medo e não entrou na terra prometida e tantos outros casos que conhecemos.
O caminho só se faz caminhando já dizia o poeta espanhol, Antônio Machado (Sevilha 1875 – França 1939). Logo, é preciso fazê-lo para se chegar a nossa meta, tão esperada que é o CÉU.
José Junior
Com. Canção Nova/ Rio