Jesus veio atualizar o entendimento do mandamento “não cometerás adultério” a vivência da castidade no desejo, no olhar, na atitude de pureza.
“Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração.”
Nunca foi fácil viver a castidade, principalmente castidade no desejo, no olhar, na atitude de pureza. A nossa natureza marcada pelo pecado original tende a desejar o que não é Deus no lugar de Deus. Tende a colocar a criatura no lugar do criador.
Em se tratando de sexo não é diferente, sobretudo porque o sexo é uma das necessidades naturais do ser humano, dom dado por Deus para que se perpetue a espécie e se manifeste afeto, amor. E o Senhor estabeleceu para o matrimônio uma fidelidade desde o início.
“No entanto, desde o início da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixará seu pai e mãe e se unirá a sua mulher, e os dois serão uma só carne; assim, já não são dois mais uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!” (Mc 10, 6-9)
O pecado do adultério
Quando alguém comete adultério, está quebrando essa aliança de amor assumida com seu cônjuge. Mas Jesus mostra que, antes mesmo do ato de traição, o adultério já aconteceu no desejo e no olhar. Começou no olhar, o olhar que permaneceu; passou para o desejo e, o desejo aceito pela vontade, gerou o pecado, ainda que não se tenha encontro físico e ainda que uma das partes nunca saiba que foi desejada.
“Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração”. O remédio para esse descontrole causado pelo pecado é a penitência. Jesus adverte para a gravidade e dá uma solução heroica para aqueles que estão lutando contra o pecado da luxúria.
“Se teu olho te leva à queda, arranca-o e joga para longe de ti! De fato, é melhor perderes um dos teus membros do que todo o corpo ser lançado no inferno. Se a tua mão direita te leva à queda, arranca-a e joga-a para longe de ti. De fato, é melhor perderes um dos teus membros do que todo o corpo ir para o inferno.”
Jesus quer que o céu esteja cheio de mutilados? Não, no céu não haverá nenhum mutilado, nem no inferno. Mas aqui na terra, se um dos meus membros me leva à queda eu devo escolher: continuar com ele desse jeito e perder a salvação ou convertê-lo a todo custo para alcançar o céu.
Arranque os olhos, se eles te levarem a pecar
Não olhar mais para mulheres que me atraem é como arrancar os olhos, pois a natureza marcada pelo pecado deseja olhar, mas o homem novo, renovado pelo Espírito Santo, aprende a ofertar a vontade e posicionar o desejo na direção de Deus. No início, as atitudes precisam ser drásticas: “Arranca-o!” O que significa? Fugir. E também preventivas: “Lança-o para longe de ti!” O que significa? Evitar as ocasiões em que ficamos expostos ao pecado.
Com o passar do tempo e a gradativa prevalência de Deus no coração, os olhos, mais curados, já serão capazes de obedecer ao desejo, também mais curado, que o direciona para Deus, rejeitando qualquer outra criatura que ofereça perigo de nos separar dele. O que não nos deixa fora de risco, contudo, menos expostos e mais preparados para combater o pecado em nosso coração.
Leia o trecho em Mt 5, 27-30.
Na Bíblia CNBB; página 1206.
Título: Não cometer adultério.
Ordens
Mt 5, 27.29-30
“Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério.”
“Se teu olho te leva à queda, arranca-o e joga para longe de ti! De fato, é melhor perderes um dos teus membros do que todo o corpo ser lançado no inferno. Se a tua mão direita te leva à queda, arranca-a e joga-a para longe de ti. De fato, é melhor perderes um dos teus membros do que todo o corpo ir para o inferno.”
Princípios Eternos
“Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração.”
Anote em seu diário qual a mensagem de Deus para você e como pôr isso em prática.
Qual é a mensagem de Deus para mim hoje?
O céu vale mais que meu corpo. É preferível perder a vida para não perder o céu.
Como posso pôr isso em prática?
Não somente na vivência da castidade, e sim para toda vida, dar menos valor ao corpo, mas sem deixar de amá-lo, para buscar o que é do Alto, e que jamais passará.