Sob a intercessão de São Sebastião, Padroeiro da Cidade Maravilhosa, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta concedeu uma entrevista coletiva à imprensa, nesta última quarta-feira, 16 de janeiro, onde falou sobre o início do processo arquidiocesano de beatificação da Serva de Deus Odette Vidal de Oliveira, “Odetinha”. A coletiva foi realizada na sede da Arquidiocese do Rio – Edifício João Paulo II, na Glória.
Juntamente com Dom Orani, participaram da entrevista o Vigário Episcopal para os Institutos de Vida Religiosa, Sociedades de Vida Apostólica e Novas Comunidades, Dom Roberto Lopes, o Postulador das Causas dos Santos, no Vaticano, Paolo Vilotta, e o Juiz de Direito, Ronaldo Frigine, que compõem a Comissão Arquidiocesana que dará início ao trabalho de pesquisa para encontrar virtudes heróicas na vida de Odette Vidal de Oliveira. O responsável pela Associação Cultural Odetinha, Cônego Marcos William Bernardo, também esteve presente durante a coletiva.
Dom Orani agradeceu pela presença de todos os comunicadores e destacou que o dia de hoje antecede um momento inédito e histórico para todos os fiéis da Arquidiocese do Rio de Janeiro: a abertura de um processo de beatificação, que será realizada na próxima sexta-feira, dia 18 de janeiro.
— Nunca é demais recordar que, quando há um certo clamor popular, a Igreja sempre procura investigar para poder colocar aquele ou aquela que morreu com fama de santidade como um exemplo de vida que pode ser sinal também para que saibamos que, em todas as épocas da humanidade e em todos os momentos das nossas vidas, temos a oportunidade de nos santificar, afirmou.
O Arcebispo contou ainda que, desde que chegou ao Rio de Janeiro, sempre ouviu algumas pessoas falarem sobre cariocas, personagens da vida real, que poderiam ter suas vidas investigadas para uma possível beatificação.
— Depois de consultarmos o Governo Diocesano e começarmos a deixar chegar a nós esses pedidos e discerni-los, encontramos alguns testemunhos que falavam sobre a Odetinha, que, aqui no Rio, tem uma fama de santidade de uma pessoa que viveu uma vida cristã exemplar. Por isso, decidimos nomear Dom Roberto Lopes para ser também o responsável por esse trabalho de coordenar, escutar e acolher os pedidos e nos ajudar no discernimento. Ele tem trabalhado e se especializado nisso porque é algo muito necessário, disse Dom Orani.
Durante a coletiva, o Vigário Episcopal para os Institutos de Vida Religiosa, Sociedades de Vida Apostólica e Novas Comunidades, Dom Roberto Lopes, fez uma breve apresentação sobre a história de vida de Odetinha e sua família.
— A família da Odetinha tinha um grande carinho pelo povo de Deus, e ela viveu num ambiente de rica formação cristã; inclusive, após fazer a primeira comunhão, com sete anos de idade, ela se tornou catequista. (…) De acordo com a comissão histórica, no dia do sepultamento da Odetinha – 25 de novembro de 1939 –, já havia manifestações do povo de Deus, e existem relatos de que, enquanto seu corpo ainda estava na Praia de Botafogo, uma multidão já chegava ao cemitério São João Batista. Além disso, escritos da mãe de Odetinha relatam que as pessoas, naquele momento, já queriam ter contato com seu corpo, terço e objetos, diante da veneração que já criavam, e até hoje o seu túmulo é o mais visitado, depois de Carmem Miranda, relatou Dom Roberto.
Na íntegra: www.arquidiocese.org.br