2ª Carta de São Pedro > Leitura #835

Despertar a memória

O Papa tem a função de despertar a memória dos irmãos na fé constantemente. São Pedro mesmo exprime essa função como vitalícia para si mesmo.

#835Despertar a memória

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“Sim, creio ser meu dever, enquanto habitar nesta tenda, despertar vossa memória.”

Pedro não apenas entende, mas se obriga à função de despertar a memória dos irmãos na fé, ainda que estes saibam muito bem como vivê-la. É exatamente isso que cada Papa que se sucede realiza: confirma os irmãos e exorta, escreve, prega a memória da fé.

A palavra de Pedro é forte, e ele age sobretudo como testemunha qualificada, como alguém que ‘estava lá’,  que ‘viu”,  ‘ouviu’ e por isso diz com toda certeza que a nossa fé não é uma fábula bem contada e articulada, mas uma verdade sobre Deus que se encarnou e viveu entre nós até morrer e ressuscitar dos mortos.

Mais ainda sob ação do Espírito Santo e como testemunha de primeira qualidade, Pedro ‘examina’ as Escrituras, no sentido de poder reconhecer onde está a inspiração verdadeira do Espírito Santo, uma vez que ele teve contato concreto com o Verbo encarnado e assim, na verdade, pode identificar o que n’Ele se confirma.

“E assim se tornou ainda mais firme para nós a palavra da profecia, que fazeis bem em ter diante dos olhos, como uma lâmpada que brilha em lugar escuro, até clarear o dia e levantar-se a estrela da manhã em vossos corações. Deveis saber, antes de tudo, que nenhuma profecia da escritura é objeto de explicação pessoal, visto que jamais uma profecia foi proferida por vontade humana. Ao contrário, foi sob o impulso do Espírito Santo que pessoas humanas falaram da parte de Deus.”

Quando lemos as escrituras, alimentamos a nossa fé; e quando ouvimos a Igreja, nossa memória é despertada, de tal maneira que se revitaliza a nossa fé.

Leia o trecho em 2 Pd 1,12-21

Na Bíblia, CNBB página 1501
Título: O testemunho dos apóstolos e dos profetas.

Princípios eternos

2 Pd 1,12-13.16-21

“Eis porque sempre vos recordei essas coisas, embora as conheçais e estejais firmes na verdade que já vos foi apresentada. Sim, creio ser meu dever, enquanto habitar nesta tenda, despertar vossa memória.”

“Pois não foi seguindo fábulas habilmente inventadas que vos demos a conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas sim, por termos sido testemunhas oculares da sua grandeza. Efetivamente, ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando do seio da esplêndida glória se fez ouvir aquela voz que dizia: Este é o meu Filho bem-amado no qual está o meu agrado. Esta voz, nós a ouvimos, vinda do céu, quando estávamos com ele na montanha santa. E assim se tornou ainda mais firme para nós a palavra da profecia, que fazeis bem em ter diante dos olhos, como uma lâmpada que brilha em lugar escuro, até clarear o dia e levantar-se a estrela da manhã em vossos corações. Deveis saber, antes de tudo, que nenhuma profecia da escritura é objeto de explicação pessoal, visto que jamais uma profecia foi proferida por vontade humana. Ao contrário, foi sob o impulso do Espírito Santo que pessoas humanas falaram da parte de Deus.”

Qual a mensagem de Deus para mim hoje?

Minha fé católica é baseada na experiência apostólica: eu vi e ouvi, pois estava lá. Toda escritura confirma esta fé e toda fé confirma a escritura e a tradição garante esta unidade indissolúvel.

Como pôr isso em prática?
Reafirmar e fortalecer ainda mais a minha fé pelas escrituras sagradas e escritos do magistério da Igreja.