
Hoje, quero partilhar um assunto muito importante: o risco das novelas para a sua felicidade. Pode parecer exagero, mas não é! Estudo noticiado pela BBC relaciona o aumento do número de divórcios no Brasil nos lares onde existe o hábito de assistir a presença das novelas costumam apresentar críticas a valores tradicionais
Estudo do BID relaciona novelas a divórcios no Brasil
Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas. Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Globo – cujas novelas chegavam a 98% dos municípios do país na década de 90.
Segundo os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível” nas cidades do país. Além disso, a pesquisa descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local.
Os resultados sugerem que essas áreas apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que são divorciadas ou separadas. “O aumento é pequeno, mas estatisticamente significativo”, afirmou Chong.
Os pesquisadores vão além e dizem que o impacto é comparável ao de um aumento em seis vezes no nível de instrução de uma mulher. A porcentagem de mulheres divorciadas cresce com a escolaridade. O enredo das novelas freqüentemente inclui críticas a valores tradicionais e, desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas não reflete os papéis tradicionais de comportamento reservados às mulheres na sociedade.
Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infiéis a seus parceiros. Nas últimas décadas, a taxa de divórcios aumentou muito no Brasil, apesar do estigma associado às separações. Isso, segundo os pesquisadores, torna o país um “caso interessante de estudo”.
Segundo dados divulgados pela ONU, os divórcios pularam de 3,3 para cada 100 casamentos em 1984 para 17,7 em 2002. “A exposição a estilos de vida modernos mostrados na TV, a funções desempenhadas por mulheres emancipadas e a uma crítica aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas frações de mulheres separadas e divorciadas nas áreas municipais brasileiras”, diz a pesquisa.
Fonte:
- Soap Operas and Fertility: Evidence from Brazil (PDF)
- Television and Divorce: Evidence from Brazilian Novelas (PDF)
- http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090130_noveladivorciobrasil_np.shtml
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Comédia_romântica
NOTA: Há muito tempo, me preocupa a realidade das subversão moral comunicada através do lixo televisivo sequenciado, também conhecido como tele-novelas (e que, infelizmente, que é exportado à tantos outros países). Basta, um pouco de inteligência para percebermos que a grande maioria das telenovelas brasileiras, tem enredos, no geral, com temas muito semelhantes se comparadas. Na maioria das vezes, misturam drama, romance e violência de uma forma bem peculiar, com o objetivo de ter como público-alvo: mulheres adultas (sexo feminino).
Talvez você nunca tenha percebido, mas o enredo de uma telenovela costuma ser muito parecido ao de uma comédia romântica. Segundo descrito na Wikipedia, “o argumento básico de uma comédia romântica é que duas pessoas se conhecem mas, apesar da atração óbvia que existe entre elas, não se envolvem romanticamente por algum fator interno ou por alguma barreira externa, como o fato de um deles ter uma relação amorosa com outra pessoa, por exemplo. Porém, em algum momento, depois de diversas cenas cômicas, eles se separam por alguma razão e, só daí, se dão conta do quanto eles são perfeitos um para o outro. Após um espetacular esforço, ou uma coincidência incrível, eles se encontram novamente, declaram-se amor eterno, e vivem felizes para sempre.”
Pronto! Está revelada a técnica usada para influenciar a sensibilidade feminina causando assim nas mulheres uma confusão sobre sua própria identidade afetiva e sexual. É uma escravidão, disfarçada de liberdade. Infelizmente, muitas mulheres tem sido influenciadas ao longo das décadas e sofrendo essa “lavagem” cerebral. Por fim, deixo como sugestão dois artigos que escrevi e poderão aprofundar o entendimento desta questão. São eles: “Feminino, feminilidade e feminismo: a ideologia por trás da etimologia” e “Blood Money: indústria do aborto é desmascarada em documentário“.
Mudança de hábito exige criatividade. Inove, mude a tradição do “horário nobre” em sua casa. Quem disse que a única diversão na sala da casa é diante da TV? E mesmo se for diante do televisor: assuma o controle remoto. Não pense duas vezes em trocar de canal ou escolha bons filmes. TVs conectadas à internet pode favorecer o acesso a conteúdo formativos e com bons valores. Quer ser feliz? Dê mais qualidade aquilo que oferece em sua casa. Se preciso, traga os álbuns de fotos e conte outras histórias. Afinal, é justamente neste storytelling que somos naturalmente atraídos: boas histórias e narrativas.
Esclarecimento: Assista a explicação do Padre Paulo Ricardo sobre como as novelas são comprovadamente utilizadas para moldar o comportamento social e destruir as famílias.
Que Deus abençoe as famílias. Amém.
Cleber Rodrigues
Comunidade Canção Nova