Muito alegre eu te pedi o que era meu, partir, um sonho tão normal
Dissipei meus bens e o coração também, no fim meu mundo era irreal”
“Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou” (Lc 15,20) Essa foi a reação do “pai misericordioso” ao rever seu filho voltando arrependido pra casa. Existe um olhar de Deus, querendo vê-lo(a) agora. Não se trata de um olhar de condenação, mas um olhar misericordioso que quer te acolher de volta à Igreja, não somente para o espaço físico em si, mas para uma vida em comunidade. Deus quer seu coração de volta. Ele quer sempre nos acolher de cabeça erguida e felizes. Na boa, vale a pena confiar no amor misericordioso de Deus Pai. Vale a pena voltar! Topa esse desafio?
Confiei no Teu amor e voltei: sim, aqui é meu lugar! Eu gastei Teus bens, oh Pai e te dou este pranto em minhas mãos.”
Neste momento, talvez você esteja curvado(a), humilhado(a), sujo(a), lambuzado(a) e com “cheiro” de pecado, mas saiba: enquanto vivermos Deus sempre espera a nossa volta. É uma decisão pessoal, tipo, cartão de crédito: totalmente pessoal e intransferível. Santidade não se improvisa, nem se terceiriza.
Assim, caro(a) irmão(ã), a principal motivação em escrever este post é falar pra você, como alguém que viveu (e vive) a luta de um processo de conversão: vale a pena voltar. Não sei o que te levou ao afastamento dos “braços do Pai” (enquanto Igreja) ou dos “braços de sua família”. Foi o desemprego? As dívidas? Foi a tristeza de um relacionamento que acabou? O falecimento de alguém que você gostava muito? Uma escolha errada? Uma traição? Não importa: volte para Deus. Dê uma chance.
Mil amigos conheci, disseram adeus: caiu a solidão em mim. Um patrão cruel levou-me a refletir: meu pai não trata um servo assim.”
Por mais que você esteja envergonhado(a) e sabe que será uma grande humilhação encarar sua família e seus amigos novamente, acredite: vale a pena voltar. Todos, erramos alguma vez na vida. É melhor ficar vermelho(a) uma vez agora – e voltar! – do que ficar amarelo(a) a vida inteira – e correr o risco de perder a Vida Eterna. Eis o tempo favorável à conversão.
Nem deixaste-me falar da ingratidão, morreu no abraço o mal que eu fiz. Festa, roupa nova, anel, sandália aos pés voltei à vida, sou feliz.”
Finalizo com uma frase do Monsenhor Jonas Abib: “Meu irmão, o Senhor não o está condenando; você não precisa mais ter medo, vergonha, pois quem coloca vergonha em você é o tentador. Tire essa vergonha, esse medo que não é seu de seu coração! Volte para o Pai, volte para o Salvador o mais depressa possível!”
Que Deus nos abençoe.
Cleber Rodrigues
Comunidade Canção Nova
Dica: Para aprofundar nesta reflexão, baixe agora: “Confiei no teu amor e voltei” (Mons Jonas Abib)